O NADIR DA OSESP. ARTIGO DE ISAAC CARNEIRO VICTAL NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

  Esclarecimentos, não estou falando de alguém com o nome Nadir que trabalha na OSESP. A orquestra chegou ao fundo do poço com os concertos que encerraram a última temporada. Quem diria, um dia esse conjunto ofereceria concertos ridículos como a Nona Sinfonia em português, merecidamente o Ali Hassan Aayche , aqui no blog destacou essa apresentação como uma das piores do ano. Alvo do escárnio geral!
   O pior ainda está por vir, nunca esse país investiu em educação musical e a crise atual afasta músicos estrangeiros que queiram vir para cá. Aquele conjunto internacional  montado 20 anos atrás envelheceu e temos poucas orquestras jovens para preparar os futuros ocupantes das vagas deixadas pelos artistas que estão se aposentando.
   É preciso dizer que nada impede hoje um estudante excepcional querer, por exemplo, morar fora do Brasil ao invés de tentar uma vaga em nossas bandas. Aliás faltam orquestras por aqui, essa é a questão principal. Nos países onde se encontram as melhores orquestras temos também o maior número de orquestras.
   Cada região, cada cidade competindo entre si e a cultura que ganha! Só apareceu um exemplo em Minas Gerais capaz de rivalizar com a iniciativa de Neschling nesses 20 anos, secundado pelo trabalho de formação realizado na Bahia por Ricardo Castro,digno de louvor.
   NÃO TEM COMO UM PAÍS TER MÚSICA DE ALTO NÍVEL SE QUASE NINGUÉM ESCUTA E POUCOS TOCAM ESSAS OBRAS DE ARTE, ENQUANTO NÃO VEM UMA CRISE DÁ PARA CONTRATAR UNS ESTRANGEIROS PARA ENTRETER UNS VELHOS RICOS, DEPOIS VÃO OS ARTISTAS EMBORA EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO EM OUTROS LUGARES! ISSO QUE DÁ PERSEGUIR A CLASSE ARTÍSTICA!


Isaac Carneiro Victal