RICARDO TACUCHIAN CELEBRA 80 ANOS COM DIVERSOS EVENTOS AO LONGO DO ANO.



Compositor e regente dos mais prestigiados do país e membro da Academia Brasileira de Música, Ricardo Taucuchian chega aos 80 anos – mais de 50 de carreira! – com vitalidade sobrando e diversas comemorações ao longo do ano, desde estreias nacionais ao registro de sua obra em diversos CDs, com previsão de lançamento até o fim deste ano.
Tocada em praticamente todos os países da Europa e das Américas – cerca de duas mil apresentações ao vivo – sua obra acaba de chegar também na China, no Quindao Grand Theatre, onde “Pimenta Malagueta” foi aplaudida de pé, no último dia 5, com a perfeita leitura do violinista Alessandro Borgomanero.
No Rio, as festividades já começarão no fim deste mês: seu “Quarteto de Cordas Nº 5”será apresentado pelo Quarteto Radamés Gnattali, no dia 31 de maio, na Sala Cecília Meireles, e, em seguida, “Cinco Miniaturas para viola e piano”, na leitura do Duo Burajiru, no Planetário da Gávea, dia 1 de junho. No dia 5 de maio, a Sala Cecília Meireles volta a ecoar sua música, no  Espaço Guiomar Novaes, com o Quarteto Kalimera apresentando o seu “Quarteto de Cordas nº 1 “JUVENIL”.
Em um ano marcado por profundos cortes no meio da música clássica (e no cultural, como um todo), é de se louvar a estreia nacional de sua “Sinfonia das Florestas” na Sala Cecília Meireles, já confirmada para julho, dia 12, com a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, sob regência de Tobias Volkmann. Escrita em 2012 em quatro movimentos para orquestra sinfônica e solo de soprano, a obra sinfônica só foi apresentada fora do país, em 2013, quando teve sua estreia mundial nas três cidades de Castilla e Léon (Espanha), pela Orquesta Sinfónica del Conservatorio Superior de Música de Castilla-León.
Impossível não traçar paralelos com a atual política governamental de proteção ao meio ambiente: apesar de reportar-se às florestas brasileiras, “Sinfonia das Florestas”é, na realidade, uma metáfora de todas as florestas do mundo que correm perigo de desaparecer. Aliás, várias de suas obras exploram a temática ecológica da Sinfonia das Florestas, como Dia de Chuva (1963), Estruturas Verdes (1976), Terra Aberta (1997) e Biguás (2009), entre outras.
Ao longo do ano, estão previstos diversos registros fonográficos de suas composições: “Pimenta Malagueta”, para violino solo, estará no CD do grupo Imago Mundi; a pianista Martha Marchena fez a gravação de “Il fait du soleil” para a Radio Nacional de Espana/Radio Clasica; o Duo Burajiru lançará um disco com sua obra completa para viola; “Gengibre” ganhará o registro no CD de Philip Doyle (trompa solo); e o saxofonista Pedro Bittencourt fará sua leitura para “Delaware Park Suite” (para saxofone e piano).
Em agosto, a Banda Sinfônica Paulista apresentará outras de suas peças, no Teatro Luiz Gonzaga, na capital paulista: “Nova Friburgo” (dobrado), “Fátima” (valsa) e “Festa de Quintal” (maxixe). Já em outubro, o Encontro Fred Schneiter de Violão deste ano, no Rio, será dedicado a Tacuchian: sua obra “Paráfrase IV” será a peça de confronto do concurso. Durante o evento, está programada a primeira audição mundial de sua “Sonata para Violão”, executada por Mário da Silva. No fim do ano, o barítono Marcelo Coutinho fará um recital integralmente dedicado à música vocal do compositor.

Ricardo Tacuchian
É regente, compositor, graduado em Piano, Composição e Regência pela UFRJ e Doutor em Composição pela University of Southern California. Sua obra (com mais de 250 títulos) já foi tocada no Brasil e em praticamente todos os países da Europa e das Américas, em cerca de duas mil apresentações ao vivo, além de programas radiofônicos, no Brasil, Estados Unidos e Europa. As principais orquestras brasileiras incluem sua obra em seus programas.
A Bibliografia geral sobre ele abrange inúmeros itens entre Livros, Dicionários, Livros de Referência, Artigos em Revistas Especializadas, Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado, de várias partes do mundo. Seu nome é verbete do Grove Music Dictionary II (2001), do Baker’s Biographical Dictionary of Musicians, 9th edition(2000) e do Die Musik in Geschichte und GegenwartMGG (2007), entre outras obras internacionais.
Nas comemorações pela passagem de seus 75 anos, a Biblioteca Nacional e a Academia Brasileira de Música lançaram, respectivamente, os livros Ricardo Tacuchian e sua Obra, Catálogos e notas biográficas (E. Higino e V. R. Peixoto, organizadoras. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2014), e Ricardo Tacuchian e o Violão (Humberto Amorim, Rio de Janeiro: ABM, 2014).
Sua Discografia alcança mais de 100 fonogramas em cerca de 50 diferentes CDs, inclusive gravações lançadas nos Estados Unidos, além das antigas gravações em LP (vinil). Dentre as posições que já exerceu destacam-se as de Professor Titular da UFRJ e da UniRio, Professor Visitante da State University of New York at Albany e da Universidade Nova de Lisboa, Consejero del Centro de Estudios Brasileños de la Universidad de Salamanca,  bolsista da Capes, CNPq, Other MindsAppolon Stiftung, Fulbright Commission e da Rockefeller Foundation.
Tacuchian regeu o maior conjunto instrumental de toda a história da música brasileira: uma banda com dois mil instrumentistas (Rio de Janeiro: Praça da Apoteose, 15/12/1985). Foi Regente Titular da Orquestra da UniRio (2002-4) e, em 2004, regeu, na cidade do Porto, um concerto coral sinfônico, todo ele dedicado à sua própria obra. Foi eleito, em 1981, membro da Academia Brasileira de Música, da qual foi Presidente em duas ocasiões. É também membro da Academia Brasileira de Arte.

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