"CONCERTOS HISTÓRICOS" E CORPORATIVISMO LÍRICO.

  
 Já virou banalidade, qualquer apresentação mediana, muitas vezes péssima e algumas vezes até boa, de diversas facetas da lírica, ser chamada nas redes sociais e em veículos da imprensa de "histórica" ou "inesquecível". A galera exagera nos elogios, quando é um familiar que está se apresentando a exaltação atinge graus de engrandecimento que soa falso.
   No Brasil existe um corporativismo feroz entre classes. Na lírica um colega não pode criticar o outro publicamente, a alegação é sempre a mesma, falta de ética. Discordo dessa regra não escrita e condeno aquele que não fala nada do colega, isso é omissão. Em conversas ao pé do ouvido eles se soltam, alguns discorrem corretamente e de maneira equilibrada sobre determinada voz. Dez minutos depois estão cumprimentando o criticado como se ele fosse o melhor do mundo.
   Infelizmente sobram poucos críticos de ópera independentes, que analisam as récitas com seriedade. Esse são odiados porque a verdade machuca, é uma navalha na carne.  Pena que alguns colegas críticos abusem do 'histórico" e "inesquecível" para concertos banais.
Ali Hassan Ayache  

Comentários

  1. Concordo e acrescento o fato de que é impossível se expressar da maneira como fazemos nesse blog acerca de determinadas personalidades nesses "veículos da imprensa".Não existe atualmente no Brasil liberdade para isso.Um dos músicos mais criticados na nossa história foi justamente um certo Heitor Villa-Lobos,um crítico de nome Oscar Guanabarino travou uma verdadeira batalha contra este compositor.Por outro lado as performances musicais por exemplo, sabe-se eram de nível baixíssimo nessa época por essas bandas pelas poucas gravações que sobraram.Isso não ficou registrado para a história através de críticas tão virulentas.No Brasil em geral até 20 anos atrás o nível dos concertos nacionais era muito ruim.Isaac Carneiro Victal.

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