"PRISM" E A UNANIMIDADE BURRA.CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.


PREMIADA: "Prism" chegou ganhando de goleada, elogiada com medalhas de honra ao mérito no estrangeiro pela crítica como a vanguarda musical do século XXI. Sendo assim aqui já virou obra-prima, uma unanimidade. O tema esta na moda, abuso sexual e emocional contra a mulher. Ser composta por duas mulheres só aumentou os louvores.

VOCAL: cantada com microfones fica impossível avaliar qualquer tipo de voz. Virou um musical com as protagonistas Anna Schubert, soprano (Bibi) e Rebecca JoLoeb, mezzo soprano (Lumee).


MÚSICA: tem seu bons momentos, música compatível com as cenas. Muitas vezes densa, outras dramática e sem graça em alguns momentos. Presença do pop e do eletrônico realçam a modernidade. Nada da obra prima intitulada por diversos críticos e espectadores.


MONTAGEM: moderna na concepção, atual e nada inovadora. Quem acompanha ópera já viu diversas montagens no mesmo nível. Com direção de James Darrah, cenografia, Adam Rigg e desenho de luz, Pablo Santiago.


TEMA: Reside aí sua força, está na moda falar de abuso. Os jovens adoram, vão lembrar da primeira bronca que levaram na vida quando começaram no emprego e se sentirão abusados. Relatarão no jantar com os amigos via serviços de mensagens.


EFEITO MANADA: Todos resolveram elogiar, veio de fora e é composta por mulheres (Elen Reid com libreto de Roxie Perkinns)  aqui é só confete, pode ser com outros colegas, não comigo. O que vi foi uma apresentação mediana, microfonada de um tema que anda na moda e que agrada a geração conectada que não larga o celular.


TODA UNANIMIDADE É BURRA, QUEM PENSA COM A UNANIMIDADE NÃO PRECISA PENSAR: Já dizia o grande Nelson Rodrigues, Prism virou uma unanimidade nacional paulistana de qualidade, um exemplo a ser seguido e elogiada por todos. Ainda bem que não penso com a unanimidade.

Comentários

  1. Você se junta à "unanimidade burra" dos que consideram Carmen, La Bohème e Don Giovanni grandes óperas, ou você discorda?

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  2. Simplesmente lamentável, numa temporada em que até agora tivemos apenas 2 óperas, trazer este enlatado americano com qualidade musical sofrível. E enquanto isso vejo as lágrimas escorrerem do busto de Carlos acima do palco que se encontra esquecido em São Paulo e somos obrigados a engolir uma porcaria dessas....muito, mas muito lamentável uma temporada que até setembro teve apenas 2 óperas....Não coloco a culpa no maestro e sim nesta administração nefasta que se apossou do Theatro Mvnicipal de São Paulo. Isto é uma prova irrefutável de toda a nossa degradação....

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