SAUDOSAS TEMPORADAS LÍRICAS DO THEATRO MUNICIPAL DE SP. ARTIGO DE MARCO ANTÔNIO SETA NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.


Tempos que já se foram e que não retornaram mais. Nessa época dos anos 60 e 70 realizavam-se temporadas , muitas vezes, apenas com artistas nacionais, como a que vamos hoje identificar, aqui enfocando os seus valores especificamente nacionais, composto de maestros regentes, cantores, bailarinos,  diretores de cena e de palco, preparadores musicais etc. Havia na época, um maestro muito envolvido e assumido com a ópera; Mtrº Armando Belardi, um incansável batalhador pelo incentivo e perpetuação do gênero em nossa cidade, e inclusive da divulgação e apresentação das óperas de Carlos Gomes, sempre que possível, incluindo-as em seu repertório ao longo das décadas em que atuou no Theatro Municipal. Foram cinquenta anos dedicados a esse mistér. Saudoso maestro Belardi, pelo muito que realizou pela Ópera em São Paulo. 

A Temporada de 1963 inaugurou-se a 8 e 10 de outubro com a apresentação de "Falstaff", de G. Verdi, sob a direção musical do Mtrº Edoardo de Guarnieri e direção cênica de Mario de Bruno. Paulo Fortes fez o papel título; com toda a sua arte cênica e vocal peculiar. Completaram o cast Clara Marisi, Gloria Queiroz, Costanzo Mascitti, Niza de Castro Tank, Bruno Lazzarini, Julita Fonseca, Geraldo Chagas Carlos Walter e Arnaldo Pescuma. Cenários e guarda-roupa do Theatro Municipal do RJ. 

Na foto acima, vemos o barítono Paulo Fortes (1923-1997);  em cena da ópera "Falstaff" em seu papel-título. Recebeu prêmios e uma ovação do público,  tanto em nosso teatro máximo, como no Theatro Mvnicipal do Rio de Janeiro, onde fez a maioria de suas interpretações em mais de setenta diferentes óperas, entre elas Gianni Schicchi, Le Coq D'Or, Il Guarany, La Traviata, Salvator Rosa, Il Barbiere di Siviglia, Adriana Lecouvreur, Madama Butterfly, Don Pasquale, I Pagliacci, La Bohème,  Os Pescadores de Pérolas e a estreia nacional de Pedro Malazarte, de Camargo Guarnieri. 

A dobradinha famosa do verismo, a célebre "Cavalleria Rusticana", de Pietro Mascagni nos dias 15 e 22 de outubro, com Hercília Block Seixas, Roque Lotti, Alfredo Perrotta, Nina Dunna  e Leonilde Provenzano, sob a regência de Souza Lima e direção de Mario de Bruno; seguida de I Pagliacci, de R.
Leoncavallo, esta sob a direção musical do Mtrº Armando Belardi e os cantores Sergio Albertini, Clara Marisi, Felipe Carone, Constanzo Mascitti (Prólogo e Sílvio) e João Calil (Beppe), com Arnaldo Matheus e Rodolfo Neri. Coreografia de Marília Franco à frente de I Pagliacci. Direção cênica de Arnaldo Pescuma; cenários e guarda-roupa do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. 

"Il Barbiere di Siviglia", de Rossini nos dias 18 e 27 de outubro  com Paulo Fortes, Gloria Queiroz, Bruno Lazzarini, Edilson Costa, José Perrotta, Maria Alice Buzzato, Geraldo Chagas e Arnaldo Pescuma; maestro regente Edoardo de Guarnieri e direção cênica de Mario de Bruno; cenários e figurinos do Theatro Municipal de São Paulo. Nesta ópera Gloria Queiroz obteve muito sucesso como Rosina.

"La Bohème", de Puccini na noite única de 25 de outubro, sob a regência de Edoardo Guarnieri e direção cênica de Bruno e Arnaldo Pescuma; com Norma Cresto, Nino Valsani, Clara Marisi,Paulo Fortes, Edilson Costa, Hamilton Moreira; Geraldo Chagas (Benoit e Alcindoro) e Rodolfo Neri; cenários e figurinos do Municipal de São Paulo. Logo a seguir encenou-se "La Traviata", nos dias 31 de outº , 5 e 10 de novembro, com o Mtrº Armando Belardi na direção musical e artística. Para o papel de Violetta, contratou-se como surpresa da temporada o soprano chileno Vittoria Canale; secundada por Bruno Lazzarini, com  Roque Lotti (dia 5/11), Costanzo Mascitti, c/ Felipe Carone (dia 5/11), Nina Dunna, Geraldo Chagas, Hamilton Moreira, José Perrotta, Alfredo Perrotta, Rodolfo Neri, Leonilde Provenzano. Arnaldo Matheus e Carlos Walter. Coreografia de Marília Franco., com Mariangela D'Andrea, Joshey Leão e Gil Saboya (1ºs bailarinos). Dener P. de Abreu vestiu Vittoria Canale (Violetta Valléry).

                O soprano NIZA DE CASTRO TANK, intérprete de "Falstaff","Rigoletto", "Lucia di Lammermoor", Il Guarany" e "Lakmé"

Tempos que já se foram e que não retornaram mais. Nessa época dos anos 60 e 70 realizavam-se temporadas , muitas vezes, apenas com artistas nacionais, como a que vamos hoje identificar, aqui enfocando os seus valores especificamente nacionais, composto de maestros regentes, cantores, bailarinos,  diretores de cena e de palco, preparadores musicais etc. Havia na época, um maestro muito envolvido e assumido com a ópera; Mtrº Armando Belardi, um incansável batalhador pelo incentivo e perpetuação do gênero em nossa cidade, e inclusive da divulgação e apresentação das óperas de Carlos Gomes, sempre que possível, incluindo-as em seu repertório ao longo das décadas em que atuou no Theatro Municipal. Foram cinquenta anos dedicados a esse mistér. Saudoso maestro Belardi, pelo muito que realizou pela Ópera em São Paulo. 

A Temporada de 1963 inaugurou-se a 8 e 10 de outubro com a apresentação de "Falstaff", de G. Verdi, sob a direção musical do Mtrº Edoardo de Guarnieri e direção cênica de Mario de Bruno. Paulo Fortes fez o papel título; com toda a sua arte cênica e vocal peculiar. Completaram o cast Clara Marisi, Gloria Queiroz, Costanzo Mascitti, Niza de Castro Tank, Bruno Lazzarini, Julita Fonseca, Geraldo Chagas Carlos Walter e Arnaldo Pescuma. Cenários e guarda-roupa do Theatro Municipal do RJ. 

Na foto acima, vemos o barítono Paulo Fortes (1923-1997);  em cena da ópera "Falstaff" em seu papel-título. Recebeu prêmios e uma ovação do público,  tanto em nosso teatro máximo, (Municipal SP), como no Theatro Mvnicipal do Rio de Janeiro, onde fez a maioria de suas interpretações em mais de setenta diferentes óperas, entre elas Gianni Schicchi, Le Coq D'Or, Il Guarany, La Traviata, Salvator Rosa, Il Barbiere di Siviglia, Adriana Lecouvreur, Madama Butterfly, Don Pasquale, I Pagliacci, La Bohème,  Os Pescadores de Pérolas e a estreia nacional de Pedro Malazarte, de Camargo Guarnieri. 

A dobradinha famosa do verismo, a célebre "Cavalleria Rusticana", de Pietro Mascagni nos dias 15 e 22 de outubro, com Hercília Block Seixas, Roque Lotti, Alfredo Perrotta, Nina Dunna  e Leonilde Provenzano, sob a regência de Souza Lima e direção de Mario de Bruno; seguida de I Pagliacci, de R.
Leoncavallo, esta sob a direção musical do Mtrº Armando Belardi e os cantores Sergio Albertini, Clara Marisi, Felipe Carone, Constanzo Mascitti (Prólogo e Sílvio) e João Calil (Beppe), com Arnaldo Matheus e Rodolfo Neri. Coreografia de Marília Franco à frente de I Pagliacci. Direção cênica de Arnaldo Pescuma; cenários e guarda-roupa do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. 

"Il Barbiere di Siviglia", de Rossini nos dias 18 e 27 de outubro  com Paulo Fortes, Gloria Queiroz, Bruno Lazzarini, Edilson Costa, José Perrotta, Maria Alice Buzzato, Geraldo Chagas e Arnaldo Pescuma; maestro regente Edoardo de Guarnieri e direção cênica de Mario de Bruno; cenários e figurinos do Theatro Municipal de São Paulo. Nesta ópera Gloria Queiroz obteve muito sucesso como Rosina.

"La Bohème", de Puccini na noite única de 25 de outubro, sob a regência de Edoardo Guarnieri e direção cênica de Bruno e Arnaldo Pescuma; com Norma Cresto, Nino Valsani, Clara Marisi,Paulo Fortes, Edilson Costa, Hamilton Moreira; Geraldo Chagas (Benoit e Alcindoro) e Rodolfo Neri; cenários e figurinos do Municipal de São Paulo. Logo a seguir encenou-se "La Traviata", nos dias 31 de outº , 5 e 10 de novembro, com o Mtrº Armando Belardi na direção musical e artística. Para o papel de Violetta, contratou-se como surpresa da temporada o soprano chileno Vittoria Canale; secundada por Bruno Lazzarini, com  Roque Lotti (dia 5/11), Costanzo Mascitti, c/ Felipe Carone (dia 5/11), Nina Dunna, Geraldo Chagas, Hamilton Moreira, José Perrotta, Alfredo Perrotta, Rodolfo Neri, Leonilde Provenzano. Arnaldo Matheus e Carlos Walter. Coreografia de Marília Franco., com Mariangela D'Andrea, Joshey Leão e Gil Saboya (1ºs bailarinos). Dener P. de Abreu vestiu Vittoria Canale (Violetta Valléry).
  
Soprano ligeiro Niza de Castro TANK

Encerrou-se essa temporada lírica com "Rigoletto", (Verdi) nos dias 8, 12, 17 e 22 de novembro com o Maestro Armando Belardi à frente do seguinte cast: Paulo Fortes, no papel-título, Niza de Castro Tank (foto), Sergio Albertini, Gloria Queiroz, José Perrotta, Paulo Scavone, Geraldo Chagas, Hamilton Moreira, Silveria Messa, Arnaldo Matheus, Leonilde Provenzano e João Calil. Marilia Franco (Coreógrafa) com Aracy Almeida, Toshie Kobayashi e Wilson de Almeida com Mozart Xavier (bailarinos solistas). Cenários e figurinos do Theatro Municipal de São Paulo. Direção cênica: Mario Bruno. Nestas récitas de Rigoletto obtiveram imenso êxito o barítono Paulo Fortes e o soprano ligeiro Niza de Castro Tank (Gilda; a filha do Rigoletto); repetiram o dueto "Si, vendetta, tremenda vendetta..." e a ária Gualtier Maldè - Caro nome, reconhecidos pela plateia paulistana, como grandes momentos interpretativos de ambos os cantores.   O Maestro Armando Belardi, sem dúvida, foi o maior responsável pelo êxito das óperas que dirigiu e, da mesma forma, de toda a temporada da qual foi o diretor artístico. 

N.B. "Madama Butterfly" não foi apresentada naquele ano, como fora anunciada; transferindo-a para a temporada de 1964, com o soprano Vittoria Canale e o tenor Zaccaria Marques no duo central.

Escrito por Marco Antônio Seta em 18/6/2021.
Jornalista inscrito sob nº 61.909 MTB / SP
Autor de inúmeras críticas, Artigos e crônicas sobre Ópera ao longo de quarenta anos

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