THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO APRESENTA ORFEO ED EURIDICE.

ORFEO ED EURIDICE INAUGURA A PRAÇA DAS ARTES
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27, 29, 31 de outubro e 01 e 03 de novembro de 2012

Para marcar a inauguração da Praça das Artes – complexo arquitetônico próximo ao Theatro Municipal de São Paulo onde já começam a operar as Escolas de Dança e de Música, o antigo Conservatório restaurado e o espaço que recebe o Arquivo de Partituras – o Secretário Municipal da Cultura Carlos Augusto Calil colocou em contato o fundador do Teatro da Vertigem, Antônio Araújo, e o Maestro Nicolau de Figueiredo para realizarem a ópera Orfeo ed Euridice (Viena, 1762), de Christoph W. Gluck (1714-1787), com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano.

Segundo Antônio Araújo, o convite foi muito bem-vindo, pois pôde retomar um projeto que havia iniciado e interrompido em 1998. Agora, ao concebê-lo e concretizá-lo, conclui seu segundo trabalho de tradição operística. O primeiro, Dido e Enéas de Henry Purcell, em 2008, foi também dedicado a inaugurar um dos espaços ligados ao Theatro Municipal de São Paulo, os galpões de sua Central Técnica de Produção, na região do Canindé, quando o maestro Jamil Maluf ocupava a direção artística da casa, hoje nas mãos de Abel Rocha.

Para a montagem de Orfeo ed Euridice, juntou-se ao diretor e ao maestro brasileiro que vive há 30 anos na Europa, o coreógrafo Alejandro Ahmed (fundador do grupo de dança Cena 11), formando a primeira parceria do encenador paulista com o coreógrafo catarinense. Nesta peça, Gluck ficou reconhecido por reestruturar a encenação da ópera com uma visionária união de música, poesia e dança.

O espetáculo acontecerá na futura sala de ensaio da OSM, no edifício ainda inacabado, do complexo que será ocupado pelos corpos estáveis do TMSP, reafirmando a singular poética do encenador que se revela em espaços não convencionais. Assim como o mito de Orfeo reverencia o poder da música, a encenação de Antônio Araújo o destaca, ao deslocar a orquestra para o centro do palco, montado entre duas plateias. “Pretendo, a partir da materialidade real da orquestra, construir uma ponte com o ficcional, estabelecer a relação entre os dois mundos em que vivem Orfeo e Eurídice”, afirma Araújo. Enquanto os arranjos musicais acompanham na íntegra a versão de Viena, o diretor sugere um desfecho diferente daquele proposto pelo libreto, retomando a narrativa original do mito de Orfeu. Além disso, nesta encenação, “Orfeu não desce aos infernos, ele sobe aos infernos, à cidade”, diz Araújo.

O Maestro Nicolau de Figueiredo – que volta à cidade, depois de ter apresentado em 2011 a Paixão Segundo São João, de Johann Sebastian Bach, na Igreja da Consolação –ressalta que esta ópera traz de volta a música como foco central do gênero. Já no elenco vale destacar uma contralto no papel de Orfeo, originalmente composto para alto castrati. Esta tradição iniciou-se em 1859, quando Pauline Verdot pediu a Hector Berlioz um arranjo para contralto, se aproximando, assim, da versão de Gluck. Nesta obra que inaugura a Praça das Artes, este papel coube a Kismara Pessato, seu primeiro personagem principal no Brasil.


27/10 sab 20h; 29/10 seg 20h; 31/10 qua 20h; 01/11 qui 20h e 03/11 sab 20h

Praça das Artes
“Orfeo ed Euridice” (duração total sem intervalo 1h45’)
ópera de Christoph W. Gluck
Orquestra Sinfônica Municipal e Coral Paulistano
Nicolau de Figueiredo – direção musical e regência
Antonio Araújo – concepção e direção cênica
Elenco:
Orfeo – Kismara Pessatti (contralto)
Euridice – Gabriella Pace (soprano)
Amor – Edna D’Oliveira (soprano)
Sugestão de faixa etária: acima de 10 anos
Ingressos: R$ 50
Lugares: 360 lugares

Praça das Artes
Av. São João 281
INCLUIR SERVIÇO

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