MELHORES E PIORES DE 2013 PELO BLOG DE ÓPERA E BALLET: MELHOR ESPETÁCULO DE ÓPERA, AIDA NO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO.



Aida de Giuseppe Verdi abriu a temporada de ópera de 2013 do Theatro Municipal de São Paulo. Espetáculo intimista com soluções inteligentes e modernas, solistas de bom nível e uma produção com cenários simples e funcionais fizeram essa ópera ser a melhor de 2013. Espero que esse título seja reapresentado nos próximos anos para que o público em geral possa se deliciar com a beleza de música de Verdi e rever essa bela produção. Abaixo temos trechos de críticas publicadas no Blog de Ópera e Ballet sobre a récita da ópera:

  " A produção do Teatro Municipal de São Paulo apresentada no último dia 09 de Agosto é de uma Aida menos monumental e mais intimista. Os cenários de Italo Grassi não são grandiosos e sim simples e funcionais. Transportam para o Egito antigo com cores e desenhos característicos da época. Cumprem muito bem seu papel e não pecam pelo exagero. Os figurinos de Simona Morresi seguem a mesma tendência, com roupas simples e cores contrastantes conseguem levar o espectador ao Egito Antigo." Ali Hassan Ayache

   "A direção de cena de Marco Gandini opta pela simplicidade, visão que louva o amor e mostra a tortura de personagens divididos e apaixonados. Mais importante que a guerra ou o Estado é o ser humano que prevalece e é o mais importante. Acaba com o monumental da ópera, tira a grandeza dela em troca do intimismo. A movimentação dos cantores é econômica, as massas corais e de prisioneiros não fazem estripulias no palco e os gestos e as expressões dos solistas se mostram satisfatórias." Ali Hassan Ayache

"Nos dias atuais, levar à cena uma montagem mais próxima das tradições exige verbas generosas e/ou grande criatividade, pois tal opção necessita ser muito bem executada para se tornar convincente. Não sei dizer exatamente de quanto Gandini dispôs para colocar sua Aida no palco; sei, porém, que o diretor, que já trabalhou com Franco Zeffirelli e em teatros como o Metropolitan e o Scala, domina a sua arte. Também muito bom é o seu trabalho de direção dos solistas. O coro, por outro lado, fica mais estático.
Esta concepção clássica encontra sua expressão visual nos belíssimos cenários de Italo Grassi, ao mesmo tempo belos, criativos e funcionais. Não há, na verdade, muitos cenários diferentes: o cenógrafo utiliza grandes blocos e placas e outros elementos que, a cada troca de cena, são movimentados e posicionados de diversas formas. Isso e mais a utilização inteligente dos elevadores do palco fazem surgir de maneira bastante criativa cada ambiente da ópera. O expediente não é nenhuma novidade, mas nunca o vi ser tão bem executado, e a sensação proporcionada é a de se estar diante do estereotipado (mas nem por isso menos belo) Egito dos faraós. É importante registrar, ainda, que as laterais e a parte superior do palco são quase sempre fechadas pelos cenários – uma raridade em nossos teatros de ópera." Leonardo Marques.


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