ALGUMAS CRÍTICAS DE ÓPERA TEM CHEIRO DE MATÉRIAS PAGAS. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
Sempre existiu e existirá jornalista e crítico chapa-branca, para os mais novos que desconhecem a expressão: são aqueles da imprensa manipulados pelo governo ou instituição por publicidade ou benefícios fiscais. Esta expressão surge porque no modelo antigo de identificação de veículos nacional, adotado até 2017, as placas dos carros oficiais de órgãos públicos e do governo eram as únicas na cor branca.
Na lírica ultimamente o chapa-branca vem em versão turbinada. Diversos críticos ganham viagens para outras cidades e Estados com a função de elogiar e divulgar eventos. Nesses casos eles recebem diretamente passagens, hotel e a até uma grana chamada de "ajuda de custo". Versão 2.0 do chapa-branca.
Astuto, o crítico coloca uma cutucadinha de leve em um ou outro ponto para dar aquela disfarçada e rasga elogios em quase tudo. Assim entendo o por que dos críticos desse Blog nunca serem convidados para os eventos.
Já ouvi relatos de ex-regente pagando crítico para falar mal de colega de profissão, este é o chapa-branca reverso. Tem crítico que nunca recusa ou força um convite para jantar com o elenco e diretoria, já vi isso pessoalmente diversas vezes.
Uma crítica publicada no saudoso movimento.com me chamou a atenção, elogios a tudo e a todos. Quando encontrei o escriba, que tem diversos livros publicados e adora exibir erudição, no Theatro Municipal de São Paulo lhe questionei tantos elogios. Será que tudo foi tão perfeito assim! A resposta dele veio como uma adaga. "Tenho que falar bem de todos, já que os conheço e sou amigo pessoal deles. Se não for assim nem escrevo". Esse é o maior escova-botas da lírica mundial.
Amizade e crítica não andam de mãos juntas. Quer ser crítico de qualquer área, não seja amigo da galera do meio, não participe de jantares, fuja das bajulações e das fotos com artistas. Quer ter regalias faça o contrário.
Como não tenho provas não citarei nomes, hoje qualquer coisa é ameaça de processo. Uma afirmação inegável, os críticos desse Blog são independentes e não participam da festa.
Ali Hassan Ayache
Nossa Ali me identifiquei perfeitamente com o texto, desde que comecei a falar o que penso acabaram todas as minhas "amizades" no meio artístico! Isaac Carneiro Victal.
ResponderExcluirEu também, já fui descartada por falar o que prá mim é o certo.
ExcluirSó Cheiro? Tem gosto também!!!
ResponderExcluirUm famoso crítico, de um famoso jornal de grande circulação, foi convidado, após muitas críticas favoráveis, para viajar como acompanhante de um conceituado grupo sinfônico em tournê internacional, se tornando diretor artístico desse grupo por alguns anos.
ResponderExcluirSério? Conte mais...
Excluirjóias Swarowski hahahahaha
ExcluirIsso é o que mais existe, respeitado colega.
ResponderExcluirSem citar nomes, mas boa parte dos próprios músicos já sabe quem são esses indivíduos.
Há poucos realmente sérios e honestos , como acredito ser o vosso caso, incluindo este que vos fala, e que está há 32 anos na Crítica.
Já escrevi e publiquei sobre o mesmo assunto, apenas com abordagem diferente.
DEUS o abençoe em seu afã Crítico.
E sem falar daquele crítico que vai a outro Estado brasileiro (Amazonas e Pará) mais especificamente, com tudo pago, conforme citado no artigo acima, e elogia a tudo e a todos. Tudo é ótimo, até aqueles que, aqui no Sudeste brasileiro, são malhados pelo mesmo crítico. Quando outra ópera é levada por aqui, aí sim o chicote canta. Houve exemplos disso recentemente nas óperas Carmen e Madama Butterfly, apresentadas no Teatro Municipal de São Paulo. Abominável! Sr. Ali Hassan Ayache, o sr. tem total razão em seu feliz artigo.
ResponderExcluirSó conto tudo que sei dez anos depois da minha morte...
ResponderExcluirConte já, a verdade deve ser escrita, já, já. Quanta corrupção, aqui também na crítica !
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