Teatro Municipal de Santiago tem 6 óperas em 2012

A célebre “CARMEN”, aclamada ópera de Bizet, com sua apaixonada e sensual cigana, foi a escolhida para abrir a temporada lírica do Teatro Municipal de Santiago do Chile.

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Ilustração da ópera Carmen no Chile
Para interpretar “Carmen” o mezzo soprano Maite Beaumont. O tenor coreano Alfred Kim, que  representou “Il Trovatore” aqui no Rio de Janeiro, no Theatro Municipal em 2010, será o oficial Don José. O soprano lírico francês Marie-Adeline Henry cantará a Micaela e o barítono Craig Verm o Escamillo. Emílio Sagi, um dos mais requisitados diretores de cena da atualidade mundial, se encarregará do trabalho cênico,  neste espetáculo que descerrará a temporada que começará no mês de maio. Direção musical do maestro chileno José Luiz Dominguez e Núria Castejón assina o ballet espanhol.
Para junho, “Lucrezia Borgia“, de Donizetti, há quase duas décadas ausente do palco do Municipal chileno. A obra do compositor memorável do bel canto italiano será encenada pelo reconhecido artista francês Jean-Louis Pichon,  experimentado diretor da cena lírica, pelo soprano Carmen Giannatasio e Marianna Pizzolato (mezzo soprano), ambas italianas, o tenor sul coreano Shi Vijie e o baixo romeno Bálint Szabó como Don Alfonso. A cenografia e vestuário a cargo do grande Pablo Núñez ambientará a cidade italiana de Ferrara, durante o Séc. XVI. A regência é de Rani Calderon, diretor artístico e regente titular da Orquestra Filarmônica de Santiago.


Municipal-de-Santiago-600 Julho será a vez de “Il Postino“,  chegando ao Chile a exitosa ópera de Daniel Catán, baseada na obra homônima de Antonio Skármeta, cuja estréia mundial, se deu em Los Angeles em 2010. Grant Gershon é o diretor de orquestra e Ron Daniels o diretor de cena, com Placido Domingo interpretando Pablo Neruda, o grande soprano chileno Cristina Gallardo-Domás como Matilde. Debutando no Chile, o tenor Charles Castronovo (como il postino) e ainda Amanda Squitieri (soprano) no papel de sua amada Beatrice, e a mezzo soprano chilena Nancy Fabíola Herrera. Coreografia de David Bridel e cenografia e vestuário de Ricardo Hernández. Promete ser um sucesso em todo o ambiente cultural chileno, não só porque traz uma história intimamente ligada ao Chile, através do grande poeta Pablo Neruda, como também conta com os mesmos artistas principais que participaram em sua estreia mundial.
“Tannhäuser“, de Wagner, que seus admiradores esperavam há tempos, será em agosto. Após quase trinta anos, sobe à cena a ópera do compositor germânico. Continuará a incursão ao universo wagneriano o Mtrº Rani Calderon à frente da Filarmônica de Santiago, com a presença de Frank Van Aken, Eva-Maria Westbroek, Natascha Petrinsky Andreas Bauer e Markus Marquardt nos papéis principais. Michel Hampe será o diretor de cena e Gérman Droghetti fará cenários e vestuários, dois artistas que tantos êxitos já mostraram nesse mesmo teatro em temporadas recentes.
Attila“, de G. Verdi virá em Setembro, com Alberto Hold-Garrido (maestro regente) e Curro Carreres (na direção teatral). Os solistas são o baixo Stefan Kocán no papel protagônico, o ascendente soprano dramático ucraniano Liudmyla Monastyrska,  o barítono Vitaliy Bilvy e o tenor Russell Thomas, que cantou essa mesma ópera no Metropolitan de New York, dirigido por Riccardo Muti.
Finalmente em Outubro, Mozart volta ao palco chileno com “Don Giovanni“, a genial criação do mestre. Jan Latham-Koenig (regente do espetáculo )  com a direção de cena do italiano Pier Francesco Maestrini, cuja “Tosca” da temporada de 2011, deixara uma excelente impressão. A distribuição dos papéis tem o baixo-barítono lituano Kostas Smoriginas como Giovanni; os sopranos Olga Mykytenko e Serena Farnocchia; o tenor Emílio Pons, o barítono Sergej Artamonov e o baixo Alexei Tikhomirov (Comendador). Cenografia de Juan  Guillermo Nova, vestuário do italiano Luca D’Allalpi e iluminação de Jose Luis Fiorruccio. Participam das óperas o Coro do Teatro Municipal, cujo maestro é Jorge Klastornick e o Ballet de Santiago,  sob a direção da brasileira Márcia Haydée.
Num país pequeno como o Chile,  a organização prévia  relacionada à cultura, serve de exemplo para nós no Brasil, onde infelizmente, não se tem notícias, no que concerne às temporadas líricas do país.

Teatro Municipal de Santiago
O Teatro Municipal de Santiago é o centro cultural mais antigo do Chile e cenário fundamental de obras de todo o mundo. Destacam-se em suas funções a ópera, o balé, concertos sinfônicos e de câmara e também apresentações de teatro. Pertencente à ilustre municipalidade de Santiago, o edifício foi desenhado pelo arquiteto Claudio Francisco Brunet des Bains, inspirado no estilo neoclássico francês.
Foi inaugurado em 17 de setembro de 1857 com a ópera “Ernani”, de Giuseppe Verdi e a montagem ficou a cargo de uma companhia italiana. Desde o início, o teatro desenvolveu uma atividade sumamente relevante para a época, como espaço para o difusão da cultura.
O Teatro Municipal é administrado pela Corporação Cultural de Santiago e abriga instituições fundamentais para om desenvolvimento artístico nacional, como a Orquestra Filarmônica, o Balé de Santiago e o Coro do teatro, além de um corpo completo com oficinas de vestuário, sapataria e estatuária, entre outros. O teatro é uma verdadeira fábrica de arte.

Fonte: http://www.movimento.com/

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