BALÉ "ONEGIN" , DE JOHN CRANKO, NO TMRJ

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Ao lado do bailarino convidado Thiago Soares, do Royal Ballet, Ana Botafogo se despede dos papéis de repertório.

Aclamada pela crítica como a obra-prima definitiva do coreógrafo John Cranko, Onegin inicia temporada em 4 de agosto, depois de seis anos ausente do palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – vinculado à Secretaria de Estado de Cultura. Criada em 1965 para a brasileira Márcia Haydée, que virá do Chile especialmente para a abertura da temporada, Onegin marca desta vez a despedida de outro grande ícone do ballet. Ana Botafogo, Primeira Bailarina do TMRJ desde 1981, faz sua última apresentação em grandes papéis de repertório como Tatiana, ao lado de Thiago Soares, Primeiro Bailarino do Royal Ballet, que retorna ao Theatro Municipalcomo convidado para interpretar Onegin.
Ao longo das oito récitas da temporada, se revezam com Ana e Thiago nos papéis principais Cláudia Mota, Márcia Jaqueline e Bettina Dalcanale e Francisco Timbó,Filipe Moreira e Denis Vieira, estrelas do Ballet do Theatro Municipal, sob a direção artística de Hélio Bejani. Onegin tem supervisão e remontagem assinadas por Richard Cragunpartner mais constante de Márcia Haydée –, ao lado da inglesa Jane Bourne, colaboradora de Cranko no Stuttgart Ballet. Para conduzir a Orquestra Sinfônica do TM, foi convidado o maestro italiano Pier Carlo Orizio.
Fiquei muito feliz com a escolha de Onegin pelo Theatro Municipal para esta minha despedida dos ballets de repertório, porque ele alia uma técnica primorosa a um trabalho forte de interpretação. Sintetiza bem toda a minha carreira: técnica e dramaturgia em um só ballet”, resume Ana Botafogo.
Baseado no poema Eugene Onegin do poeta russo Alexander Pushkin, de 1831, o ballet Onegin foi criado por John Cranko para o Stuttgart Ballet e estreou em 13 de abril de 1965, estrelado por Márcia Haydée (Tatiana) e Ray Barra (Onegin). No Theatro Municipal do Rio, Onegin entrou para o repertório em 2003 e foi apresentado novamente em 2004 e 2006, por nomes do porte de Ana Botafogo, Cecília Kerche, Cláudia Mota, Bettina Dalcanale, Tereza Augusta, Roberta Marquez, Francisco Timbó, Marcelo Misailidis, Thiago Soares e Vitor Luiz.
Hélio Bejani, diretor do Ballet do TMRJ, comenta: “Além do forte aspecto artístico que envolve esta obra, perfeitamente adequada à emoção de nossos bailarinos, não poderia deixar de mencionar o fato mais importante desta temporada: a despedida de nossa maior estrela, Ana Botafogo, dos grandes clássicos. Fato que marca o final de uma era liderada por esta artista que se consagrou, em minha opinião, principalmente por sua capacidade de emocionar o público”.
Ao escolher a música para o ballet Onegin, John Cranko preteriu a partitura criada por Tchaikovsky em 1878 para a ópera homônima e, em seu lugar, reuniu obras menos conhecidas do compositor russo, arranjadas e orquestradas pelo maestro Kurt-Heinz Stolze. “Ainda que o colorido da orquestração de Tchaikovsky seja dificilmente imitável, acho que o trabalho de Karl-Heinz Stolze, sobre músicas originais de Tchaikovsky, é uma realização primorosa. Penso logo, por exemplo, na belíssima orquestração de um trecho pianístico, tirado da série As Estações, e que serve para o pas de deux do primeiro ato do ballet”, comenta o maestro Pier Carlo Orizio.


SINOPSE
Dividido em três atos, o ballet tem início no interior da Rússia, na casa de campo onde vivem as irmãs Tatiana e Olga com sua família. O poeta Lensky, noivo de Olga, leva seu amigo Onegin, homem refinado de São Petersburgo, para o aniversário de Tatiana. A jovem se encanta com o jovem da cidade, tão diferente dos rapazes com quem convive, e, apaixonada, lhe escreve uma carta de amor. Onegin, por sua vez, acha tudo maçante e vê em Tatiana apenas uma adolescente romântica do campo e deixa claro que não corresponde aos sentimentos da jovem.
Já o Príncipe Gremin, parente distante, encanta-se por Tatiana, que mal percebe seu interesse. Entediado e irritado com o provincianismo à sua volta, Onegin flerta com Olga e, diante de tal provocação, Lensky o desafia para um duelo. Mesmo sob os apelos de Tatiana e Olga, Lensky insiste e é morto por Onegin. Tatiana se decepciona e passa a vê-lo como alguém egoísta e vazio.
Anos depois, Onegin retorna a São Petersburgo após viajar pelo mundo e é recebido pelo Príncipe Gremin em seu palácio. Recém-casado, Gremin o apresenta à sua esposa, que Onegin, atônito, percebe ser a agora imponente e elegante jovem princesa Tatiana. Devastado por ter recusado seu amor no passado, Onegin percebe tardiamente como foi vazio e fútil e tenta reparar seu erro escrevendo-lhe uma carta em que declara seu amor. Mesmo admitindo ainda sentir por ele o amor platônico de menina, Tatiana lhe diz que agora é uma mulher e que jamais poderia respeitá-lo e encontrar felicidade ao seu lado, ordenando que a deixe para sempre.

SERVIÇO

Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano s/n° – Centro
Informações: 2299-1711
Dias 4 (estreia), 7, 8, 9 e 10 de agosto, às 20h.
Dias 5, 11 e 12de agosto, às 16h.
Preços:
Plateia e balcão nobre ………………………………………………… R$ 84,00
Balcão superior ………………………………………………………….. R$ 60,00
Galeria ……………………………………………………………………….. R$ 25,00
Frisas e camarotes (6 lugares) ……………………………………. R$ 504,00
Desconto de 50% para estudantes e idosos
Classificação etária: Livre
Informações: (21) 2332-9191
Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou por telefone 21 4003 2330

Fonte: http://www.movimento.com/

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