Un Ballo in Maschera – MetLive, Dezembro de 2012. Crítica de Fanático Um no Blog de Ópera e Ballet.


 No Sábado passado assistimos na Fundação Gulbenkian a mais uma transmissão em HD da Metropolitan Opera, desta vez Un Ballo in Maschera de G. Verdi.


Foi talvez, de todas as transmissões que vi em Lisboa, aquela em que o som foi pior. Volume excessivo, os solistas pareciam cantar directamente para microfones mas, em certas posições no palco, ouviam-se mal e muito distorcidos.


A encenação de David Alden colocou a acção nas primeiras décadas do século XX. O palco esteve sempre muito vazio e toda a acção decorreu em tons de cinzento. Diversidade cromática praticamente só existiu na pintura que reproduz a queda de Ícaro, que esteve omnipresente, no tecto. Asas brancas teve o pajem Óscar e asas negras vários elementos do coro no baile de máscaras final. A relação entre o mito de Ícaro e o enredo da ópera não foi clara para mim. Apesar de algumas das movimentações em palco terem sido bizarras, achei a abordagem cénica aceitável.

(Fotografia /Photo: Ken Howard / Metropolitan Opera)

Os solistas foram de peso. Marcelo Alvarez foi um Gustavo III, rei da Suécia, de voz poderosa e ampla, embora pouco emotiva. O barítono Dmitri Hvorostovsky, interpretou Renato (conde Anckarström) ao elevado nível que nos tem habituado, mas foi algo sobranceiro nas intervenções iniciais. A Amélia de Sondra Radvanovsky foi óptima, imprimindo grande intensidade dramática à sua interpretação, cénica e vocal. Também marcante foi a Ulrica de Stephanie Blythe, sobretudo no registo mais grave. Kathleen Kim, soprano ligeiro, fez o que pode como Oscar, mas acho que a voz não é a ideal para a personagem.

Dirigiu com qualidade Fábio Luisi Orquestra e Coro da Metropolitan Opera ao seu habitual nível superior.

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Un Ballo in Maschera - MetLive, December 2012

Last Saturday at Fundação Gulbenkian we had another HD broadcast from the Metropolitan Opera, this time Un Ballo in Maschera by G. Verdi.

It was perhaps, of all the broadcasts that I saw in Lisbon, the one in which the sound was worse. Excessive volume, the soloists seemed to sing directly into microphones but in certain positions on the stage, they were very badly and distorted heard.
The staging of David Alden placed the action in the first decades of the twentieth century. The stage was always very empty and all the action took place in grayscale. Chromatic diversity existed almost exclusively in the painting that reproduces the Fall of Icarus, that was omnipresent in the ceiling. The pageboy Oscar Had white wings and various elements of the choir at the masquerade final had black wings. The relationship between the myth of Icarus and the plot of the opera was not clear to me.Although some of the movements on stage were bizarre, I thought the scenic approach was acceptable.The soloists were weight. Marcelo Alvarez was Gustav III, King of Sweden, with a powerful and wide range voice, although little emotional. Baritone Dmitri Hvorostovsky played Renato (Count Anckarström) at the usual high level quality, but he “overlooked” the initial interventions.Sondra Radvanovsky’s  Amelia was great, with a high dramatic intensity interpretation, artistic and vocal. Also striking was theStephanie Blythe´s Ulrica, especially in the lower record. Kathleen Kim, soprano leggero, did what she could as Oscar, but I think the voice is not suitable for the character.

Fabio Luisi directed with quality. Orchestra and Chorus of the Metropolitan Opera were at their usual high level of quality.

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Fanatico Um

Fonte: http://fanaticosdaopera.blogspot.com.br/

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