" A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA" ESTREIA NO MUNICIPAL DO RJ.


O Maestro convidado Javier Logioia Orbe rege a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal.

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A Sagração da Primavera

No ano em que completa cem anos de sua estreia nos Ballets Russes, A Sagração da Primavera, criado originalmente por Vaslav Nijinsky sobre a música de Igor Stravinsky, retorna ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – espaço da Secretaria de Estado de Cultura –, na versão de Millicent Hodson, dando prosseguimento à programação artística elaborada pelo Maestro Isaac Karabtchevsky.
O programa do espetáculo, que terá oito apresentações de 19 a 30 de outubro, é completado com L’Après-Midi d’un Faune, com coreografia original de Nijinsky a partir da música homônima de Claude Debussy, e Le Spectre de la Rose, coreografada por Michel Fokine com música de Carl Maria Von Weber, ambos remontados por Tatiana Leskova.
Entre os solistas do BTM, dirigido por Sérgio Lobato, estarão as primeiras bailarinas Ana Botafogo, Cecília Kerche e Márcia Jaqueline, além do convidado especial, o bailarino Bruno Cezario. O Maestro convidado Javier Logioia Orbe rege a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal.
É com grande satisfação que apresentamos este programa composto por três obras revolucionárias do início do século XX, protagonizadas, seja como bailarino ou coreógrafo, por esta verdadeira lenda do ballet que foi Nijinsky. Quero agradecer a querida Tatiana Leskova, que assina a remontagem das coreografias Le Spectre de la Rose e L’Après-Midi d’un Faune”, comenta Carla Camurati, presidente da Fundação Teatro Municipal.
O diretor do Ballet do TMRJ, Sérgio Lobato, observa: “Este programa tem obras de relevância histórica e de um glorioso passado de renomados artistas unidos por um ideal de renovação e de liberdade de expressão. Eles consagraram uma arte instigante e dissonante de sua época”.


PROGRAMA

- Le Spectre de la Rose

Abre o espetáculo e terá as primeiras bailarinas Ana Botafogo, Cecília Kerche e Márcia Jaqueline revezando-se entre as solistas. Foi criada por Michel Fokine sobre música de Carl Maria von Weber e conta a história de uma jovem que ao retornar de seu primeiro baile, cansada pela excitação da festa, adormece em sua cadeira e sonha que a rosa que segura em suas mãos está dançando com ela. Quando a rosa desaparece pela janela, ela acorda, ainda sob o encantamento de seu sonho. O ballet estreou em 1911, em Monte Carlo, com os Ballets Russes, tendo Tamara Karsavina como a jovem e Vaslav Nijinsky como o Espírito da Rosa.
- Música: Carl Maria von Weber
- Coreografia: Michel Fokine
- Cenários e figurinos: León Bakst
- Poema: Theophile Gautier
- Remontagem: Tatiana Leskova
- Assistente de remontagem: Pino Alosa
- Ensaiadora: Márcia Faggioni
- Cícero Gomes / Filipe Moreira / Moacir Emanoel
- Ana Botafogo / Cecília Kerche / Márcia Jaqueline / Karen Mesquita / Priscilla Mota

- L’Après-Midi d’un Faune
Foi coreografado por Nijinsky aos 22 anos de idade e se tornou umas das estreias – no Théâtre du Châtelet, em Paris, em 1912 – mais polêmicas da história do ballet, causando enorme escândalo na época e considerado por muitos como o nascimento da dança moderna, juntamente com A Sagração da Primavera. A história do fauno que persegue um grupo de recatadas e belas ninfas rompe os padrões da época ao apresentar os bailarinos sempre de perfil, além de uma coreografia carregada de sensualidade, que culmina com a cena do fauno simulando fazer amor com uma echarpe que a ninfa mais desejada deixa cair ao fugir. O jornal Le Figaro condenou os “movimentos vis de uma bestialidade erótica e gestos de pesada sem-vergonhice”, assim como a polícia foi chamada para a segunda apresentação, que estava lotada. O ballet permaneceu apenas alguns anos no repertório e só voltou à cena nos anos 80, quando Nijinsky já havia morrido, após passar longos períodos em sanatórios, diagnosticado com esquizofrenia, vindo a falecer aos 60 anos, em 1950, em Londres. Rudolf Nureyev comentou anos depois que este era seu papel favorito entre todos.
- Música: Claude Debussy
- Coreografia: Vaslav Nijinsky
- Cenários e figurinos: León Bakst
- Remontagem: Tatiana Leskova
- Ensaiadora: Márcia Faggioni
- Bruno Cezario / Edifranc Alves / Moacir Emanoel
- Déborah Ribeiro / Priscila Albuquerque / Renata Tubarão

A Sagração da Primavera
Composto por Igor Stravinsky para o Ballets Russes, de Sergei Diaghilev, A Sagração da Primavera foi coreografada por Vaslav Nijinsky e estreou no Theatre de Champs-Elysées, em Paris, em 1913. Assim como L’Après-Midi d’un Faune, a obra causou tamanho furor e indignação da plateia que culminou em brigas, vaias e intervenção policial por conta da baderna instaurada. Os passos incomuns e totalmente fora dos padrões, em que bailarinos golpeiam o chão com os pés e se contorcem no palco, o tema pagão em que velhos sábios sacrificam a virgem eleita que dança até a morte no ritual em oferenda ao deus da primavera e a música moderna e dissonante de Stravinsky criaram uma combinação explosiva. A obra foi ganhando reconhecimento com o tempo e, ao longo desses cem anos, recebeu inúmeras versões, de grandes coreógrafos como Maurice Béjart, Pina Bausch e Martha Graham, sendo considerada hoje um divisor de águas na história do ballet. Em 1995, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro adquiriu os direitos exclusivos no Brasil da versão de Millicent Hodson, apresentando duas temporadas de enorme sucesso de público e crítica.
- Coreografia: Millicent Hodson a partir de Vaslav Nijinsky
- Música: Igor Stravinsky
- Libreto: Nicholas Roerich e Igor Stravinsky
- Cenários e figurinos: Kenneth Archer a partir de Nicholas Roerich
- Ensaiador: Eric Frederic
- Karen Mesquita / Priscila Albuquerque / Viviane Barreto / Carolina Neves
- nBallet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
- Direção Artística do BTM: Sérgio Lobato
- Regência: Javier Logioia Orbe


A temporada terá mais uma edição do projeto Falando de Ballet. Serão palestras gratuitas com uma hora de duração sobre o espetáculo a ser apresentado – aos moldes das opera talks realizadas habitualmente em teatros europeus –, com início uma hora e meia antes do começo da sessão, no Salão Assyrio. O palestrante será Paulo Melgaço, professor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (EEDMO), que falará sobre a história das obras musicais e abordará também detalhes desta montagem.
- Apresentação: Paulo Melgaço
- Salão Assyrio / Avenida Rio Branco, s/nº – Centro
- Entrada Franca, mediante a apresentação do ingresso
- Dias 19, 24, 25, 26, 29 e 30 às 18h30
- Dias 20 e 27 às 15h30

SERVIÇO

Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano s/n° – Centro
Informações: (21) 2332-9191
Dias 19, 24, 25, 26, 29 e 30 de outubro, às 20h.
Dias 20 e 27 de outubro às 17h.
Preços:
Frisas e camarotes ………………………………………. R$ 504,00
Plateia e balcão nobre …………………………………. R$ 84,00
Balcão superior …………………………………………… R$ 60,00
Galeria ………………………………………………………… R$ 25,00
Desconto de 50% para portadores de necessidades especiais, idosos e estudantes.
Vendas na Bilheteria, no site da Ingresso.com ou por telefone 21 4003-2330
Classificação etária: Livre

Fonte: http://www.movimento.com/

Comentários

  1. Marcelo Lopes Pereira17 de outubro de 2013 às 08:52

    Carla Camurati falar que as três obras são do início do século XX é um equívoco, pois a música, de Carl Maria von Weber é do século XIX, a coreografia até pode ser do século XX, no entanto sem a música não teríamos Ballet. Terça assisti a uma bela montagem da Cavalleria Rusticana do século XXI, porém essa obra como a música de Weber são de períodos anteriores onde a arte era muito mais rica do que as superficialidades que preponderam à partir do final do século XX...
    Isso mostra que a Carla Camurati não é muito preparada para o papel que exerce no Theatro Municipal do Rio

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