A INSISTÊNCIA EXAGERADA DA EUROPEAN TOUR 2013 E A REGÊNCIA DE NATHALIE STUTZMANN . CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

   A apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo na Europa em outubro desse ano foi um acontecimento interessante e empolgante. A European Tour 2013 deu visibilidade a OSESP no velho continente e mostrou que temos boas orquestras no Brasil. O problema é a insistência exagerada da direção da orquestra em alardear e não fazer esquecer a apresentação. O diretor Arthur Nestrovski não perde a chance de ir ao microfone glorificar tudo isso, o homem fala até em evento de dança e sempre lembra da excursão.
   Na apresentação do dia 21 de Novembro foi distribuído um panfleto intitulado "European Tour 2013 - 15 concertos em 13 cidades de 6 países de 7 a 27 de Outubro".Mais uma vez a direção nos lembra que a OSESP esteve na Europa e no meio do encarte citações diversas de revistas e jornais europeus glorificando as apresentações. Esqueceram de citar o nome dos críticos que assinam os textos.
   Sugiro que a direção da orquestra encerre esse assunto fazendo uma apresentação de gala com todos os convidados em traje completo, chamem todas as autoridades e a imprensa, façam discursos enaltecedores e distribuam medalhas de honra ao mérito aos músicos. Para a direção e regentes troféus enormes. Sinceramente esse assunto já cansou!
   A surpresa da noite foi Nathalie Stutzmann, a cantora se aventurou como regente e soube muito bem mostrar talento. Segurança na regência e tempos corretos mostraram o calor das nuances da música romântica de Felix MENDELSSOHN-BARTHOLDY e a sua Sinfonia nº 1 em Dó Menor, Op.11. A obra ficou pronta quando o compositor tinha 15 anos no início do romantismo. Ultimamente Stutsmann anda regendo mais que cantando.
Nathalie Stutzmann, foto Internet
  
   Toda a glorificação divina na missa fúnebre de Wolfgang A. MOZART no Réquiem, KV 626  foi mostrada com enorme capacidade de emocionar. Mais uma vez  Nathalie Stutzmann mostrou conhecimento da obra e regeu de maneira brilhante, movimentos corretos, necessários e sem exageros a última obra composta por Mozart.
   Já é rotina, os dois coros da casa cantaram com belas vozes em todos os timbres. Os solistas estiveram a contento, boas e corretas vozes e nada mais. Não entendi porque dessa vez não colocaram legendas. Toda a apresentação de Missas é legendada, dessa vez isso não ocorreu.
Ali Hassan Ayache  

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