9 MOTIVOS DE NÃO PRECISARMOS DE MARIN ALSOP NA OSESP. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
SALÁRIO : Não deveria ser sigiloso já que a OSESP é mantida com dinheiro público, dizem que a regente titular Marin Alsop ganha mais 700 mil dólares por ano. Convertendo em reais temos um valor absurdo de mais de dois milhões e trezentos mil reais/ano. Isso sem contar todas as mordomias que a madame exige: primeira classe em voos internacionais, hotel cinco estrelas, transporte e alimentação chique e uma Coca-Cola light sempre disponível no camarim. Esses valores somados a essas regalias são um acinte ao povo paulista, uma piada de mau gosto paga com impostos.
DEDICAÇÃO: Marin Alsop trabalha pouco por essas bandas, seu contrato fala em um mínimo de dez semanas por ano, a verdade é que nem isso ela cumpre. Apareceu em São Paulo onze semanas em 2012, oito semanas em 2013 e nos anos de 2014 e 2015 míseras nove semanas. Pouco trabalho, salário alto e dedicação nenhuma à OSESP. Marin chega na segunda, ensaia dois dias, se apresenta na quinta e sexta-feira e no sábado à tarde, assim que termina o concerto, se manda rapidinho para o aeroporto.
REGÊNCIA: Endeusada pela diretoria da OSESP a regência de Marin Alsop não é a última coca-cola light no deserto. A gringa é bem formada e até tem competência, por aqui rege todos os compositores da mesma maneira, como se Mozart fosse igual a Strauss e a Mahler. Regência uniforme para todos os compositores é sua regra, não é uma regente fantástica ou incrível que transmite uma sonoridade e imponha um estilo a OSESP. O que se vê é uma orquestra que não evoluiu, a musicalidade está estagnada e a regente acomodada com a situação. Pelo salário pago Alsop tem a obrigação de mostrar e se dedicar mais.
PROGRAMAÇÃO: A programação elaborada nos últimos anos tem se caracterizado por escolhas equivocadas. A preferência por encomendas de novos compositores e a insistência em colocar Bernstein (Professor de Marin Alsop) na programação é uma chatice sem tamanho. Obras inexpressivas e solistas internacionais aparecem aqui para cantar trechos minúsculos é outra característica da programação anual.
EMPATIA: Em pesquisa sigilosa realizada com os músicos o resultado é assustador, mais de70% deles rejeitam o trabalho da regente, A direção não está preocupada com isso e fez questão de renovar até o ano de 2019, mais uma vez com contrato sigiloso. Marin dividiu a orquestra em dois grupos e tem preferência por um deles. Isso gera uma série de transtornos, músicos não reclamam em público com medo de represálias, mas em off a chiadeira é grande.
ASSINATURAS: Caso fosse uma regente de competência internacional como é anunciado pela direção o número de assinaturas teria aumentado e o público lotaria a Sala São Paulo. A verdade é incontestável, o número de assinaturas diminuiu e o público já não aparece tanto. Programação chata e regente sem dedicação é o resultado dessa fuga.
REGENTES CONVIDADOS: A OSESP é a única orquestra do mundo que toca melhor com os regentes convidados. Devido à ausência da titular eles são muitos no ano e alguns extraem da orquestra sonoridade que Marin nem sonha em conseguir. Ela não está preocupada com isso, o importante é faturar e as verdinhas entram todo mês em sua conta. O povo paulista que paga a conta.
PROGRAMAS EDUCACIONAIS: Alsop é titular em Baltimore e por lá ela coordena programas educacionais voltados à comunidade. Por aqui isso inexiste, fez por aqui masterclass de regência e dizem que foi bem. Por que não fazer mais por nossa comunidade Marin Alsop?
GRAVAÇÃOES: As gravações que são idolatradas pela diretoria são feitas as pressas e colocam pressão desnecessária sobre os músicos. As escalas são insanas com ensaios para os concertos da semana, apresentações e gravações, tudo na mesma semana devido à falta de tempo da madame. Os músicos ensaiam na segunda, terça e quarta, tocam na quinta e sexta-feira a noite e logo no sábado de manhã tem que gravar e a tarde se apresentar novamente.
PROGRAMAS EDUCACIONAIS: Alsop é titular em Baltimore e por lá ela coordena programas educacionais voltados à comunidade. Por aqui isso inexiste, fez por aqui masterclass de regência e dizem que foi bem. Por que não fazer mais por nossa comunidade Marin Alsop?
GRAVAÇÃOES: As gravações que são idolatradas pela diretoria são feitas as pressas e colocam pressão desnecessária sobre os músicos. As escalas são insanas com ensaios para os concertos da semana, apresentações e gravações, tudo na mesma semana devido à falta de tempo da madame. Os músicos ensaiam na segunda, terça e quarta, tocam na quinta e sexta-feira a noite e logo no sábado de manhã tem que gravar e a tarde se apresentar novamente.
Ali Hassan Ayache
Marin Alsop, foto Internet.
Marin Alsop, foto Internet.
Que droga tanta gente tentando uma oportunidade pra ganhar a vida com a música é a pessoa tem uma oportunidade dessas e não dá a mínima
ResponderExcluirSituação frustrante! Se nenhuma atitude for tomada poderá ser o início de uma Decadência ....
ResponderExcluirTantos regentes aqui no Brasil sem chance e deixam ela como titular. Tenho assinatura anual tem uns 6 anos- Realmente as regência dela é lugar comum! :0((
ResponderExcluirCadê o povo paulista??? Vocês pagam essa conta não aceitem!!! Parabéns pela sua ousadia, caro Hassan, apontou os pontos com a devida fundamentação!!! A OSESP é exemplo p todos do Brasil, mudem isso urgentemente, por favor!!!
ResponderExcluirExemplo ??? Do que? Tem coisa melhor acontecendo pelo Brasil onde o orçamento é muito menor e o aproveitamento muito maior ! Abra seus olhos e veja o que acontece com projetos de destaque como em Minas Gerais. Talvez sirva de exemplo...
ExcluirNão precisamos de nenhum motivo para execrar que alguém ganhe esse absurdo com dinheiro público,mesmo que parcialmente,
ResponderExcluiro que não acredito.
Exceto pelo Bernstein, que eu adoro, creio que o trabalho dela é mediano em tudo quanto faz... Tenho um disco de Naxos com a Quarta Sinfonia de Tchaikovsky sob sua batuta, e o resultado não surpreende. O mesmo acontece com todas as gravações que tenho ouvido com ela. É uma pena, para a música, que Antal Dorati, Leonard Bernstein ou Evgeny Svetlanov não sejam eternos, mas é um fato que os regentes do século passado arrasavam!
ResponderExcluirRealmente, ela não é nenhum Abbado ou Karajan... E concordo com a opinião dos colegas do blog... Apresentações medianas, para não dizer, insossas....��
ResponderExcluirRealmente, ela não é nenhum Abbado ou Karajan... E concordo com a opinião dos colegas do blog... Apresentações medianas, para não dizer, insossas....��
ResponderExcluirBravo ALI HASSAN ! Brilhante matéria. Como pode um único lugar mostrar duas realidades separadas por um abismo? Dentro da sala São Paulo uma regente mediana ganhando um salário insano por poucas horas de trabalho anual e do lado de fora o submundo do crime , da miséria, uma vez que existem tantas pessoas jogadas em cabanas improvisadas onde não tem a menor condição de sobrevivência. Vergonha esse desperdício de dinheiro com tantas pessoas desempregadas. Acorda SP, acorda Brasil!
ResponderExcluirBravo, Hassan!
ResponderExcluirIsso de não tirar maestro com medinho de represália já cansou aqui em SP! É um tal de pisar em nós com ameaça de demissão q pelamordethor.
Mas, sabemos q essa pode ser mais uma manobra porca do governo do estado para depois acabar com a orquestra argumentando q o povo não tem interesse.
Vide Banda Sinfônica.
Ninguem merece um regente titular que só tem o titulo e o salario. SP não merece isto.
ResponderExcluirHa quem parece ser protegido por forcas sobrenaturais e ocultas no mundo das artes. O maior salario de regente no mundo eh de Daniel Barenboim, regente official Oper Unter den Linden, em Berlin. Simon Rattle tem um salario que soh eh maior que o da sra. Alsob pelas gravacoes e muitas viagens da Filarmonica de Berlim. Interessante e prpdutivo seria Vera rivalidade - ao menos nao questao interpretativa, o que seria artisticamente positivo, o que nunca aconteceu. Mas no Brasil a situacao dos teatro e orquestras eh caotica de Manaus a Porto Alegre. E eh bom lembrar que a sra. Alsob eh simesmente uma distinta "quem? "nocenario internacional. Mas ha quem onde ha salarios inacreditaveis sempre descobre o filao e ninguem sabe qual eh o milagre.
ResponderExcluirCaracas, tinham me falado sobre esse salário,mas não acreditei. E aqui no Paraná a Orquestra Sinfônica praticamente parada pela demissão de 1/ 3 dos músicos, pois o contrato de comissionados era ilegal (mai de uma década). Dizem que estão resolvendo isso, mas pra quando e qual será a oferta? Sem me aprofundar em toda a situação triste do nosso país, vejo que as aberrações na área musical são enormes. Se merece ou não, pelo visto não, vejo isso como uma grande afronta e depreciação dos músicos brasileiros. Sinto muito caros colegas por essa tão grotesca experiência. Quem pode mudar? O povo.
ResponderExcluirSou morador do MS e vou a SP 4 a 6 x por anos, e quando estou na Capital Paulista sempre vou as quintas assistir a OSESP, realmente como um Sul-matogrossense as apresentação é pobre e só frequento por que fica próximo do hotel que pernoito, em todas as vezes que visitei a Sala Sao Paulo ela nunca esteve a frente da Orquestra, na ultima apresentação a regência ficou por conta de um pianista solista, e ao final uma salva de palmas que durou uns 5 minutos. Eu particularmente amo musica clássica, porem fui obrigado as bater palmas pela circunstancia. Pensa num showzinho barato. Vejo uma velhice brega sustentando seus luxos nos cafes antes o Show com dinheiro publico mal aplicado.
ResponderExcluirGostaria de ver outros Diretores a frente dessa orquestra entre eles até mesmo o Claudio Cruz ou Roberto Minczuk.
Primeira vez que ouço falar mal dela. Concordo com todas as palavras. Deixei de ser mecenas e abandonei a sala nos dias dela.
ResponderExcluirAlsop é muito competente na regência, talvez com alguns pequenos detalhes mas não ao ponto de desqualificar seu trabalho. Sabe, acredito que seja muito exagerado o articulista... exagerado e impreciso pois ele "acha" que ela ganha 700k dolares por ano ("dizem que...")... exagerado e preconceituoso, pois usa a expressão "gringa" para se referir a profissional... mesmo assim, se essa for a remuneração, que seja!... afinal qual o preço da arte? nenhum e tudo! dinheiro é dinheiro, só dinheiro... se não for parar no bolso de uma artista desse quilate, vai parar no apartamento do Gediel.
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