DON GIOVANNI OBRA-PRIMA DE W. A. MOZART.
A origem da obra
Também cognominada: “Il dissoluto punito ossia il Don Giovanni”, um dramma giocoso em dois atos.
A estréia deveria ter acontecido no dia 14 de outubro de 1787 por ocasião das festividades comemorativas em homenagem ao Príncipe Anton Clemens e sua esposa a arquiduquesa Maria Theresa da Saxônia que deviam visitar Praga nesse dia. Esta data, entretanto, não pode ser mantida por causa das dificuldades durante os ensaios, vindo a estrear dia 29 de outubro de 1787 no Teatro Nacional de Praga com grande sucesso. Mozart regeu uma das récitas, dia 20 de outubro com grande sucesso. No entanto a estréia vienense só ocorreu no dia 7 de maio de 1788 a pedido do Imperador Joseph II no teatro imperial da corte, e como era de se esperar, sem muito sucesso, já que o imperador tinha grande predileção pela ópera italiana que estava muito em voga.
O libreto é do judeu e poeta teatral italiano Lorenzo da Ponte (1749-1838) radicado em Viena. Tornou-se o libretista preferido de Mozart, que também foi o autor dos libretos das óperas: Le Nozze de Figaro (1786), Don Giovanni (1787) e Così Fan Tutte (1790). O trabalho de Da Ponte sempre foi efetuado a quatro mãos com Mozart, já que o compositor interferia diretamente no desenvolvimento da trama para que o aspecto dramático da ópera não fosse prejudicado.
De alguma forma, o mundo deve mesmo que indiretamente a ópera de Don Giovanni a uma jovem dama chamada Josefa Hambacher – nome de solteira e Josefa Duschek após se casar em 1773 com o músico Franz Duschek de quem foi aluna, destacando-se como boa pianista, mas especialmente como cantora, a quem Mozart dedicou uma ária. Segundo reza a história, Josefa parece ter se utilizado de seus encantos femininos para defender seus interesses materiais, como, por exemplo, obteve a afeição de um rico fidalgo da Boêmia, o Conde Christian Clan que lhe teria lhe ofertado dinheiro para a compra em abril de 1784 de uma pequena propriedade perto de Praga com uma bela moradia que ficou conhecida por Vila Bertramka. Era nessa casa que Mozart frequentava para encontrar Josefa e foi lá também que Mozart completou a ópera Don Giovanni.
A origem do texto vem da obra El Burlador de Sevilla, y Combidado de Pietra de um monge espanhol chamado Gabriel Tellez (1584-1648), escrita sob o pseudônimo de Tirso de Molina. Foi impressa em 1630, e acredita-se que tenha sido sua primeira obra literária do autor. Era baseada em duas lendas: uma explorava a sensualidade desregrada de um certo homem e a outra contava a interrupção de uma festa por uma estátua.
Em todas as biografias de Mozart relata-se um episódio romântico às vésperas da estreia da ópera: a abertura ainda não estava pronta e nessa noite a esposa de Mozart o estimulou a escrever preparando um ponche, e mantendo-o acordado por toda a noite contando histórias de contos de fadas, enquanto ele escrevia a abertura n papel. O copista do teatro recebeu a partitura ás sete horas da manhã e a abertura teria sido tocada à noite com uma leitura à primeira vista pelos músicos. Segundo cartas, a abertura já estava formulada na cabeça de Mozart, só que ele achava enfadonho escrever a obra e ia deixando sempre para a última da hora, quando neste caso foi obrigado a passar a noite acordado escrevendo a obra. A intenção de Mozart não era escrever uma abertura utilizando-se temas da ópera, como iria se fazer no século XIX, mas escrever uma obra independente que servisse de abertura para a ópera e que de alguma forma sugerisse o que estava por vir na ópera. É o caso dessa abertura, que Mozart menciona com acordes o motivo ligado à estátua no momento que ela terrifica a cena do festim.
Também cognominada: “Il dissoluto punito ossia il Don Giovanni”, um dramma giocoso em dois atos.
A estréia deveria ter acontecido no dia 14 de outubro de 1787 por ocasião das festividades comemorativas em homenagem ao Príncipe Anton Clemens e sua esposa a arquiduquesa Maria Theresa da Saxônia que deviam visitar Praga nesse dia. Esta data, entretanto, não pode ser mantida por causa das dificuldades durante os ensaios, vindo a estrear dia 29 de outubro de 1787 no Teatro Nacional de Praga com grande sucesso. Mozart regeu uma das récitas, dia 20 de outubro com grande sucesso. No entanto a estréia vienense só ocorreu no dia 7 de maio de 1788 a pedido do Imperador Joseph II no teatro imperial da corte, e como era de se esperar, sem muito sucesso, já que o imperador tinha grande predileção pela ópera italiana que estava muito em voga.
O libreto é do judeu e poeta teatral italiano Lorenzo da Ponte (1749-1838) radicado em Viena. Tornou-se o libretista preferido de Mozart, que também foi o autor dos libretos das óperas: Le Nozze de Figaro (1786), Don Giovanni (1787) e Così Fan Tutte (1790). O trabalho de Da Ponte sempre foi efetuado a quatro mãos com Mozart, já que o compositor interferia diretamente no desenvolvimento da trama para que o aspecto dramático da ópera não fosse prejudicado.
De alguma forma, o mundo deve mesmo que indiretamente a ópera de Don Giovanni a uma jovem dama chamada Josefa Hambacher – nome de solteira e Josefa Duschek após se casar em 1773 com o músico Franz Duschek de quem foi aluna, destacando-se como boa pianista, mas especialmente como cantora, a quem Mozart dedicou uma ária. Segundo reza a história, Josefa parece ter se utilizado de seus encantos femininos para defender seus interesses materiais, como, por exemplo, obteve a afeição de um rico fidalgo da Boêmia, o Conde Christian Clan que lhe teria lhe ofertado dinheiro para a compra em abril de 1784 de uma pequena propriedade perto de Praga com uma bela moradia que ficou conhecida por Vila Bertramka. Era nessa casa que Mozart frequentava para encontrar Josefa e foi lá também que Mozart completou a ópera Don Giovanni.
A origem do texto vem da obra El Burlador de Sevilla, y Combidado de Pietra de um monge espanhol chamado Gabriel Tellez (1584-1648), escrita sob o pseudônimo de Tirso de Molina. Foi impressa em 1630, e acredita-se que tenha sido sua primeira obra literária do autor. Era baseada em duas lendas: uma explorava a sensualidade desregrada de um certo homem e a outra contava a interrupção de uma festa por uma estátua.
Em todas as biografias de Mozart relata-se um episódio romântico às vésperas da estreia da ópera: a abertura ainda não estava pronta e nessa noite a esposa de Mozart o estimulou a escrever preparando um ponche, e mantendo-o acordado por toda a noite contando histórias de contos de fadas, enquanto ele escrevia a abertura n papel. O copista do teatro recebeu a partitura ás sete horas da manhã e a abertura teria sido tocada à noite com uma leitura à primeira vista pelos músicos. Segundo cartas, a abertura já estava formulada na cabeça de Mozart, só que ele achava enfadonho escrever a obra e ia deixando sempre para a última da hora, quando neste caso foi obrigado a passar a noite acordado escrevendo a obra. A intenção de Mozart não era escrever uma abertura utilizando-se temas da ópera, como iria se fazer no século XIX, mas escrever uma obra independente que servisse de abertura para a ópera e que de alguma forma sugerisse o que estava por vir na ópera. É o caso dessa abertura, que Mozart menciona com acordes o motivo ligado à estátua no momento que ela terrifica a cena do festim.
O Personagem de Don Juan
A personagem de Don Juan, na qual está baseada a ópera Don Giovanni de Mozart, foi introduzida ao mundo em El Burlador de Sevilla (1630), peça do monge e dramaturgo espanhol Tirso de Molina. A peça de Molina não tinha nada de especial; era uma narração admonitória sobre os perigos do ateísmo. Uma peça bem escrita mas que nunca foi considerada importante enquanto Molina vivia. A personagem de Don Juan, contudo, fascinaria a Europa por séculos vindouros, aparecendo em milhares de peças, estórias, poemas épicos, óperas, balés e investigações filosóficas sob diversos nomes — entre eles Dom Juan, Don John e Don Giovanni.
Artistas inspirados pelo tema de Don Juan incluem Moliére, Goldoni, Corneille, E.T.A Hoffman, Pushkin, George Bernard Shaw, Mozart, Gluck e Richard Strauss. Cada versão da estória introduz novas personagens, episódios e dramas — e com cada nova encarnação, novas personalidades e motivações de Don Juan. Um histórico detalhado da evolução de Don Juan através das gerações pode ser comparado a uma história filosófica, religiosa e artística da Europa.
Entre a estréia de El Burlador de Sevilla e a apresentação inaugural da ópera Don Giovanni de Mozart, a estória de Don Juan já sofre várias metamorfoses. O Don Juan de Tirso de Molina era um herói barroco, rebelde e exagerado, impulsivo e compelido a aventura. Com o contínuo alastramento da estória de Don Juan em outros países, ele perdeu algumas dessas características. Na Itália, a estória foi adotada pela Commedia dell’arte, um teatro de rua improvisado exibindo máscaras, comédias-pastelão e muitas piadas pesadas. A trupe enfatizou as proezas sexuais de Don Juan, tornou o criado em um trapaceiro italiano, e acrescentou novas pilhérias e personagens cômicas .O Don Juan italiano se tornou um homem inacreditavelmente egocêntrico, controlado por seus apetites monstruosos e implacável na conquista de seus prazeres sexuais.
Foi provavelmente o Don Juan italiano que Molière utilizou como modelo para sua brilhante (e intricada) versão da estória, Don Juan, ou le festin de pierre (1665). A peça subversiva de Molière, escrita durante o reino de Luís XIV, retrata a Don Juan como um nobre ocioso estragado por sua extravagância. Preguiçoso, obcecado com a beleza, desvalorizando qualquer coisa que não seja seu prazer pessoal, Don Juan é uma personagem que se sentiria em casa na corte do Rei Sol. Ele eliminou Deus de sua vida e ridiculariza qualquer sentimento religioso. Sua obsessão pelas mulheres advém de sua posição política e filosofia de vida.
Na Inglaterra, a personagem de Don Juan foi alterada brutalmente no The Libertine (1676) de Shadwell. Don John, o herói de Shadwell, foi o primeiro de uma longa lista de Don Juans a explicar a filosofia por trás de suas ações. Don John argumenta que todos os desejos derivam da natureza e já que algo natural não pode ser mau, o desejo justifica até os crimes mais horrendos. Don John vive de acordo com seu modo de pensar. Antes do início da peça, ele já cometeu uma média de 30 assassinatos — incluindo o de seu próprio pai. Ele é violento ao invés de apaixonado — mas defende seus crimes com lógica fatal.
Da Ponte (1787) apropriou-se espontaneamente de todas as narrações de Don Juan que precederam seu libreto, desde Molina e Molière à commedia dell’arte. Ele também deu novos atributos à estória, notavelmente a personagem de Donna Anna, cuja força e determinação captura desde então a imaginação de vários escritores. Novelistas eram particularmanente atraídos pela personagem de Donna Anna; E.T.A Hoffman declarou que ela seria o amor verdadeiro de Don Juan se ela não tivesse aparecido em sua vida demasiado tarde para salvá-lo de sua cobiça. O próprio Richard Wagner estava convencido de que, no início da ópera, Don Juan já havia conseguido o queria com uma concordante Donna Anna.
Depois de Don Giovanni, a história do sedutor libertino continuou evoluindo. ETA Hoffman retratou Don Juan como um idealista romântico, eternamente frustrado em sua procura pela mulher perfeita. A busca de Don Juan é nutrida por sua convicção pessoal de que somente um amor verdadeiro lhe dará transcendência. Mais tarde, no século XX, George Bernard Shaw utilizou Don Juan como porta-voz para suas próprias complicadas convicções no terceiro ato de Man and Superman (Homem e Super-homem), uma peça dentro de outra peça chamada de Don Juan in Hell (Don Juan no Inferno). Outros hão descrito Don Juan como um grande amante ou até como um homem a quem as mulheres não podem resistir — ambos conceitos que surpreenderiam Tirso de Molina.
Mas para a maioria, a ópera de Mozart e Da Ponte continua sendo a versão definitiva da estória de Don Juan, apresentando o mito em toda sua amplidão emocional e níveis de significado, além da personalidade de Don Giovanni em toda sua complexidade.
Extraído do site: http://archive.operainfo.org/broadcast/operaBackground.cgi?id=19&language=4
A personagem de Don Juan, na qual está baseada a ópera Don Giovanni de Mozart, foi introduzida ao mundo em El Burlador de Sevilla (1630), peça do monge e dramaturgo espanhol Tirso de Molina. A peça de Molina não tinha nada de especial; era uma narração admonitória sobre os perigos do ateísmo. Uma peça bem escrita mas que nunca foi considerada importante enquanto Molina vivia. A personagem de Don Juan, contudo, fascinaria a Europa por séculos vindouros, aparecendo em milhares de peças, estórias, poemas épicos, óperas, balés e investigações filosóficas sob diversos nomes — entre eles Dom Juan, Don John e Don Giovanni.
Artistas inspirados pelo tema de Don Juan incluem Moliére, Goldoni, Corneille, E.T.A Hoffman, Pushkin, George Bernard Shaw, Mozart, Gluck e Richard Strauss. Cada versão da estória introduz novas personagens, episódios e dramas — e com cada nova encarnação, novas personalidades e motivações de Don Juan. Um histórico detalhado da evolução de Don Juan através das gerações pode ser comparado a uma história filosófica, religiosa e artística da Europa.
Entre a estréia de El Burlador de Sevilla e a apresentação inaugural da ópera Don Giovanni de Mozart, a estória de Don Juan já sofre várias metamorfoses. O Don Juan de Tirso de Molina era um herói barroco, rebelde e exagerado, impulsivo e compelido a aventura. Com o contínuo alastramento da estória de Don Juan em outros países, ele perdeu algumas dessas características. Na Itália, a estória foi adotada pela Commedia dell’arte, um teatro de rua improvisado exibindo máscaras, comédias-pastelão e muitas piadas pesadas. A trupe enfatizou as proezas sexuais de Don Juan, tornou o criado em um trapaceiro italiano, e acrescentou novas pilhérias e personagens cômicas .O Don Juan italiano se tornou um homem inacreditavelmente egocêntrico, controlado por seus apetites monstruosos e implacável na conquista de seus prazeres sexuais.
Foi provavelmente o Don Juan italiano que Molière utilizou como modelo para sua brilhante (e intricada) versão da estória, Don Juan, ou le festin de pierre (1665). A peça subversiva de Molière, escrita durante o reino de Luís XIV, retrata a Don Juan como um nobre ocioso estragado por sua extravagância. Preguiçoso, obcecado com a beleza, desvalorizando qualquer coisa que não seja seu prazer pessoal, Don Juan é uma personagem que se sentiria em casa na corte do Rei Sol. Ele eliminou Deus de sua vida e ridiculariza qualquer sentimento religioso. Sua obsessão pelas mulheres advém de sua posição política e filosofia de vida.
Na Inglaterra, a personagem de Don Juan foi alterada brutalmente no The Libertine (1676) de Shadwell. Don John, o herói de Shadwell, foi o primeiro de uma longa lista de Don Juans a explicar a filosofia por trás de suas ações. Don John argumenta que todos os desejos derivam da natureza e já que algo natural não pode ser mau, o desejo justifica até os crimes mais horrendos. Don John vive de acordo com seu modo de pensar. Antes do início da peça, ele já cometeu uma média de 30 assassinatos — incluindo o de seu próprio pai. Ele é violento ao invés de apaixonado — mas defende seus crimes com lógica fatal.
Da Ponte (1787) apropriou-se espontaneamente de todas as narrações de Don Juan que precederam seu libreto, desde Molina e Molière à commedia dell’arte. Ele também deu novos atributos à estória, notavelmente a personagem de Donna Anna, cuja força e determinação captura desde então a imaginação de vários escritores. Novelistas eram particularmanente atraídos pela personagem de Donna Anna; E.T.A Hoffman declarou que ela seria o amor verdadeiro de Don Juan se ela não tivesse aparecido em sua vida demasiado tarde para salvá-lo de sua cobiça. O próprio Richard Wagner estava convencido de que, no início da ópera, Don Juan já havia conseguido o queria com uma concordante Donna Anna.
Depois de Don Giovanni, a história do sedutor libertino continuou evoluindo. ETA Hoffman retratou Don Juan como um idealista romântico, eternamente frustrado em sua procura pela mulher perfeita. A busca de Don Juan é nutrida por sua convicção pessoal de que somente um amor verdadeiro lhe dará transcendência. Mais tarde, no século XX, George Bernard Shaw utilizou Don Juan como porta-voz para suas próprias complicadas convicções no terceiro ato de Man and Superman (Homem e Super-homem), uma peça dentro de outra peça chamada de Don Juan in Hell (Don Juan no Inferno). Outros hão descrito Don Juan como um grande amante ou até como um homem a quem as mulheres não podem resistir — ambos conceitos que surpreenderiam Tirso de Molina.
Mas para a maioria, a ópera de Mozart e Da Ponte continua sendo a versão definitiva da estória de Don Juan, apresentando o mito em toda sua amplidão emocional e níveis de significado, além da personalidade de Don Giovanni em toda sua complexidade.
Extraído do site: http://archive.operainfo.org/broadcast/operaBackground.cgi?id=19&language=4
Personagens
Don Giovanni (barítono) — Um nobre galã obcecado por seduzir mulheres. Giovanni está disposto a mentir, trair e até assassinar só para acrescentar outras mulheres a sua lista de conquistas.
Donna Anna (soprano) — a filha do Commendatore, forte, guerreira, e determinada a vingar a morte de seu pai.
Donna Elvira (soprano) — uma nobre certa vez seduzida por Don Giovanni, ela o segue até Sevilha para revelar seus crimes ao mundo.
Zerlina (soprano) — Uma amável camponesa. Ela é noiva de Masetto mas sente-se atraída por Don Giovanni.
Don Ottavio (tenor) — Noivo de Donna Anna.
Masetto (barítono) — O campesino noivo de Zerlina. Ele ama Zerlina mas não confia nela para deixá-la a sós — especialmente com um nobre.
Commendatore (baixo) — Pai de Donna Anna. Depois de ser assassinado por Don Giovanni, o Commendatore retorna do mundo dos mortos na forma de uma estátua para advertir seu assassino a se arrepender.
Leporello (baixo) — O criado de Don Giovanni. Leporello odeia trabalhar para Giovanni. Ofício que envolve mentiras e trapaças, e para o qual ele coloca sua própria vida em risco somente para que seu senhor possa seduzir mais mulheres.
Emanuel Martinez
Fonte: http://repertoriosinfonico.blogspot.com.br/search?q=DON+GIOVANNI
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