SAINDO DA MESMICE DA CIDADE DE SÃO PAULO- CONCERTO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DE INDAIATUBA. CRÍTICA DE WILLIAN CARDOSO ABREU NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

   Criada em 2004 por iniciativa da Secretaria de Cultura da Cidade de Indaiatuba a sinfônica surgiu primeiramente como uma orquestra jovem que ao longo dos anos se desenvolveu e, devido ao salto de qualidade, passou a ser Orquestra de Indaiatuba em 2008 e posteriormente em 2014 recebeu a denominação de Orquestra Sinfônica de Indaiatuba. Desde o início de suas atividades atua sob direção do maestro Paulo de Paula.
   Estive no último dia 18 de Junho acompanhando a programação na cidade de Indaiatuba em um concerto promovido na Igreja do Mosteiro de Itaici denominado Concerto Barroco.
No programa, de Vivaldi a Sinfonia em Fá Maior e o Concerto para Violino OP.4 nº5 “La Stravaganza”. De Arcangelo Corelli o Concerto Grosso OP.6 nº7 e de Tellemann a Suíte “Burlesque de Quixotte”.
   O excelente violinista Juliano Buosi ficou responsável pela regência e violino. Juliano Buosi, que atualmente é professor de violino e viola barrocos no Departamento de Performance Histórica do Conservatório de Tatuí e também leciona na Escola Municipal de Música de São Paulo, conduziu do violino um excelente Vivaldi, extraiu uma sonoridade excelente da orquestra, com precisão e sedosidade nas cordas. Seu violino no concerto “La Stravaganza” foi brilhante.
   No Concerto Grosso de Corelli destaque para os excelentes músicos da orquestra que corresponderam muito bem ao regente, que extraiu uma sonoridade verdadeiramente barroca da orquestra.
Mas a joia da cora foi com certeza a “Suíte Burlesque de Quixotte” de Georg Philipp Telemann. Nela solista e orquestra em um diálogo delicioso que transportou a plateia, lotada diga-se de passagem, a uma viagem ao século XVIII. Tudo isso misturado ao misticismo do Mosteiro de Itaici que é de uma beleza arquitetônica de incrível.
Boa música, natureza e ar puro. Às vezes é bom deixar a mesmice musical da Cidade de São Paulo para acompanhar concertos dessa qualidade, que realmente nos transportam a outra época.
Willian Cardoso Abreu