MELHORES E PIORES DE 2017 PELO BLOG DE ÓPERA & BALLET: MELHOR ESPETÁCULO DE ÓPERA, DON GIOVANNI, THEATRO DA PAZ, BELÉM.



Don Giovanni, de Mozart, apresentada no XVI Festival de Ópera do Theatro da Paz de Belém foi, sem dúvida, o grande espetáculo operístico de 2017. Ousada e moderna provou mais uma vez a maturidade do Festival de Ópera do Theatro da Paz. Que o ano de 2018 traga mais óperas de excelência em Belém. 

 "O XVI Festival de Ópera do Theatro da Paz quebrou diversos paradigmas com a apresentação da ópera Don Giovanni de Mozart. Diversas "verdades" entoadas por muitos caíram por terra. A primeira delas é a falta de interesse do público com ópera, essa é uma inverdade atroz, os teatros vivem lotados e em Belém não foi diferente, ingressos esgotados para todas as apresentações. O público não aceita montagens ousadas, modernas e inovadoras. Aceita sim, como veremos abaixo a galera se deliciou com a produção. A pior "verdade" de todas, não temos no Brasil solistas para determinados papéis, diz isso quem não conhece a fundo os cantores líricos brasileiros.
   A opção pela ousadia contra o conservadorismo pode ser arriscada em Belém do Para, o público pode estranhar certas liberdades artísticas. Mauro Wrona assume o risco e faz um Don Giovanni moderno, teatral e inovador. Conta a história com clareza, lembro que as peripécias do conquistador são muitas. Inova na cena final com todo o libido e a lascívia expostos, um soco no estômago do espectador. Don Giovanni é cercado por diversas garotas seminuas que avançam em cima dele. O herói mostra todo o caráter de conquistador onde sua vontade sempre deve prevalecer. Quem estava sonolento nessa hora acordou rápido para não perder o impacto da cena." Don Giovanni, Theatro da Paz, Ali Hassan Ayache, Blog de Ópera & Ballet.

"A montagem em cartaz no Theatro da Paz até o dia 19 de setembro logra encontrar soluções cênicas inteligentes a partir da concepção e da direção de cena de Mauro Wrona. O encenador opta por uma abordagem visual de caráter mais tradicional, ao mesmo tempo em que aposta em uma movimentação cênica dinâmica, concentrando a atenção do espectador. Wrona trabalha muito bem a psicologia de cada personagem, obtendo assim um resultado cênico geral bastante satisfatório e qualificado. A ousadia da cena final, em que mulheres seminuas integram o banquete “degustado” pelo protagonista, encaixa-se perfeitamente ao espírito libertino deste último." Don Giovanni, Theatro da Paz,  Leonardo Marques, movimento.com 

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