PRATELEIRA NELES: GRAVAÇÕES QUE MERECEM FICAR MOFANDO NA PRATELEIRA, NORMA NOS ANOS 40 DO SÉCULO XX.

    

   Norma  de Bellini se passa na Gália, onde circulam druidas e centuriões romanos . A  luta entre o amor (individual) e a obrigação religiosa (Estado) são questões centrais. Tempo e espaço estão bem definidos.
   Na leitura amalucada de Guy Joosten, a história se passa nos EUA dos anos 40. Nada contra a transposição de tempo. Muitos diretores fizeram isso com maestria. Mas o amigão se perdeu, sua leitura da obra se mostra errada em todos os sentidos. 
   Norma é recebida com flashes, como se fosse uma estrela de cinema. Transforma a história em um enredo de filme americano barato. Ambas competem por Pollione em uma produção de Norma (acho que deu pra entender). Muda-se o final de ópera. Norma acaba nos braços e viverá feliz para sempre com seu amado enquanto o coro canta a tristeza de sua partida. 
   Os solista são medianos e se perdem na confusão criada pela re-leitura do diretor. A orquestração é normal. Figurinos e cenários ridículos.  O selo Opus Arte sempre primou pela qualidade, dessa vez errou feio.
   Amigos, Prateleira Neles. Esse merece ser enterrado embaixo da árvore sagrada druida.    

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