PIANISTA SÔNIA RUBINSKY SE APRESENTA COM A ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MG .



Nos dias 9 e 10 de maio, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais se une à pianista brasileira Sônia Rubinsky para interpretar Aurora, obra do compositor Almeida Prado. Contrapõem-se a ela obras do período clássico, como a Sinfonia nº 6 em Ré maior, “A manhã” e a Sinfonia nº 8 em Sol maior, “A noite”, de Haydn, e Noturno em Si maior, op. 40, de Dvorák, neste concerto que traz diferentes olhares sobre a passagem de um dia. A regência é do maestro Fábio Mechetti.
Antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o público poderá assistir aos Concertos Comentados. O convidado desta semana é o maestro e professor Arnon Oliveira. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.
Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cidadania e Governo de Minas Gerais e contam com o incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

PROGRAMA
Joseph Haydn (Rohrau, Áustria, 1732 – Viena, Áustria, 1809)
Sinfonia nº 6 em Ré maior, Hob. 1:6, “A manhã” (1761)
Em 1759, após dez anos em Viena como músico freelancer, a vida profissional de Joseph Haydn deu seu mais importante salto: ele aceitou um trabalho na corte do príncipe húngaro Paul Anton Esterházy, uma das mais influentes da Europa em meados do século XVIII. No posto de Mestre de Capela (Kapellmeister), ele tinha uma virtuosa orquestra à disposição. O novo local de trabalho, na borda leste da Áustria, ao lado da atual Hungria e a poucos passos de Budapeste, Bratislava e Eslovênia, revela influências não germânicas a que seu trabalho seria exposto desde então. Ali, no Palácio Esterháza, na cidade de Eisenstadt, Haydn compôs seu primeiro trabalho a serviço da família Esterházy: a sinfonia “A Manhã”, a primeira do trio de momentos do dia, que também inclui “Meio-dia” e “A Noite”. A Sinfonia nº 6 também revela a cuidadosa adaptação do compositor às características da orquestra de câmara que tinha à sua disposição. Musicólogos como Jens Peter Larsen afirmam que a série está “no limiar entre sinfonia e concerto grosso”, forma musical característica do Barroco.

José Antonio de Almeida Prado
 (Santos, Brasil, 1943 – São Paulo, Brasil, 2010)
Aurora (1975)
“Aurora é um canto à luz, ao calor, à vida, ao movimento. Vindo da mais espessa escuridão da noite, até alcançar o inebriante êxtase solar, tudo é ascensão, uma progressiva espiral até as mais altas moradas da claridade”. A ideia de representar sonoramente eventos de outra ordem ocorre desde a Grécia antiga. Composta em 1975, a obra para piano e orquestra revela a declarada intenção de Almeida Prado de pintar, metaforicamente, um amanhecer. Ao longo dos 367 compassos da partitura e utilizando todas as doze notas da escala, o compositor consegue exprimir desde a espessa escuridão, por meio de registros graves, até os altos reflexos da claridade, retratados pela progressão até registros mais agudos. A entrada da nota Sol natural, por exemplo, só aparecerá pela primeira vez no compasso 37, no clarinete. Mesmo em um registro grave, se destaca acima dos outros sons que o acompanham, metaforicamente formando assim o primeiro raio de sol da manhã.

Anton
ín Dvorák (Nelahozeves, República Tcheca, 1841 – Praga, República Tcheca, 1904) 
Noturno em Si maior, op. 40 (1875, revisão 1882)
Noturno teve sua estreia em 1885, sob a regência de Antonín Dvorák no Palácio de Cristal de Londres. Entretanto, a história do opus 40 começa muito antes, por volta de 1870, como um embrião do Quarteto de cordas nº 5 em mi menor, obra que não chegou a ser publicada por Dvorák. Uma genealogia deveras complexa para uma peça relativamente simples, com um título que nos fornece a informação necessária para compreendê-la: construída no ritmo básico Molto adagio, o tom sombrio da obra é feito para refletir misteriosos e pacíficos sentimentos da noite e pode ser compreendido a partir de referências aos movimentos lentos de Beethoven, Brahms e Mahler.

Joseph Haydn 
(Rohrau, Áustria, 1732 – Viena, Áustria, 1809) 
Sinfonia nº 8 em Sol maior, Hob. I:8, “A noite” (1761)
A contribuição de Joseph Haydn para a história da sinfonia sempre foi inquestionável, mas muitas vezes reduzida a um modelo que envolve perfeição e equilíbrio, como se se tratassem de repetições mecânicas dentro de um sistema imutável. No entanto, uma observação atenta revela que o classicismo haydiano envolve um mesmo estilo implementado de maneiras diferentes. Esta marca fica evidente em sua Oitava Sinfonia. Recém-contratado pela família Esterházy, Joseph Haydn mudou-se para o palácio Esterháza, em Eisenstadt, na Áustria.
Na propriedade da família, o novo Mestre de Capela tinha à disposição uma virtuosa orquestra, mas isso não a livrou de sofrer significativas mudanças a mando de Haydn. Durante os cinco anos passados na propriedade, o compositor escreveu dezenove partituras para orquestra – uma média de quatro por ano! “A Noite” encerra o ciclo iniciado com as sinfonias “A Manhã” e “Meio-dia”, escritas durante no ano de 1761. A série leva este nome para atender a um pedido específico do príncipe, que queria um ciclo sinfônico para retratar as horas do dia. Todas distinguem-se pelo uso de instrumentos como solistas: violino, violoncelo, contrabaixo e sopros – tudo para destacar as habilidades técnicas dos músicos escolhidos por ele.


SERVIÇO

Série Alegro – dia 9 de maio, quinta-feira, às 20h30
Série Vivace – dia 10 de maio, sexta-feira, às 20h30

Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto – BH – (31) 3219-9000)

Ingressos: R$ 46 (Coro) R$ 52 (Balcão Palco) R$ 52 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Lateral), R$ 96 (Plateia Central), R$ 120 (Balcão Principal), Camarote par (R$ 140).
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Ingressos para o setor Coro serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Ingressos comprados na bilheteria não têm taxa de conveniência.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:
Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto
De terça-feira a sexta-feira, das 12 às 20h.
Aos sábados, das 12 às 18h.
Em quintas e sextas de concerto, das 12 às 22h
Em sábados de concerto, das 12 às 21h.
Em domingos de concerto, das 9 às 13h.

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

Comentários

Postagens mais visitadas