MUDANÇA DE GESTÃO NO THEATRO MUNICIPAL DE SP. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.
Quando era administrado pela Secretaria Municipal de Cultura existiam denúncias de desvios de verbas. Quando as organizações sociais chegaram como salvadoras da pátria as denúncias de corrupção se intensificaram.
Agora soube que o secretário de cultura do município Alê Youssef vai defenestrar o Instituto Odeon por motivos de suspeita de desvios de verbas em outubro e colocar uma nova organização social. Será que é tão simples assim? E o contrato assinado por ambas as partes pode ser desfeito a qualquer hora? Lembrando que até o presente momento são suspeitas e nenhuma condenação judicial.
Uma mudança burocrática para o secretario da cultura é a solução dos problemas. Troca-se o complexo nome de gestão: Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil apelidado carinhosamente de Mrosc, para Lei das Organizações Sociais. Será escolhida uma nova OS para administrar o teatro.
A Fundação Theatro Municipal conta com mais de 50 barnabés e tem a função de fiscalizar o Instituto Odeon, administrar as escolas ligadas ao teatro e a Praça das Artes deve ser trocada por uma ou mais organizações sociais. Será que uma OS não poderia administrar todo o complexo do Theatro Municipal de São Paulo e diminuir a burocracia?
A proposta do secretário troca seis por meia dúzia. O maior teatro paulistano precisa de uma chacoalhada geral, uma faxina completa com uma administração enxuta ligada diretamente a secretaria de cultura.
Ali Hassan Ayache
Ali, e sob qual regime trabalhista vc sugere que os artistas sejam contratados, se o TM voltar a ser vinculado à Secretaria de Cultura, como você defende? Porque só existem duas possibilidades: o regime celetista ou o regime estatutário. O celetista seria descartado, uma vez que a Secretaria de Cultura é um órgão público. O regime estatutário requer um concurso público, só que não existe o cargo de músico. Você quer que os artistas voltem a ter contratos "temporários" renováveis a cada três meses ao longo de 10, 15, 20 anos, via Lei de Licitações Públicas, sem reconhecimento de vínculo e sem direito a nenhum benefício trabalhista, como era feito no passado? Pense, antes de propor besteiras levianamente. As propostas devem sempre vir acompanhadas de soluções.
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