PIANISTA SIMONE LEITÃO SE APRESENTA NO ITAÚ CULTURAL

Eduardo Gudin e Léla Simões, Cocão Avoz, Helena Badari e Simone Leitão se apresentam no Itaú Cultural


Em quatro dias de apresentações, o público tem a chance de conferir estilos e ritmos variados. O compositor Eduardo Gudin apresenta os maiores sucessos da carreira, acompanhado pela interpretação de Léla Simões. Cocão Avoz, um dos organizadores do Sarau Cooperifa, leva para o instituto as batidas e poesias do rap. Helena Badari, junto de sua banda, reúne canções de autores da nova cena musical brasileira. Por fim, a pianista Simone Leitão abre sua temporada de concertos em 2020 celebrando, no instituto, os 250 anos de Beethoven




A programação musical de fevereiro do Itaú Cultural segue com quatro dias seguidos de shows. Começando sempre às 20h, os shows de quinta-feira a sábado (dia 6 a 8) recebem, respectivamente, a dupla Eduardo Guidin e Léla Simões, Cocão Avoz e Helena Badari. No domingo (dia 9), às 19h, Simone Leitão encerra a série de apresentações.


Músicos de gerações distintas, o compositor veterano Eduardo Gudin e a cantora Léla Simões começaram a dividir o palco em 2017, motivados por suas afinidades musicais. No show no Itaú Cultural, Gudin (violão e voz) e Léla (voz e violino) apresentam um show focado no recém-lançado álbum Eduardo Gudin e Léla Simões. O repertório é composto por músicas de diversas fases da carreira do músico, entre clássicos, inéditas e algumas do seu lado B, como Paulista, composta com J. C. Costa Netto, Mãos de Orfeu, em parceria com Toquinho e Paulo César Pinheiro, Somos Sóis, que assina com Arnaldo Antunes, e Alma, composta com Cacaso. O show conta, ainda, com a participação especial da pianista Naila Gallotta.


Diretamente da Zona Sul de São Paulo, Cocão Avoz intercala música e poesia no show que apresenta na Sala Itaú Cultural. Seu mergulho no vasto universo do hip hop começou em 1999 e desses quase 21 anos de trabalho ele atua há 16 como um dos responsáveis pelo coletivo Sarau da Cooperifa. Lançou em 2019 seu primeiro livro, Pra Não Dizer Que Não Falei Das Ruas, uma combinação de letras de rap e poesia. Nesta apresentação, ele conta com a participação do também poeta Sérgio Vaz, que fará intervenções poéticas entre canções como Esquinas, Quem Viu, Viu, Ligação, Nomes e Sobrenomes e De Volta Pra Casa.


No show Origem, Helena Badari se apresenta junto da banda composta por Fernando Nunes no baixo, Kuki Stolarski na bateria e Luiz Waack na guitarra, violão e viola. No palco, ela usa arranjos personalizados para traçar um breve panorama que reúne canções de autores da nova cena musical brasileira e de compositores já consagrados, num set list composto por Mun Rá, de Sabotage, Lua Cheia e Nó, ambas do 5 a Seco, O Haiti, de Ellen Oléria, Abre os olhos, de Arnaldo Antunes e Márcia Xavier, Tristeza não, de Alice Ruiz e Itamar Assumpção, e Sujeito de sorte, de Belchior, entre outras. Essas canções se misturam a sons autorais, como ORI GEM, O que é? e Ora Vai. O show contará com a participação especial do cantor e compositor paulistano Joy Espíndola.


Simone Leitão finaliza esta série abrindo, no Itaú Cultural, sua temporada de concertos em 2020. Ela celebra os 250 anos de Beethoven com a emblemática Sonata Patética op. 13, além de obras de Scarlatti, Rachmaninoff e Ginastera. No decorrer do recital, a pianista conversa com o público antes da execução de cada obra.


Sobre os artistas
Cocão Avoz, ou Ed Mauro Teixeira de Almeida, nasceu na zona sul de São Paulo. O músico está ligado à cultura Hip Hop desde 1999, quando iniciou sua carreira no grupo de rap Versão Popular. Assim como o movimento Hip Hop, a literatura também está muito presente em sua vida. Atuando há 16 anos como um dos responsáveis pelo coletivo Sarau da Cooperifa, lançou em 2019 seu primeiro, livro Pra Não Dizer Que Não Falei Das Ruas, uma combinação de letras de rap e poesia. Assim como na canção, o autor traz no livro poesias que falam desde luta e decepção até a trajetória e realização de mulheres que seguem alcançando vitórias, como ele relata nos versos de Diaristas.

Eduardo Gudin ouviu Léla Simões em uma roda musical e se encantou com o talento da cantora. O timbre aveludado, a singularidade interpretativa e a afinação conquistaram a admiração do músico, que a convidou para realizarem um show juntos, no Itaú Cultural, em 2017. A sintonia musical entre os dois artistas foi tão forte, que o projeto cresceu e culminou na gravação de um disco: o 17º álbum da carreira de Gudin e o primeiro da carreira de Léla, lançado em setembro de 2019. O disco traz obras de diversas fases da careira de Gudin, garimpadas a dedo por ele, que buscou por critério selecionar as músicas que melhor pudessem valorizar a voz de Léla.


Helena Badari é cantora e compositora. Nascida em Joanópolis, interior de São Paulo, vem se destacando na nova cena musical brasileira. Em 2017, gravou e publicou no YouTube uma versão acústica da música Mun Ra, do rapper Sabotage, que teve uma grande visibilidade nas redes sociais. Helena também participou da banda AôA, com quem fez alguns shows. Em 2018 conheceu o produtor e músico Luiz Waack, com quem iniciou uma parceria, fazendo shows e gravações em estúdio para realização do primeiro disco, ainda a ser lançado.


Simone Leitão é uma das pianistas brasileiras mais atuantes da atualidade. Tem uma carreira ativa como solista de orquestras, recitalista e camerista nas Américas, Ásia e Europa. Em recente turnê, realizou 14 concertos, destacando sua performance no Carnegie Hall, em Nova York, lotado. A pianista mineira é fundadora da agência Brasil Classical, idealizadora do projeto Academia Jovem Concertante e da Semana Internacional de Música de Câmara do Rio de Janeiro, a Rio Music Week. Colaborou com maestros como Ricardo Castro, Eduardo Marturet, da Miami Symphony, Alastair Willis, Apo Hsu, Daniel Guedes, Vitor Hugo Toro e Guilherme Mannis, entre outros. Já fez turnê na Dinamarca com o renomado grupo Ensemble Midtvest e colaborou com grupos como Brodsky Quartet, da Inglaterra, e Henning Kraggerud, da Noruega. Lançou seu primeiro CD, com obras de Ginastera, Rachmaninoff e Andre Mehmari.