ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA HOMENAGEIA SEUS MÚSICOS NO PALCO DA SALA CECÍLIA MEIRELES.


 “Concerto para nossos mestres” será no dia 23 de novembro e terá como solistas os próprios instrumentistas da OSB

 

 

Um dos conjuntos sinfônicos mais tradicionais do país, a Orquestra Sinfônica Brasileira tem em seu corpo artístico alguns dos mais destacados músicos do cenário nacional. E para homenageá-los, leva ao palco da Sala Cecília Meireles, no próximo dia 23 de novembro, o “Concerto para nossos mestres”. No programa, uma variedade de peças concertantes, que vão desde o barroco italiano de Vivaldi até o romantismo tardio de Strauss. Os próprios músicos da OSB assumem as posições de solistas na apresentação, que contará com a condução do maestro convidado Roberto Tibiriçá.

 

Abrindo o programa, o Concerto para Duas Flautas em Dó Maior, RV. 533, de Antonio Vivaldi, com os flautistas da OSB Renato Axelrud e Paulo Guimarães. Do enorme catálogo de obras que o compositor italiano escreveu, esta peça figura como a única escrita para tal formação. Trata-se de uma obra jovial e solar com amplo uso da forma ritornello. São 3 os movimentos: um caloroso "Allegro molto", um "Largo" bastante inspirado e um movimento final rico em trinados em que o dinamismo entre os solistas ganha maior vigor.

 

Em seguida, o público ouvirá o Romance para Violino em Fá Maior, Op. 50 de Ludwig van Beethoven, que contará com solo de Michel Bessler. Bastante populares no século XVIII, os romances remontam à romanza medieval, destinada ao canto. Mesmo com o surgimento de romances instrumentais o traço lírico jamais se divorciaria dessas peças. Marcado “Adagio cantabile”, o Romance em Fá Maior é uma composição de grande teor expressivo. Sua graciosidade, todavia, não a isenta de alguns momentos dramáticos em modo menor.

 

Virtuosístico e intenso, o terceiro número é o Allegro di Concerto "alla Mendelssohn", uma das mais desafiadoras obras de toda a literatura para contrabaixo e um dos trabalhos mais conhecidos de Giovanni Bottesini. A peça, que contará com o solo do contrabaixista da OSB, Rodrigo Fávaro, é uma paráfrase do concerto para violino de Mendelssohn, mas tem material melódico do próprio italiano. O Allegro conta com uma deslumbrante cadência que explora todas as possibilidades do instrumento solista.

 

Com Kol NidreiOp. 47, de Max Bruch, que terá David Chew como solista, o concerto chega ao seu momento de maior melancolia. O compositor fez uso de duas melodias hebraicas para escrever estas comoventes variações para violoncelo e orquestra. O tom plangente do instrumento solista se adequa tão perfeitamente ao caráter dos temas que, por vezes, o violoncelo soa de fato como um cantor.

 

Dueto-Concertino, TrV 293, de Richard Strauss, encerra o programa. Geralmente associada ao conto de fadas "A Bela e a Fera", a peça é constituída de três movimentos, todos ricos em melodias fascinantes. O clarinetista Márcio Costa e o fagotista Felipe Destéfano são os solistas.

 

 

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

 

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é considerada um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 80 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. Em abril de 2021, a Orquestra Sinfônica Brasileira foi registrada como patrimônio cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

 

Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor e a NTS - Nova Transportadora do Sudeste, como patrocinadora master e a Brookfield como patrocinadora, além de um conjunto de copatrocinadores e apoiadores culturais e institucionais.

 

 

SOBRE ROBERTO TIBIRIÇÁ:

Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem teve a oportunidade de trabalhar durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de S. Carlos (Lisboa/Portugal) e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004 foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobrás Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli. Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas, da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo e da Orquestra Sinfônica do SODRE (Montevidéu/Uruguai). No Rio de Janeiro, foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu, neste estado, o Prêmio Estácio de Sá, por seu trabalho à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira.

 

Participou por duas vezes do Festival Martha Argerich, no Teatro Colón em Buenos Aires, a convite da própria artista em 2001 e 2004. Há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, na Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar. Recebeu, em 2010 e 2011, o XIII e o XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a Sinfônica Heliópolis. Recebeu ainda, em 2011, a Ordem do Ipiranga, a mais alta honraria do Estado de São Paulo, a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, outorgada pelo Governo de Minas Gerais e o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Artes – APCA – como Melhor Regente, por sua atuação na Sinfônica Heliópolis e na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

 

Ocupa a Cadeira Nº 5 na Academia Brasileira de Música e é Membro Honorário da Academia Nacional de Música, no Rio de Janeiro. Em 2020, realizou, com a OSESP, a estreia mundial da ópera "Cartas Portuguesas", do compositor brasileiro João Guilherme Ripper, e gravou para o selo NAXUS os Choros para Clarinete, Piano, Viola, Violoncelo e a peça Flor de Tremembé, de Camargo Guarnieri.

 

Saiba mais em:

www.osb.com.br

facebook.com/orquestrasinfonicabrasileira

youtube.com/sinfonicabrasileira

Instagram: @osbrasileira

 

 

PROGRAMA:

Antonio Vivaldi – Concerto para Duas Flautas em Dó Maior, RV. 533

     I. Allegro | II. Largo | III. (sem indicação)

Ludwig van Beethoven – Romance para Violino em Fá Maior, Op. 50

Giovanni Bottesini – Grande Allegro di Concerto "alla Mendelssohn"

Max Bruch – Kol Nidrei, Op.47

Richard Strauss – Dueto-Concertino para Clarinete e Fagote

 

 

Orquestra Sinfônica Brasileira

Roberto Tibiriçá, regência

Solistas: Renato Axelrud Paulo Guimarães (Flauta) | Michel Bessler (violino) | Rodrigo Fávaro (contrabaixo) | David Chew (violoncelo) | Márcio Costa (clarinete) | Felipe Destéfano (fagote)

 

 

SERVIÇO:

Orquestra Sinfônica Brasileira – Concerto para nossos mestres

Dia 23 de novembro 2021 (terça-feira), às 19h

Local: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro)

Ingressos: R$ 40,00 (R$20,00 meia)

À venda na bilheteria da Sala e no site Sympla

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