OSESP RECEBE DE VOLTA MAESTRO GIANCARLO GUERRERO PARA CONCERTOS COM REPERTÓRIO 100% LATINO-AMERICANO.


 Regente nicaraguense retorna à Sala São Paulo para série de apresentações que tem início nesta quinta (28/jul) e sexta (29/jul); concertos da semana terão participações do Coro da Osesp, Coro Acadêmico da Osesp, violinista Emmanuele Baldini e cantores Idwer Alvarez e Juan Tomás Martinez.

Finalizando a agenda de julho da Temporada 2022, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo -- Osesp recebe novamente um amigo de longa data, o regente Giancarlo Guerrero, nos dias 28 e 29/jul, às 20h30, na Sala São Paulo (concerto que será mostrado também no dia 30/jul no Auditório Claudio Santoro, no 52º Festival de Inverno de Campos do Jordão). A apresentação do dia 29/jul terá transmissão ao vivo no canal da Osesp no YouTube.O programa apresentado será totalmente sul-americano, com peças dos brasileiros Camargo Guarnieri (Missa Dilígite — Amai-vos uns aos Outros) e Francisco Mignone (Concerto para Violino), e do venezuelano Antonio Estévez (Cantata Criolla). Participam das performances o Coro da Osesp, o Coro Acadêmico da Osesp, o spalla da Osesp, Emmanuele Baldini, e os cantores líricos (também venezuelanos) Idwer Alvarez e Juan Tomás Martinez.Camargo Guarnieri foi um dos mais importantes compositores das Américas no século XX. Sua produção musical abrange aproximadamente 700 obras, das quais metade dá ênfase à voz humana, seja solista ou agrupada em formação coral. No campo da música sacra, sua melhor obra é a Missa Dilígite — Amai-vos uns aos Outros, composta em 1972 em comemoração ao 40° aniversário de casamento dos seus amigos Nenê e Luís Médici, e a eles dedicada.Concerto para Violino e Orquestra, composto por Francisco Mignone em 1960, ilustra um outro desenvolvimento na trajetória criativa de Mignone, marcado por uma preocupação menor com fontes nacionais em favor de um ecletismo estético que o aproximou de uma linguagem moderna internacional. Reorientação que ocorre, não raro, em negação daquilo que o próprio compositor definira, no final da década de 1940, como sendo sua ambição estética central: uma música “tecnicamente mais refinada, mas clara, honesta e facilmente compreensível para a maioria”. A tradicional cadência do solista, aqui, localiza-se não ao final do Allegro Moderato inicial, como seria de se esperar, mas no segundo movimento, Lento. Um Allegro con Brio encerra este que seria definido pelo crítico Luiz Paulo Horta, em 1982, como “o maior concerto na música brasileira nesse difícil gênero concertante”.Os Llanos venezuelanos são o grande protagonista da Cantata Criolla, obra mais importante do compositor venezuelano Antonio Estévez (1916-88). Dividida em três movimentos — Lento e CadenciosoLento, Tenebroso e Allegro Vivo —, a peça combina com grande inteligência diversas técnicas de composição, estilos e formas musicais, sendo percorrida por elementos da música popular latino-americana. Com o subtítulo Florentino, o que Cantou com o Diabo, a cantata baseia-se no poema do escritor Alberto Arvelo Torrealba (1905-71), que, como Estévez, é natural da região “llanera”, dominada por vastas planícies de vegetação quente e úmida do norte da América do Sul. Em seu primeiro solo, Florentino canta: “Sabana, sabana! Tierra que hace sudar y querer” [“Savana, Savana, terra que faz suar e querer”].Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo -- OsespCriada em 1954, é uma das mais importantes orquestras da América Latina e desde 1999 tem a Sala São Paulo como sede. O suíço Thierry Fischer é seu Diretor Musical e Regente Titular desde 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, pela norte-americana Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Em 2016, a Osesp esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.Coro da OsespCriado em 1994 e reconhecido hoje como referência em música vocal no Brasil, o grupo aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Osesp Digital, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência do Coro, tendo William Coelho como Maestro Preparador -- posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, Regente de Honra da Osesp, repetindo o feito em 2021, em filme musical (virtual) com participação de Yo-Yo Ma e vários outros artistas de sete países.Coro Acadêmico da OsespCriado em 2013 com o objetivo de formar profissionalmente jovens cantores, o Coro Acadêmico é composto pelos alunos da Classe de Canto da Academia de Música da Osesp, sob direção de Marcos Thadeu. Oferece experiência de prática coral, conhecimento de repertório sinfônico para coro e orientação em técnica vocal, prosódia e dicção, além da vivência no cotidiano de um coro profissional, fazendo apresentações junto ao Coro da Osesp. Em 2021, a Classe foi reconhecida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo como Curso Técnico em Canto, com o Diploma Técnico Profissionalizante de Nível Médio, válido em todo o território nacional.Giancarlo GuerreroNascido na Nicarágua, cresceu na Costa Rica e estudou nos Estados Unidos. Por seis vezes vencedor do Grammy, Giancarlo é Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Nashville e da Filarmônica de Wroclaw (Polônia), além de Principal Maestro Convidado da Orquestra Gulbenkian (Lisboa). Tem regido orquestras como as Sinfônicas de Baltimore e Boston, a Sinfônica da Rádio de Frankfurt, as Filarmônicas de Bruxelas, das Rádios Alemã e Francesa, da Holanda e de Londres, além da Osesp, da qual é convidado frequente.Emmanuele BaldiniSpalla da Osesp desde 2005 e primeiro violino do Quarteto Osesp desde 2008, o italiano formou-se no Conservatório de Genebra, aperfeiçoando-se em Berlim e Salzburgo. Mais recentemente, sua dedicação à regência o levou a se aprimorar com Isaac Karabtchevsky e Frank Shipway. Como regente, destacam-se concertos no Teatro Colón, de Buenos Aires, no Teatro del Sodre, de Montevidéu, da própria Osesp e apresentações com as principais orquestras da América Latina. De 2017 a 2019 foi Diretor Musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, no Chile. Atualmente é Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí e Diretor Artístico da Vortz Orquestra.Idwer AlvarezNascido na Venezuela, Idwer estudou na Academia Latino-Americana de Canto Carmen Teresa Hurtado e aperfeiçoou-se com Lucy Ferrero. Em 1994, venceu o Concurso Nacional de Canto Alfredo Hollander e, em 1995 e 1997, o Prêmio Casa del Artista, como Melhor Intérprete Lírico Masculino. Apresentou mais de 100 vezes a Cantata Criolla, de Antonio Estévez, no papel de Florentino, peça que também gravou, acompanhado pela Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, sob regência de Eduardo Mata (Dorian, 2010). Interpretou El Remendado em Carmen, de Bizet, também com a Simón Bolívar, regida por Gustavo Dudamel, em 2009, e por Sir Simon Rattle, em 2010. É membro do grupo Solistas de Venezuela e da Companhia Nacional de Ópera Alfredo Sadel.Juan Tomás MartinezO venezuelano nasceu em Carora e atualmente reside em Orlando (EUA). Tem uma extensa carreira internacional interpretando óperas, zarzuelas, recitais, oratórios e musicais. Sua trajetória nos palcos líricos já o levou a lugares como Peru, Equador, Colômbia, Espanha, Portugal, França, Alemanha, Itália e Coreia do Sul. Começou os estudos de canto em Caracas, em 1978 — sua estreia com a Orquestra Sinfônica Simón Bolívar aconteceu nesse mesmo ano, em Vesperae solennes de confessore, de Mozart. Seguiu se aperfeiçoando nos EUA — em 1988, estudou canto, clarinete e regência coral e orquestral na Universidade de Madison e, em 2014, concluiu o Mestrado em Música na Universidade Central da Flórida. Em 1995, venceu a Competição Internacional de Voz Juan Tomás Martínez.Os concertos sinfônicos da Temporada Osesp 2022 na Sala São Paulo têm o patrocínio da Meta, da Klabin, do Itaú Personnalité, da igc, da Usiminas, da Almaviva, da Deloitte, da Crown Embalagens, da Kapitalo, do Mattos Filho, da Salesforce, do Credit Suisse, da NTT Data e do UBS Investment Bank por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp.PROGRAMATEMPORADA OSESP: ORQUESTRA, COROS, GIANCARLO GUERRERO E SOLISTASORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULOCORO DA OSESPCORO ACADÊMICO DA OSESPGIANCARLO GUERRERO regenteEMMANUELE BALDINI violinoIDWER ALVAREZ tenorJUAN TOMÁS MARTINEZ barítonoM. Camargo GUARNIERI | Missa Dilígite — Amai-vos uns aos OutrosFrancisco MIGNONE | Concerto para Violino e OrquestraAntonio ESTÉVEZ | Cantata Criolla — Florentino, o que Cantou com o DiaboSERVIÇO28 de julho, quinta-feira, às 20h3029 de julho, sexta-feira, às 20h30 -- Concerto Digital[30 de julho, sábado, às 20h30, no Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão]Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos ElíseosTaxa de ocupação limite: 1.484 lugaresRecomendação etária: 7 anosIngressos: Entre R$ 25,00 e R$ 230,00Bilheteria (INTI): neste link(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.IMPORTANTE: Seguindo as orientações do Decreto Municipal nº 61.307, de 13 de maio de 2022, a Sala São Paulo deixa de exigir o comprovante de vacinação contra a Covid-19 para a entrada de seus públicos em concertos e demais atividades da casa. Segundo nota publicada pela Prefeitura, "a decisão leva em conta as mais de 31,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas em todas as faixas etárias e grupos elegíveis, (...) além da diminuição das internações hospitalares" ocasionadas pelo vírus. Lembrando que o uso de máscaras é facultativo desde o dia 17 de março — a proteção segue obrigatória em transportes públicos coletivos como ônibus, trens e metrô, e nas unidades de saúde. A Fundação Osesp segue comprometida com a higienização constante dos espaços, zelando pelo bem-estar de seus diversos colaboradores e do público.

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