APRESENTAÇÃO DO CORO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SP E FESTA INTERNACIONAL DO PIANO COM ANDRÉ MEHMARI MARCAM AGENDA DA SEMANA.

 


Corpo artístico se apresenta sábado (08/out) sob regência de William Coelho e com convidados Érika Muniz (soprano) e Fernando Tomimura (piano) -- recital que terá transmissão digital; mais tarde, no mesmo dia, brasileiro André Mehmari estrela Festa Internacional do piano -- FIP Jazz.

A Sala São Paulo recebe neste sábado (08/out), às 16h30, a última apresentação do Coro da Osesp antes da viagem que nossos cantores fazem com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo -- Osesp aos Estados Unidos, na próxima semana (na qual apresentam quatro concertos em três cidades norte-americanas, culminando com a emocionante Floresta Villa-Lobos no Carnegie Hall, em Nova York).Na quinta data de sua série de recitais da Temporada Osesp 2022, o Coro será regido por seu Maestro Preparador, William Coelho, e convida também a soprano Érika Muniz e o pianista Fernando Tomimura. O repertório, composto majoritariamente por modernistas franceses, traz obras de Claude Debussy, Lili Boulanger, Gabriel Fauré, Maurice Ravel e Francis Poulenc, além de peças de Frank Martin e Heitor Villa-Lobos. Esta apresentação do Coro contará com transmissão ao vivo no YouTube da Osesp.E a agenda continua: no mesmo dia, mas às 20h30, o arranjador, compositor e multi-instrumentista brasileiro André Mehmari estrela a edição de outubro da Festa Internacional do Piano -- FIP Jazz. O programa do concerto só será divulgado na hora.O vanguardista Francis Poulenc era dono de uma linguagem musical muito particular e foi um grande admirador da música de seus contemporâneos, especialmente das obras que mais se distanciavam de sua estética. “Em 1936, escreveu muitas das suas obras corais que são até hoje muito celebradas, entre elas, Sept Chansons, sobre poemas de Guillaume Apollinaire e de seu grande amigo Paul Éluard. Os madrigais que ouviu de Monteverdi, dirigidos por Nadia Boulanger, irmã mais velha de Lili Boulanger, também inspiraram a obra. Em cada uma das canções, a música de Poulenc leva o texto poético ao púlpito, assim como nos madrigais renascentistas nos quais se baseou, mas o tratamento harmônico é próprio de um músico dotado de assustadora inventividade e de olhos voltados para o futuro”, esclarece o maestro e doutor em musicologia pela USP, William Coelho. Segundo o mesmo, a inspiração em textos poéticos também aparece nas obras de Debussy, Martin e Fauré deste programa, e ainda Ravel elabora sua suíte com base em contos infantis.Coelho também contextualiza as influências de Villa-Lobos na criação de Bachianas Brasileiras nº 9: “Entre 1920 e 1930, o compositor brasileiro viveu longos períodos em Paris ao lado de artistas vanguardistas, e, apesar de ter deixado claro que estava em Paris para mostrar seu trabalho, entrou em profundo contato com os artistas e o efervescente cenário cultural parisiense. Voltando ao Brasil, Villa-Lobos compõe seu ciclo de Bachianas Brasileiras, um conjunto de obras para diversas formações, reverenciando a música de Johann Sebastian Bach, mas repletas de elementos tipicamente brasileiros. O último conjunto delas, as Bachianas Brasileiras nº 9, de 1945, apresentam-se em duas versões: para orquestra de cordas e ‘orquestra de vozes’, como ele mesmo denominou.”Em síntese do maestro, o programa traça um panorama coral do movimento modernista do século XX, começando pela vanguarda parisiense de Debussy, Boulanger, Fauré, Ravel e Poulenc, passando pela Genebra de Frank Martin, até chegar ao Rio de Janeiro de Villa-Lobos. Onde quer que seja, os mesmos acordes que esgarçaram as amarras da tradição e propuseram novas experiências sensoriais há exatos cem anos ainda soam novos e continuam provocando o olhar para além do óbvio, expandindo horizontes e colorindo ouvidos de matizes sonoras surpreendentes.Coro da OsespCriado em 1994 e reconhecido hoje como referência em música vocal no Brasil, o grupo aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Osesp Digital, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência do Coro, com William Coelho como Maestro Preparador -- posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, repetindo o feito em 2021, em filme musical (virtual) com participação de Yo-Yo Ma e vários outros artistas de sete países.William CoelhoÉ Maestro Preparador do Coro da Osesp desde 2019. Doutor em Musicologia e Bacharel em regência pela USP, foi Regente Assistente do Coral e da Orquestra de Câmara da ECA-USP, professor de Regência Coral da Pós-graduação da Faculdade Paulista de Artes e da Universidade Federal de Juiz de Fora, professor de Canto Coral da UNESP e Professor Convidado da Academia de Regência da Osesp. É Regente Titular da Eos Música Antiga USP, orquestra especializada no repertório dos séculos XVII e XVIII, e Regente Convidado da Orquestra Sinfônica da USP e da Orquestra Sinfônica de Piracicaba. Em 2020 regeu o Coro da Osesp no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.Érika MunizNatural do Rio de Janeiro, começou seus estudos de canto com a professora Sonia Dumont. Em 2002 iniciou o curso de Bacharelado em Canto na Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob orientação do Professor Inácio de Nonno. Em 2008, foi aprovada para integrar o Coro da Osesp, e, neste mesmo ano, iniciou seus estudos de canto com a Professora Isabel Maresca. Atualmente é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Música da USP, sob orientação do Prof. Dr. Ricardo Ballestero, e vocalmente está sob orientação da soprano Elaine Caser. Já foi solista em óperas como Dido e Eneas, de Purcell (como Belinda), e L’Italiana in Londra, de Cimarosa (no papel de Livia), bem como na Nona Sinfonia de Beethoven e no Requiem de Mozart, entre outros, sob a regência de nomes como Carlos Alberto Figueiredo, Julio Moretzon e Marin Alsop. Esteve acompanhada por diversas orquestras, entre elas, a Petrobrás Sinfônica, a Sinfônica de Heliópolis e a Osesp.Fernando TomimuraBacharel em Música pela Universidade de São Paulo sob a orientação de Amilcar Zani, é pianista da Fundação Osesp, além de professor na Universidade Livre de Música e na Escola Municipal de Música de São Paulo. Participou da gravação dos álbuns O Presente (ÁguaForte, 2006), com peças de Willy Corrêa de Oliveira e Aylton Escobar -- Obras Para Coro (Selo Digital Osesp, 2019), com o Coro da Osesp.André MehmariPianista, arranjador, compositor e multi-instrumentista, é apontado como um dos mais originais músicos da cena brasileira, reconhecido tanto por seus trabalhos no erudito e no popular. Mehmari já teve suas composições e arranjos tocados por diversos grupos orquestrais e de câmara brasileiros, entre eles a Osesp, Orquestra Sinfônica Brasileira e o Quinteto Villa-Lobos. Como instrumentista, dividiu o palco com Maria Bethânia, Milton Nascimento, Guinga, Mônica Salmaso, Toninho Horta e Alaíde Costa, entre muitos outros nomes da MPB.A Festa Internacional do Piano -- FIP Jazz tem patrocínio do Bradesco e da Meta, copatrocínio da igc e da Cebrace e apoio da Astra, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, ProAC ICMS e 29 Horas. Realização: Fundação Osesp, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.PROGRAMASTEMPORADA OSESP: CORO DA OSESP E WILLIAM COELHOCORO DA OSESPWILLIAM COELHO regenteÉRIKA MUNIZ sopranoFERNANDO TOMIMURA piano Claude DEBUSSY | Três Canções de Charles d'Orléans Lili BOULANGER | Soir sur la Plaine [Texto de Albert Samain]Frank MARTIN | Canções de Ariel Gabriel FAURÉ | Cantique de Jean Racine Maurice RAVEL | Ma Mère l'Oye: Le Jardin Féerique [Arranjo de Thierry Machuel]Francis POULENC | Sete Canções [Sobre Textos de Guillaume Apollinaire e Paul Éluard]Heitor VILLA-LOBOS | Bachianas Brasileiras nº 9FESTA INTERNACIONAL DO PIANO -- FIP JAZZ: ANDRÉ MEHMARIANDRÉ MEHMARI pianoPrograma a ser anunciado.SERVIÇO[Temporada Osesp]08 de outubro, sábado, às 16h30 -- Concerto Digital[FIP Jazz]08 de outubro, sábado, às 20h30Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos ElíseosTaxa de ocupação limite: 1.484 lugaresRecomendação etária: 7 anosIngressos: R$ 50,00 [Coro da Osesp] e R$ 100,00 [FIP Jazz] -- preços inteirosBilheteria (INTI): Neste link(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.IMPORTANTE: Seguindo as orientações do Decreto Municipal nº 61.307, de 13 de maio de 2022, a Sala São Paulo deixa de exigir o comprovante de vacinação contra a Covid-19 para a entrada de seus públicos em concertos e demais atividades da casa. Segundo nota publicada pela Prefeitura, "a decisão leva em conta as mais de 31,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas em todas as faixas etárias e grupos elegíveis, (...) além da diminuição das internações hospitalares" ocasionadas pelo vírus. Lembrando que o uso de máscaras é facultativo desde o dia 17 de março — a proteção segue obrigatória em transportes públicos coletivos como ônibus, trens e metrô, e nas unidades de saúde. A Fundação Osesp segue comprometida com a higienização constante dos espaços, zelando pelo bem-estar de seus diversos colaboradores e do público.

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