OSESP COMEMORA SETE DÉCADAS DE HISTÓRIA EM MOMENTO QUE CELEBRA TAMBÉM OS 30 ANOS DE SEU CORO E OS 25 ANOS DE SUA CASA, A SALA SÃO PAULO




 Abertura da Temporada 2024 – Osesp 70 Anos será no dia 7 de março e terá obras de Beethoven e Brahms, com o Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, Coros da Osesp e Acadêmico da Osesp e solistas;

No aniversário da Sala São Paulo, Orquestra toca a Sinfonia nº 2 – Ressurreição, de Gustav Mahler, o mesmo programa que inaugurou a sala de concertos em 9 de julho de 1999;

Principal eixo programático desta Temporada, Escolas de Viena revisita obras de Schubert, Brahms e contemporâneos, assim como de compositores da Segunda Escola de Viena, como Arnold Schoenberg, Alban Berg e Anton Webern;

Festival Schubert trará peças referenciais do compositor austríaco, como o Octeto em Fá, uma seleção de sinfonias e o ciclo de suas sonatas para piano, com Paul Lewis;

Ciclo dedicado a Johannes Brahms apresenta as quatro sinfonias do alemão, concertos para piano e violino e peças para diferentes formações;

Jovem israelense Tom Borrow será o Artista em Residência, interpretando os três primeiros concertos para piano de Beethoven e fazendo também recital com músicos da Osesp;

Nove Concertos a Preço Popular estão programados para as sextas-feiras em novo horário, às 14h30;

Sete encomendas inéditas, dos autores Clarice Assad, Felipe Lara, Esteban Benzecry, Heinz Holliger, Andrew Norman e Unsuk Chin, além da vencedora do Concurso Compositoras Latino-Americanas, vão ser estreadas em concerto a preço popular e em seguida gravadas pela Osesp para disco comemorativo;

Novas marca e tagline da Orquestra (“Aqui a música toca”) também são lançadas em comemoração à efeméride de 70 anos.

TEMPORADA 2024 – OSESP 70 ANOS

Foi em um dia de inverno em 1954, mais especificamente em 13 de setembro desse ano, que Lucas Nogueira Garcez, à época Governador do Estado de São Paulo, promulgou a lei de número 2.733 que criava a Orquestra Sinfônica Estadual dessa unidade federativa. De acordo com o decreto de lei, as finalidades primordiais do novo corpo artístico eram: “difundir a música brasileira e estrangeira na cidade e no interior do Estado”; “promover o intercâmbio musical com os demais Estados da Federação”; “prestar assistência a orquestras sinfônicas, amadoras ou não, sediadas no Estado”; e “promover festivais, por meio de concursos, de peças musicais ou de orquestras”.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, ou Osesp, como hoje é oficialmente denominada, conta com 105 integrantes e já é parte indissociável da cultura paulista e brasileira. E preserva, ao longo de sete décadas de história, as finalidades originais de sua criação, promovendo pesquisa, documentação, publicação, execução, gravação e divulgação do repertório nacional, sinfônico e de câmara; ações de educação musical para crianças, jovens e adultos; capacitação e treinamento de profissionais das áreas da música e da educação; e formação de plateias, entre diversas outras atividades.

O suíço Thierry Fischer é o Diretor Musical e Regente Titular da Osesp desde 2020, e sua sede oficial, inaugurada em 1999, é a Sala São Paulo, um dos espaços culturais mais amados de São Paulo – merecidamente considerada uma das melhores casas de música das Américas. A Fundação Osesp, instituição sem fins lucrativos criada em 2005, mantém contrato de gestão com a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo para a manutenção e o desenvolvimento da Osesp, Sala São Paulo, Coro da Osesp, Coros Infantil e Juvenil, Academia de Música, Editora da Osesp, Centro de Documentação Musical e Festival de Inverno de Campos do Jordão.

O ano de 2024 será especial em efemérides: além dos 70 anos da Osesp, celebraremos os 30 anos de atividades do Coro da Osesp, atualmente composto por 47 integrantes e reconhecido como referência em música vocal no Brasil; e os 25 anos da Sala São Paulo, a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, que foi inaugurada em 9 de julho de 1999 no edifício da Estrada de Ferro Sorocabana. Projetado em 1925 por Christiano Stockler das Neves mas inaugurado somente em 1938, o prédio passou, em 1951, a ser chamado de Estação Júlio Prestes, e funcionou até a década de 1970 como um movimentado terminal ferroviário. Desde que foi transformado em sala especializada em música de concerto, converteu-se em um dos epicentros da cultura nacional.

Como não poderia deixar de ser, toda a Temporada 2024 será dedicada à celebração dos 70 anos de nossa Orquestra, com 27 programas sinfônicos na Sala São Paulo, cada um com três concertos por semana. Contando as apresentações na pré-Temporada, programa de música de animes, Concertos Matinais aos fins de semana, eventos fora da Sala São Paulo e outros projetos especiais, serão cerca de 95 apresentações da Osesp. A esses números se somam a série do Coro da Osesp, uma imperdível agenda de recitais e concertos de Grupos de Câmara formados por integrantes da Orquestra, somando quase 120 apresentações ao longo de 2024.

Antes da abertura oficial da Temporada, ainda no início de fevereiro, os primeiros concertos do ano na Sala irão reunir nossos corpos artísticos para interpretar uma das obras mais queridas do público: a cantata Carmina Burana, de Carl Orff. A regência ficará a cargo do jovem amazonense Hilo Carriel.

O Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, comanda 13 programas, o que significa 36 concertos, incluindo Matinais, apresentações na pré-turnê internacional (marcadas para agosto) e a abertura do 54º Festival de Inverno de Campos do Jordão, no final de junho. A maratona musical tem início no dia 07/mar com a Missa em Dó Maior, de Beethoven, e a Primeira Sinfonia de Brahms, com Osesp, Coros e solistas.

Nosso maestro escolheu dar especial atenção à Primeira e à Segunda Escolas de Viena (e suas influências), com especial destaque para a integral das Sinfonias do austríaco Johannes Brahms (Ciclo Brahms) e o Festival Schubert, que trará obras referenciais desse autor, também austríaco, como o Octeto em Fá, algumas de suas sinfonias e o conjunto de sonatas para piano.

O pianista Tom Borrow é o Artista em Residência de 2024: ele realiza três programas junto à Osesp tocando Beethoven e um recital com músicos convidados da Orquestra — em 2025 ele retorna para interpretar conosco os últimos concertos do mestre de Bonn. Com apenas 23 anos, o israelense tem conquistado a crítica internacional desde que, em 2019, substituiu de última hora Khatia Buniatishvili em uma série de 12 apresentações ao lado da Filarmônica de Israel.

Celebraremos também as três décadas do Coro da Osesp, em quatro programas — com especial destaque para os recitais de 5, 6 e 7 de setembro, quando nossos cantores recebem Celso Antunes, professor de regência coral da Haute École de Musique de Genève que, entre 2011 e 2016, ocupou o posto de Regente Associado da Osesp.

Serão mais de 60 artistas convidados se apresentando conosco, entre brasileiros (tais como o pianista Cristian Budu e a maestra Simone Menezes) e estrangeiros (como as regentes Elim Chan e Katharina Wincor). Vamos receber grandes nomes do violino (como Daniel Lozakovich, Hilary Hahn e Ilya Gringolts) e do piano (entre eles, Paul Lewis, Víkingur Ólafsson e Sergei Babayan). Ao lado do premiado Grupo Corpo, a Osesp apresenta Dança Sinfônica, coreografia de 2015 que celebra os 40 anos de atividades da companhia de dança mineira, com trilha de Marco Antônio Guimarães; e Estância, espetáculo com música de Alberto Ginastera que estreou em julho de 2023 no Hollywood Bowl, com a Filarmônica de Los Angeles e Gustavo Dudamel. Outra novidade são os Concertos a Preço Popular que nossos músicos apresentam em nove sextas-feiras da Temporada 2024, sempre às 14h30.

O Osesp registrará a Primeira e a Segunda Sinfonias de Gustav Mahler, respectivamente em maio e julho. Antes disso, na pré-abertura da Temporada, nossos músicos gravam Encomendas inéditas feitas a Andrew Norman, Clarice Assad, Esteban Benzecry, Felipe Lara, Heinz Holliger e Unsuk Chin, junto da peça vencedora do Concurso Compositoras Latino-Americanas (que será revelada no mesmo mês). Sete obras inéditas para sete décadas de história.

E, especialmente para 2024, os próprios músicos de nossa Orquestra e Coro criaram cinco programas camerísticos, que trazem desde peças da compositora barroca Barbara Strozzi até uma obra encomendada ao brasileiro Rafael Amaral para quarteto de cordas e sheng, um instrumento musical chinês.

“O aniversário da Osesp não é uma retrospectiva, é uma porta para o futuro. É também um convite para que todos colaborem conosco na criação do próximo capítulo. Acredito que, para uma organização de arte, isso é tão ou mais vital do que apenas refletir sobre o que já realizamos. Um aniversário é sobre o que vamos fazer, o que desejamos fazer, o que nos impulsiona e como alcançaremos novos territórios, novas perspectivas, novos públicos, novos artistas convidados, uma nova música. E assim vamos construir a base para os próximos 70 anos”, afirma o maestro Thierry Fischer sobre a Temporada comemorativa.

Nas palavras do Diretor Executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes, “a Osesp é referência no fazer orquestral e na gestão de instituições culturais no Brasil, e também é fruto das qualidades do povo de nosso Estado. A responsabilidade dos sucessivos governos com a política pública de cultura é uma marca de São Paulo. E nossos apoiadores e patrocinadores não nos deixaram nos momentos de dificuldades, e a eles somos muito gratos”.

“A Osesp, por meio de sua Orquestra, Coro e programas de educação e difusão, é um farol para a música clássica na América Latina. Em sua longa trajetória de excelência, além de uma agenda intensa de concertos com grandes solistas do Brasil e do exterior, realiza turnês estaduais, nacionais e internacionais que reafirmam sua vocação para o fortalecimento da música de concerto na contemporaneidade. Pensando ainda nos tempos futuros, tem atuado de maneira crucial na formação de um acervo aberto de gravações e partituras, em constante atualização. Além disso, a Sala São Paulo aberta e acessível representa um importante mecanismo de preservação da história arquitetônica de nossa cidade e, enquanto palco das artes, é alicerce para o sólido trabalho da Osesp e coloca a cidade na rota de grandes solistas e orquestras”, diz a Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, Marília Marton.

Abaixo, saiba mais sobre os principais ciclos musicais e eventos programados para a Temporada 2024 – Osesp 70 Anos.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

DESTAQUES DA TEMPORADA 2024

ESCOLAS DE VIENA

No século XVIII, Viena era a capital da música clássica ocidental e para lá acorriam compositores de diferentes partes da Europa. Na segunda metade do século XVIII, conviveram na cidade três compositores cuja produção está no cerne do repertório sinfônico: Joseph Haydn [1732-1809], Wolfgang Amadeus Mozart [1756-91] e Ludwig van Beethoven [1770-1827]. Essa trindade ficou conhecida como Primeira Escola de Viena e foi responsável por marcos da linguagem musical, levando ao ápice o sistema tonal e criando ou consolidando gêneros como o quarteto de cordas e a sinfonia, além de estabelecer a forma sonata.

As balizas musicais e estilísticas da Primeira Escola de Viena nortearam a produção do Classicismo e de boa parte do Romantismo e, além dos compositores iniciais, pode-se considerar como pertencentes a ela autores que os sucederam, como Franz Schubert [1797-1828], Johannes Brahms [1833-97] e mesmo Anton Bruckner [1824-96] e Gustav Mahler [1860-1911].

Já no início do século XX, outro grupo de compositores, igualmente sediado em Viena, viria a estremecer de vez os pilares do sistema tonal, propondo um novo tipo de organização das notas musicais. Liderada por Arnold Schoenberg [1874-1951] e dois de seus alunos – Alban Berg [1885- 1935] e Anton Webern [1883-1945] – a Segunda Escola de Viena desenvolveu novas técnicas, como a atonalidade e o dodecafonismo (que consiste em utilizar as 12 notas da escala de maneira igualitária, sem hierarquia entre elas). Dois momentos, portanto, decisivos para a história da música e para o desenvolvimento da linguagem musical, e que serão revisitados nesta Temporada.

FESTIVAL SCHUBERT

Franz Schubert [1797-1828] foi um dos maiores compositores do período clássico-romântico. Ao longo de sua breve vida – faleceu com apenas 31 anos –, produziu uma quantidade impressionante de obras: nove sinfonias, sete missas, 18 óperas, centenas de peças de câmara e mais de 600 canções. Com elas, estabeleceu o modelo para o Lied – a canção para voz e piano, sobre texto poético –, que seria exemplar para os outros mestres germânicos do gênero.

Apesar disso, a vida de Schubert foi completamente diferente das de Mozart ou Beethoven. Vivia na mesma Viena, mas estava longe de ter o mesmo reconhecimento. Sua produção musical era conhecida junto a um grupo restrito de admiradores, seus protetores e amigos que participavam das “schubertiades”, saraus em que boa parte de suas obras de câmara foram ouvidas pela primeira vez.

Devemos a Schumann e a Felix Mendelssohn Bartholdy [1809-1947] uma audição pública que viria a ser um marco para o reconhecimento da obra de Schubert: a estreia da Sinfonia nº 9 em Leipzig, no ano de 1839. A amplitude da obra lhe valeu o apelido de a “Grande” e, aos poucos, o mundo musical foi se dando conta de sua importância.

Hoje, algumas peças do compositor são bastante famosas por seu lirismo e melodias irresistíveis, como o quinteto A Truta, o quarteto A Morte a Donzela e a canção Serenata (Ständchen). Um dos eixos artísticos desta Temporada 2024, ouviremos de Franz Schubert obras referenciais, como o grandioso Octeto em Fá, algumas das sinfonias e o ciclo de suas sonatas para piano – obras de grande exigência e concentração expressiva e que só no século XX foram incorporadas ao repertório das grandes orquestras.

CICLO BRAHMS

Descendente direto da chamada Primeira Escola de Viena e um dos maiores compositores do Romantismo, Johannes Brahms [1833-97] é outro dos eixos sobre o qual se organiza a Temporada 2024. O compositor foi um “devoto” de Johann Sebastian Bach [1685-1750], Schubert e Beethoven, e estabeleceu em sua obra um diálogo contínuo com o passado musical, o que acabou distanciando-o daqueles autores vistos como representantes da “música do futuro”, como Franz Liszt [1811-1886] e Richard Wagner [1813-1883]. É como se Brahms fosse uma “alma romântica” numa “cabeça clássica”. Mas as gerações futuras seriam mais generosas com o compositor, que mereceria a admiração inclusive do grande mentor da Segunda Escola de Viena, Arnold Schoenberg.

Brahms dedicou-se a alguns dos gêneros centrais da primeira escola vienense (quartetos de cordas, trios com piano, sinfonias e concertos), e com isso a algumas de suas formas principais: a sonata, a variação, o minueto e o scherzo. Em comparação a seus contemporâneos, deixou poucas sinfonias, mas as quatro obras do gênero encontram-se totalmente incorporadas ao cânone do repertório sinfônico e apresentam grandes desafios às orquestras.

Os últimos 25 anos da vida de Brahms, a partir de meados da década de 1870, foram dominados pela composição orquestral – é também o momento em que decide permanecer definitivamente em Viena. Não apenas as quatro sinfonias foram escritas durante essa época, mas também o Concerto para Violino, o Concerto para Piano nº 2, o Concerto Duplo, a Abertura Trágica e a Abertura Festival Acadêmico. A maior parte dessas obras poderá ser ouvida na Temporada ao longo de 2024.

TOM BORROW – ARTISTA EM RESIDÊNCIA

Em janeiro de 2019, Tom Borrow foi chamado para substituir a pianista Khatia Buniatishvili em uma série de 12 concertos com a Filarmônica de Israel. Com apenas 36 horas de antecedência, ele executou o Concerto para Piano em Sol Maior, de Ravel, conquistando elogios de público e crítica. Desde então, a carreira do jovem pianista de 23 anos tem estado em contínua ascensão.

Nascido em Tel Aviv em 2000, Tom Borrow começou a estudar piano aos cinco anos e, depois de se graduar na Universidade de Tel Aviv, tem sido orientado por Murray Perahia. Ganhou todos os concursos nacionais de piano em seu país natal e, após o sucesso com a Filarmônica de Israel, é convidado frequente de grandes orquestras ao redor do mundo – compromissos recentes e futuros incluem a Orquestra de Cleveland, Sinfônica de Baltimore, Orquestra do Capitólio de Toulouse e Sinfônica de Milão.

Jovem talento que tem tudo para se tornar uma referência de seu instrumento nas próximas décadas, Tom foi nomeado BBC New Generation Artist para 2021-23, o que significa que irá se apresentar com todas as orquestras da BBC durante dois anos. Em julho de 2022, ele fez sua estreia no BBC Proms, no Royal Albert Hall. E, em maio de 2023, conquistou o Terence Judd-Hallé Orchestra Award da Rádio BBC 3.

Como Artista em Residência da Osesp, Tom Borrow interpreta em 2024 os três primeiros Concertos para Piano de Beethoven, além de fazer um programa de câmara com músicos da Orquestra. Em 2025, ele retorna para interpretar os dois últimos concertos de Beethoven.

CORO DA OSESP 30 ANOS

Até o ano de 1994, o Estado de São Paulo não contava com um coro profissional. Foi quando o maestro e compositor Aylton Escobar criou o Coro Sinfônico do Estado – tendo José Ferraz como seu primeiro regente – e, em 1995, a maestra Naomi Munakata (1955-2020) assumiu o conjunto.

Com a grande reformulação pela qual passou a Osesp, em 1997, passa a existir um relacionamento mais estreito entre os dois grupos. Finalmente, no ano 2000, com a transformação do Coro Sinfônico do Estado em Coro da Osesp, foram feitas novas audições e a regularização da situação trabalhista do grupo. O crescimento artístico pelo qual o grupo passou é um reflexo daquele que aconteceu com a própria Osesp.

No ano em que completa três décadas de atividades, nosso Coro faz seis recitais em sua própria série de assinaturas, além de outros dez programas ao lado da Osesp. Vale destacar os concertos dos dias 5, 6 e 7 de setembro, quando o Coro recebe Celso Antunes, professor de regência coral da Haute École de Musique de Genève que, entre 2011 e 2016, ocupou o posto de regente associado da Orquestra.

CONCURSO COMPOSITORAS LATINO-AMERICANAS

Como parte das comemorações dos 70 anos de criação da nossa Orquestra, lançamos em agosto de 2023 a convocatória para o Concurso Compositoras Latino-Americanas. Serão selecionadas obras sinfônicas inéditas, entre sete e 10 minutos, escritas por compositoras nascidas (ou naturalizadas) em países da América Latina — as peças devem refletir os temas “70 Anos da Osesp”, “Celebração cultural” e “Celebração da Arte e Cultura das Américas”.

Thierry Fischer, Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, lidera este concerto especial, aberto ao público, no qual serão ouvidas as três finalistas e uma delas será escolhida vencedora do Concurso. O prêmio inclui, além de quantia em dinheiro, a gravação da obra no álbum em celebração aos 70 anos da Orquestra, junto de trabalhos encomendados a Andrew Norman, Clarice Assad, Esteban Benzecry, Felipe Lara, Heinz Holliger e Unsuk Chin.

Este programa não integra as séries de Assinaturas. Os ingressos serão vendidos em janeiro de 2024, em data a ser anunciada.

SALA SÃO PAULO 25 ANOS

Sala São Paulo abriu suas portas em 9 de julho de 1999 com a apresentação da Sinfonia nº 2 – Ressurreição, de Gustav Mahler, pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Obviamente, a escolha tinha um sentido: demonstrar que, com a inauguração de sua sede, a Osesp renascia definitivamente.

Antiga sede da Estação Júlio Prestes, parte da Estrada de Ferro Sorocabana, a Sala São Paulo contribuiu de forma decisiva para o aprimoramento técnico e artístico da Osesp. Mas seu papel na vida musical da cidade, atualmente, vai muito além. Desde o início de suas atividades, com sua infraestrutura inédita para música sinfônica no país, a Sala São Paulo passou a receber grandes espetáculos nacionais e internacionais. Com a Fundação Osesp, estabelecida em 2005, sua vocação se consolidou e a Sala se tornou, muito mais do que a sede da Osesp, o centro da vida musical paulistana, com as principais entidades promotoras de concerto paulatinamente transferindo suas temporadas para o edifício.

Em 2015, o jornal inglês The Guardian incluiu a Sala São Paulo entre as “10 das melhores salas de concertos do mundo”. Antes disso, o espaço recebeu reconhecimento internacional de profissionais especializados. No ano 2000, o projeto foi vencedor do Architecture Honor Award nos quesitos arquitetura, restauração e tecnologia. E, em 2001, o arquiteto Nelson Dupré, responsável pela obra de renovação da antiga Estação, conquistou o Prix d’Excellence concedido pela Fiabci (Fédération Internationale des Professions Immobilières) em Oslo, na Noruega, pelo “melhor projeto de uso público do mundo”. É essa história que vamos celebrar 25 anos depois, fazendo novamente a Sinfonia Ressurreição, de Mahler, soar na casa da Osesp em quatro datas – inclusive no aniversário de 25 anos, em 9 de julho.

NOVA MARCA OSESP

“Aproximar a Osesp de mais gente” — essa foi a intenção principal do projeto de criação da nova marca da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp. Para tanto, profissionais criativos das agências YONE e Polar, Ltda., com a colaboração da fundição brasileira Blackletra e do fotógrafo Hick Duarte, se reuniram para reposicionar e redesenhar as expressões visuais e verbais da Osesp e da Sala São Paulo.

“A nova identidade de marca da Osesp busca dar vida à intenção de simplificar o universo complexo e por vezes denso da música clássica, com o objetivo – nem sempre fácil – de chegar a mais pessoas. Simplesmoderna e dinâmica são os três atributos mais evidentes da nova identidade”, diz a co-Fundadora e Diretora de Criação da YONE, Marcella Franco.

O reposicionamento da marca, também de forma muito elementar e clara, evoca uma sutil brincadeira com o verbo tocar (“Aqui a música toca” é a nova tagline, criada em parceria com o departamento de Comunicação da Fundação Osesp e um grupo de profissionais do mercado, liderado por Fernand Alphen, co-CEO da agência Fbiz). Ao mesmo tempo em que falamos da música que toca, também estamos nos referindo à emoção que nos toca ao ouvi-la. Onde a Osesp estiver, quando ela toca suas músicas, essas músicas nos tocam de volta.

Comentários

  1. Maravilha! Essa é a primeira temporada sem o antigo "diretor artístico" que nunca trabalhou com musica classica, enfim LIVRES!
    Ontem o concerto de piano Rach 3 estava excelente, com o Thierry tirando belìssimas passagens com a orquestra, e um solista espetacular.
    Renascimento da Osesp?

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  2. Temporada atrativa com repertório diverso e competitivo em São Paulo.

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