POLÍTICA CULTURAL DO GOVERNO LULA DEIXA A DESEJAR. ARTIGO DE ISAAC CARNEIRO VICTAL NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.



 Se por um lado o governo anterior parecia ter boa parte da classe artística como inimiga, por outro o atual governo contou com adesão em peso dos artistas. Sei que existem eleitores do Bolsonaro cultos, eu até tive uma vizinha que era bolsonarista, macumbeira e maconheira! Existem também pessoas de esquerda que não estão nem aí para a cultura e são preconceituosos, por exemplo não querem saber de dividir espaço na política com mulheres, negros, travestis, etc. Tem gente dos dois lados que sai dos padrões. O que se nota é que tanto governos de direita como de esquerda implantam uma política cultural medíocre nesse país.


Continuamos na área da música clássica uma nação periférica, com uma imensa população mas poucos teatros, menos ainda salas de concerto e uma ou outra orquestra profissional que dá para ouvir. A imensa maioria sem acesso a nada disso e sem interesse no assunto. Quase nenhum brasileiro está hoje entre as estrelas do mundo da música erudita. Muita gente até acha que esse tipo de coisa não tem nada ver com a identidade nacional.

Nossos comunistas falam em usar a música clássica como propaganda nacional como nos países do leste europeu faziam? Nossa extrema direita vai parar de chamar os artistas de vagabundos, drogados e promíscuos?

A discussão sobre cultura por aqui sempre esbarra na questão financeira, como se depois que um país enriquecesse, o desenvolvimento cultural viria na mesma proporção que a prosperidade material. Acontece que a maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos, nunca conseguiu desbancar culturalmente nenhum país da Europa Ocidental e mesmo a Rússia.

Se o Brasil tem um futuro incerto na área econômica, na cultura não temos nem noção da coisa. O Teatro Municipal de SP custa 100 milhões por ano para funcionar e aqui mesmo nesse blog temos muitas críticas sobre o que esse teatro faz com tanto dinheiro.

A Petrobrás anunciou um patrocínio no valor de 250 milhões para produções de todo o Brasil. Como se nota na comparação feita com a verba destinada a um teatro de São Paulo, esse dinheiro é uma esmola.

O presidente Lula inclusive demitiu o diretor da Petrobrás Jean Paul Prates essa semana, por achar que a empresa deve pagar menos dividendos aos acionistas, em desacordo com o senhor Prates, usando esse dinheiro para investir no país, o que é o mínimo que se espera de um partido de esquerda. Jean Paul Prates foi casado e teve dois filhos com uma prima minha, mas estou totalmente contra essa política dele de negociar o pagamento de dividendos aos acionistas, dito isto para mim a demissão foi justa.

Aumentando o dinheiro em caixa, mas com essas direções, com esses políticos que temos, com essa burocracia que conhecemos bem, nada está garantido. Estamos aqui criticando e nos manifestando sempre, justamente por não aceitarmos pouca coisa e nem vamos nos acostumar com porcaria. A população brasileira precisa melhorar seu censo crítico e nível cultural urgentemente. A classe artística unida recentemente teve sucesso quando se mobilizou no caso da sacanagem que tentaram fazer com a Filarmônica de MG, nessa ocasião muita gente se uniu e conseguimos impedir que acontecesse mais uma grande lambança!

Isaac Carneiro Victal.

Comentários

  1. Esse artiguinho mequetrefe, desinformativo e fake-news permitido pelo blogueiro moderador Ali Hassan…
    Pavão enfezado snob (sem título nobiliático) se muito ‘comprou’ algum diploma pois estudar q é objetivo passou longe…
    Seu texto raivoso acusa Lula e a política do Ministério da Cultura, a Petrobras em meio as frustrações anunciadas e, nunca admitidas pelos bolsominions da ultra-direita…
    Tivesse a decência de colocar “os pingos nos is”
    Esse melodrama desabafo desse Bolsominions e as crias anti-cultura eleitas: Zema, Cleitinho e Nikolas em MG
    Nem fala que a construção da Sala Minas Gerais dentro do Complexo Presidente Itamar Franco se investiu pro equipamento público mais de R$ 200 milhões geridos pela Codemig - Companhia de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais em sintonia a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) cede a gestão ao
    Instituto Cultural Filarmônica (ICF) da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais que ocupa no complexo a Sala Minas Gerais.
    Ou seja equipamentos sob responsabilidade do Estado de MG, gerido pelo Governador bolsonarista de ultra-direita cuja política é desmonte cultural - eleito pelos Cidadãos Mineiros - quiseram popularizar ao nível desses seus eleitores de quem ganham mandato, uiai!
    Inveja dos orçamentos das Salas São Paulo e do TMSP????
    As ilações por inveja dos Equipamentos da Cidade de São Paulo e do Estado de São Paulo só encontram ancoragem porque os atuais mandatários da Prefeitura e Governo aqui são também bolsonaristas de carteirinha e palanque…
    Ai quer competir e nivelar por baixo é o que se equipara a piada: “- do ‘conje’ que chega em casa encontra a ‘conja’ com o amante no sofá - grita vou vender o sofá pra acabar com a safadeza…”

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    1. Quem deveria se informar é quem me acusa. Tenho vários textos publicados aqui no blog defendendo o presidente Lula e atacando o governo Bolsonaro. Não é por ter votado pela volta do PT que tenho que dizer amém para tudo e deixar de criticar o partido. Inclusive se esse sujeito lesse direito o próprio texto acima, notaria que defendi a medida do presidente Lula que consiste em demitir da direção de nossa maior empresa estatal uma pessoa ligada à minha família! Isaac Carneiro Victal

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    2. O sujeito criou um espantalho e atacou e espantalho... Isaac Carneiro Victal.

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    3. Simplesmente me acusa de defender posições que são exatamente o contrário do que defendo sempre aqui nesse blog já se vão quase cinco anos. Se informe melhor por favor! Isaac Carneiro Victal.

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    4. Pelo seu comentário aqui caríssimo anônimo, parece até que só leu a manchete e não leu o texto! Isaac Carneiro Victal.

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  2. Creio que, como esse blog visa, s.m.j., tratar da área de artes, a discussão politica apenas desvia as discussões do foco que pretende ser o assunto principal. Concordo que tudo na vida é relativo, inclusive de um lado e de outro da política há simpatizantes que fogem dos perfis da maioria de seus integrantes. Também penso que a votação em um coordenador político não gera a obrigação a seu eleitor em concordar e avalizar tudo o que o eleito faz. A questão cultural passa sim pelo financeiro, pq artistas também precisam - e tentam- sobreviver de sua arte; algo muito difícil e um privilégio em nosso país. Todavia, entendo que, ademais do constante acima, a música clássica não reflete plenamente o gosto e a identificação cultural da maioria dos brasileiros. O samba, o chorinho, a MPB, o forró, o sertanejo, o funk; danças e músicas locais vibrantes se coadunam muito mais com a personalidade nacional, só para dar um caráter exemplificativo em meio à vasta e rica diversidade cultural que temos aqui. A cultura é muito mais plural do que a ópera, o teatro clássico ou o ballet, todas formas de expressão artística que eu amo. Mas isso não exclui as danças e músicas feitas em locais distantes e remotos, entre as nossas diversas etnias, conversando e extravasando os seus sentimentos de forma brasileira. As chamadas músicas e artes eruditas vieram, em grande parte, da Europa, tendo sido elaboradas e espelhando os sentimentos e expressões de seus autores e povos. M.K.

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  3. Vc tem direito aa sua opinião meu caro…mas escrever censo e não senso nesse caso nada tem a ver com cultura.

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    1. Falácia do estilo sem substância... criticar uma maneira errada de se expressar ao invés do conteúdo do texto, tentando a partir de um pequeno tropeço do autor tirar conclusões sobre todo o conteúdo do artigo, o que é absurdo. Uma pessoa analfabeta pode dizer a verdade e um professor doutor só falar mentiras em linguagem rebuscada. Aliás na antiguidade existiram filósofos que não sabiam ler nem escrever. Vc nem sabe o que é cultura prezado anônimo! Procure os textos dos escribas e não encha a paciência! Isaac Carneiro Victal.

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