THEATRO SÃO PEDRO/SP ESTREIA AS ÓPERA "TURANDOT" DE BUSONI E "GIANNI SCHICCHI" DE PUCCINI.

                                          Orquestra do Theatro São Pedro. Crédito: Heloísa Bortz

O Theatro São Pedro, equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura, apresenta, nos dias 02, 04, 07, 09 e 11 de agosto, as óperas Turandot, de Ferruccio Busoni (1866-1924), e Gianni Schicchi, de Giacomo Puccini (1858-1924). Os espetáculos contam com a direção musical de Ira Levin, que rege a Orquestra do Theatro São Pedro, e direção cênica de Alexandre Dal Farra.

Nas quartas e sextas-feiras, as récitas ocorrem às 20h. Nos domingos, às 17h. Já o ensaio geral aberto e gratuito será no dia 31 de julho, às 19h. Os ingressos custam de R$ 40 (meia) a R$ 120 (inteira) e podem ser adquiridos em: https://feverup.com/m/165130

“2024 é o centenário de morte dos dois grandes compositores toscanos, Puccini e Busoni”, destaca o maestro Ira Levin, que considera oportuno apresentar Turandot e Gianni Schicchi em um mesmo programa. “Ambas as obras foram compostas ao mesmo tempo e partilham elementos da commedia dell'arte. O Turandot de Busoni é baseado diretamente na peça de Gozzi, na qual difere muito da obra-prima inacabada posterior de Puccini. Ironicamente, a maior obra de Busoni, a sua ópera Doktor Faust, também ficou incompleta quando da sua morte, em 1924, outro exemplo do destino que une esses dois génios muito diferentes”, diz Levin.

Turandot

Composta em dois atos, a ópera tem libreto do próprio Ferruccio Busoni e é baseada na obra homônima de Carlo Gozzi. Nas apresentações do Theatro São Pedro, a soprano Marly Montoni será Turandot, o tenor Giovanni Tristacci interpreta Kalaf, o barítono Rodrigo Esteves vive Barak e a mezzo-soprano Juliana Taino executará o papel de Adelma.

Filho de pai clarinetista italiano e mãe alemã pianista, Busoni sempre adorou temas mágicos e fantásticos. Em 1904, considerou a ideia de compor algo motivado pela fábula chinesa de Carlo Gozzi, do século 18, que conta a história da princesa Turandot, filha do imperador Altoum, da China, que, recusando-se a casar, propõe que os pretendentes devem pagar com a vida se não resolverem 3 enigmas.

Quase como se fossem testes preliminares, Busoni compôs a música incidental para a montagem teatral da história de Gozzi, que transformou numa suíte sinfônica no ano seguinte, 1905. Com o início da Grande Guerra, teve de mudar-se da conflagrada Berlim para a neutra Zurique. Naqueles quatro anos, compôs primeiro Arlecchino, mas o teatro local precisava de outra ópera curta para executar um programa encorpado. Rapidamente, escreveu o libreto em alemão baseado na peça de Gozzi e adaptou a música incidental de 1905, transformando-a numa ópera curta em dois atos que é a

realização musical de seu célebre “Esboço de uma nova estética da música” (1907).

Dessa forma, a criação musical no teatro é concebida como um jogo em que a fantasia não conhece limites. E, para quem pensou na Turandot de Puccini, embebida de paixão e tragédia, melhor esquecer. Busoni acentua o lado fantástico e irônico das três máscaras: Truffaldino, Pantalone e Tartaglia, interpretados respectivamente por Daniel Umbelino (tenor), Gustavo Lassen (baixo) e Douglas Hahn (barítono). Por fim, a opção por exibir afinidades com uma música chinesa/árabe só aumenta o ambiente exótico e fabuloso da Turandot de Busoni.

A récita do dia 09 de agosto, sexta-feira, terá também transmissão ao vivo pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro. Acesse em: https://www.youtube.com/@TheatroSaoPedroTSP

SERVIÇO

TURANDOT / GIANNI SCHICCHI

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO

Ira Levin, direção musical

Alexandre Dal Farra, direção cênica

Duda Arruk, cenografia

Mirella Brandi, iluminação

Fábio Namatame, figurino

Tiça Camargo, visagismo

Fábio Bezuti, preparador vocal e dicção

Bruno Costa, preparador coral

Leonardo Labrada, assistente de direção musical

Giovanni Tristacci, tenor (Kalaf)

Marly Montoni, soprano (Turandot)

Rodrigo Esteves, barítono (Barak)

Juliana Taino, mezzo-soprano (Adelma)

Daniel Umbelino, tenor (Truffaldino)

Saulo Javan, baixo (Altoum)

Gustavo Lassen, baixo (Pantalone)

Douglas Hahn, barítono (Tartaglia)

Raquel Paulin, soprano (A Rainha-Mãe de Samarkand)

Nathália Serrano, contralto (Cantora)

Ney Piacentini, ator (Carrasco)

FERRUCCIO BUSONI (1866-1924)

Turandot – 1h15’

[ópera em dois atos com libreto do compositor, baseada na obra homônima de Carlo Gozzi]

***

Rodrigo Esteves, barítono (Gianni Schicchi)

Raquel Paulin, soprano (Lauretta)

Ney Piacentini, ator (Buoso Donati)

Nathália Serrano, contralto (Zitta)

Daniel Umbelino, tenor (Rinuccio)

Giovanni Tristacci, tenor (Gherardo)

Marly Montoni, soprano (Nella)

Barbara Blasques, criança (Gherardino)

Gustavo Lassen, baixo (Betto)

Saulo Javan, baixo (Simone)

Douglas Hahn, barítono (Marco)

Juliana Taino, mezzo-soprano (La Ciesca)

Ádamo, baixo (Spinelloccio)

Andrey Mira, baixo (Pinellino)

Isaque Oliveira, barítono (Ser Amantio di Nicolao)

Pedro Côrtes, baixo (Guccio)

CORO:

Alessandra Carvalho, soprano

Alessandra Wingter, soprano

Amanda Camelo, soprano

Elisa Furtado, soprano

Luisa Aguillar, soprano

Edileuza Ribeiro, mezzo-soprano

Fernanda Nagashima, mezzo-soprano

Luiza Girnos, mezzo-soprano

Verônica Tavares, mezzo-soprano

Yohana Granatta, mezzo-soprano

Carlos Eduardo Santos, tenor

Felipe da Paz, tenor

Paulo Lanine, tenor

Rodrigo Morales, tenor

Wagner Platero, tenor

Bruno Vidigal, baixo

Célio Souza, baixo

Felipe Panelli, baixo

Fúlvio Lima, baixo

Guilherme Gimenes, baixo

GIACOMO PUCCINI (1858-1924)

Gianni Schicchi – 50’

[ópera cômica em um ato, com libreto de Giovacchino Forzano]

[Melos Ediciones Musicales S.A.]

Local: Theatro São Pedro (Rua Barra Funda, 171, SP)

Ensaio geral aberto: 31 de julho, quarta-feira, 19h

Récitas: 02, 04, 07, 09 e 11 de agosto

quartas e sextas-feiras, 20h; domingos, 17h

Ingressos: Plateia: R$ 120/ R$ 60 (meia)

1º Balcão: R$ 100/ R$ 50 (meia)

2º Balcão: R$ 80 / R$ 40 (meia) https://feverup.com/m/165130

Classificação etária: 14 anos

THEATRO SÃO PEDRO

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música

nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.

SANTA MARCELINA CULTURA

Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Indústria e Economia Criativas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do GURI e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.

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