OSESP: PARA A EUROPA UMA TURNÊ, PARA O BRASIL NADA! ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

  


                                      O violinista Daniel Lozakovich em concerto com a Osesp e Fischer na Sala São Paulo, divulgação 

É a sétima turnê estrangeira da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, dessa vez para a Europa onde apresentará cinco concertos. 

Sempre questionei a necessidade de uma orquestra mantida em sua maioria  com verbas públicas ter que se apresentar no estrangeiro. 

 A verdade pode doer, mas tem que ser dita. A Europa esta lotada de grandes orquestras e eles estão pouco interessados em uma orquestra tupiniquim. 

Um ou outro compositor brasileiro pode até despertar uma curiosidade e nada mais.

  Há anos não vejo a OSESP fazer turnê pelo Brasil, divulgar a música clássica ao povo brasileiro. Todo o Brasil é carentes dessa arte. Em quase todas as capitais tem teatros para receber o orquestra paulistana.

Essas turnês estrangeiras são para preencher o ego inflado do regente e da direção. Não acrescentam nada para a orquestra e muito menos ao Brasil.

Se a intenção é divulgar a cultura nacional e dizer com honra que temos uma grande orquestra porque chamam solistas estrangeiros para o Concerto para violino nº 3 de Saint-Saëns.

 Hilary Hahan cancelou sua participação pela velha desculpa de "problemas de saúde", Daniel Lozakovich será o substituto.

Orquestras estrangeiras, para virem ao Brasil, cobram verdadeiras fortunas, será que a OSESP paga ou recebe para se apresentar na gringa? 

Os músicos adoram, vão pipocar fotos nas redes sociais deles se divertindo. Quem não gosta de uma viajem para a Europa com tudo pago.

 Muda a direção artística mas a filosofia de trabalho continua a mesma. 

Ali Hassan Ayache

Comentários

  1. É isso mesmo. Os europeus não ligam pra Osesp ou orquestras da América Latina, eles tem muitas orquestras de nível alto. Não dá pra comparar a Osesp com quase nenhuma, é outro patamar, outro nível. Depois a direção vai falar que a Osesp tem prestígio internacional, bla bla bla...
    Sendo que nossa querida orquestra está na mesma pasmaceira há muitos anos, desde a saída de Neschling piorou e ficou nisso. Para um publico que nunca viu uma grande orquestra e aplaude de pé qualquer evento.

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  2. Depois de Neschling, esta orquestra nunca mais alcançou o nível de qualidade e excelência.
    Quem viu, sabe do que falo.

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  3. Totalmente de acordo contigo Ali, concordo a única justificativa desse passeio pela Europa seria a divulgação de um repertório majoritariamente composto por música brasileira ou no máximo latino americana, não para tocar mal e porcamente repertório austro germânico como a OSESP tem feito ultimamente e ainda tem o descaramento de tentar se equiparar com grandes orquestras da Europa. Essas pessoas não se enxergam, a OSESP hoje é uma sombra do que foi, mas insistem em levar o grupo para tocar Brahms e Richard Strauss pela Alemanha afora, Inglaterra e Espanha! Isaac Carneiro Victal.

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  4. Se não me engano, a OSESP nunca tocou na Cidades das Artes no Rio e nem na Sala Minas Gerais, mas só nos últimos anos se apresentou duas vezes no Concertgebouw de Amsterdam, numa ocasião dirigida por Alsop e agora com Fischer! Isaac Carneiro Victal

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  5. E agora, pedem doações enquanto faz viagem à Europa.
    E tem gente que vai doar!!!!!

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  6. Enquanto isso, a orquestra está tranquila na Europa, cagando pra esse blog.. O que o recalque não faz, né?

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  7. Marco Antonio Seta, disse:14 de agosto de 2024 às 14:51

    E quando é que a OSESP dará concertos em Sorocaba, São Carlos, São José do Rio Preto, Taubaté, Lorena, Bauru, Lins, Agudos, Dracena, Araçatuba, Tatuí, Itapetininga, Araraquara, Ribeirão Preto, Catanduva, Birigui, Garça, São José dos Campos, Franca, Bragança Paulista, Presidente Prudente, Ourinhos, Assis, Marília, Campinas, Rio Claro, Limeira, Piracicaba, e tantas outras cidades paulistas aqui não mencionadas ? E dos outros Estados brasileiros: Curitiba, Londrina, Maringá, Vitória, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Goiânia, Cuiabá, Campo Grande, Belém do Pará, Recife, Palmas, João Pessoa, etc. cumprindo assim, o papel de difundir a música erudita brasileira e universal, dentro dos limites do próprio Estado de São Paulo e inclusive do Brasil afora ?

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    1. Eu até compreendo que para determinadas cidades a OSESP não vá pelo fato do Brasil carecer de teatros e auditórios apropriados para música de orquestras, mas por outro lado é um absurdo a orquestra praticamente só sair da Sala São Paulo para tocar no exterior! Ainda aparecem anônimos por aqui defendendo isso... Isaac Carneiro Victal

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  8. O pior além de tudo é: uma verba milionária para uma turnê totalmente desnecessária, pois 99% do povo brasileiro nunca se quer ouviu uma Orquestra de nível. Além de os músicos extra em cache outra patifaria, nenhum deles fazem prova ou são convocados músicos em ampla concorrência, sempre aquela famosa indicação da Direção e estantes da frente. Metade dos músicos extras e principalmente Cordas vêm de inteira indicação amigacional, ou seja a prova para entrar segue no biombo e no "anonimato", mas incrível que para caches altos só entram os lambe sacos dos importantes. Até a última prova foi uma piada de mal gosto e política mafiosa que infecta a música clássica brasileira. Um bando de lambe saco que são aprovados. Deveriam aprender que já tá na cara que essa Direção de merda faz nepotismo de amiguetes.

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  9. Vergonha essa OSESP ! cabide de emprego dos magnatas da música clássica do Estado de São Paulo. O spalla além de ser spalla, é diretor em Tatuí no famoso Conservatório Musical e tem ainda emprego na RTC onde tem programa de rádio.

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  10. Puro apadrinhamento regado à Sociedade dos Amiguetes da Secretaria de Estadoda Cultura e Economia Criativa. Um descaramento sem limites.

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