"DON GIOVANNI" TRAGÉDIA EM 35 ATOS SEM INTERVALO.

 

               Foto: Larissa Paz

Como alertado e previsto neste Blog a encenação da ópera "Don Giovanni" no Theatro Municipal de São Paulo demonstra ser uma tragédia em 35 atos sem intervalo.

Imaginei que o diretor Hugo Passolo apenas traduziria os recitativos para o português. Ele fez mais que isso, como esta virando moda ele enxertou textos de sua própria autoria, afinal de contas o homem sabe mais que Lorenzo da Ponte, o libretista. 

 Quem é esse libretista perto de Passolo! Piadas sem graça aparecem toda  hora, no original prevalece o requinte da excelência do texto de Lorenzo da Ponte.

No programa Passolo afirma que traduzir recitativos ou até ópera inteiras é comum em outros países. Não vejo isso acontecer nos grandes teatros, muito menos enxertar partes como ocorreu.

Todos os diretores metidos a moderninhos querem incluir uma crítica social na ópera, lugar de criticar a sociedade atual é fazendo passeata na Avenida Paulista em frente ao prédio da Gazeta ou nas redes sociais.

Quem manda no Theatro Municipal de São Paulo? Quem é o diretor artístico? Cada diretor de cena chega faz o que quer deturpando as obras sem a menor cerimônia. Tudo isso com a anuência de todos. Falta comando e uma linha de direção. 

Será que ninguém, exceto esse blog e o site Notas Musicais, tem coragem de botar a boca no trombone? A Revista Concerto até agora não se manifestou. 

Sempre defendi que as montagens do teatro fossem guardadas para serem reapresentadas em anos futuros, formando assim um acervo. Fico feliz que isso não ocorra nesse momento, as últimas óperas merecem acabar no lixo.

Ali Hassan Ayache


Comentários

  1. Que lástima! Me dói no fundo do coração. A Arte não merece isso!

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  2. Não é a toa que Minczuk foi expulso duplamente do Rio de Janeiro

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    1. Isso explica porque nunca regeu no MET de Nova York, apesar de ser por 8 anos o diretor do, talvez, principal teatro de ópera no Brasil . Lembrando que ele , Minczuk foi maestro assistente na Filarmônica de Nova York, no tempo do maestro Kurt Masur e formado na Juilliard School NY.

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    2. Minczuk é a soberba soberana em pessoa. O expulsaram do Rio e aportou em Sampa. Triste 😔

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    3. Minczuk destruiu a OSB. Até hoje a orquestra não se recuperou e, infelizmente, creio que jamais voltará a ser uma orquestra com temporada regular, séries, assinantes etc

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  3. Ele fez releitura dos textos d Molière, obra na qual se basearam Mozart e Da Ponte. Mas afinal, quem são Molière, Mozart e Da Ponte perto d mente brilhante deste diretor?

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    1. Revista Concerto não tem imparcialidade e isenção, não irá se manifestar contra o TMSP. Esqueça!

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    2. Nem Da Ponte nem Mozart se inspiraram em Molière. Que o encenador diga isso e que o Municipal tenha comprado esse discurso errado, não faz disso verdade. Da Ponte se inspirou na fonte original : Tirso de Molina. Vocês não procuram, não pesquisam? Num vídeo da conta de Instagram do Municipal uma pessoa respondeu ao post e o encenador respondeu e surgiu um
      bate boca. Adivinha quem tava errado e arregou?

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  4. Está na hora de Minczuk ser expulso do Theatro Municipal de São Paulo, por incapacidade de direção artística deste que já foi um dos maiores da América do Sul, como o palco de celebridades, as quais seriam longamente etéreas e impalpáveis, elevadas e sublimes listas enumerá-las: Aprile Millo, Carlo Bergonzi, Gianni Raimondi, Montserrat Caballé, Adelaide Negri, Neson Portella, Fernando Teixeira, Mabel Veleris, Agnes Ayres, Tito Gobbi, Gino Becchi, Elena Souliotis, Marta Rose, Virgínia Zeani, Gian Giacomo Guelfi, Benito Di Bella, Anselmo Colzani, Ilva Ligabue, Pier Miranda Ferraro, Carlo Cava, Carlo Maestrini, Oliviero de Fabritis, Ugo Rapalo, Giomar Novaes, Nelson Freire, Antonieta Ruege, Carlo Colombara, Giuseppe Giacomini, Beniamino Prior, Niza de Castro Tank, Marta Baschi, Rita Contino, Yasuko Hayashi, Ruggero Bondino, Mietta Sighelle, Toshio Hasegawa, Tamaki Miura, Toti dal Monte, Rosa Raisa, Violeta Coelho Netto de Freitas,Lily Pons, Constantina Araújo, Paulo Ansaldi, Leonard Warren, Norina Grecco, Solange Petit-Renaux, Tito Schipa, Bidu Sayão, Beniamino Gigli e as célebérrimas Renata Tebaldi e Maria Callas, com Giuseppe di Stefano. Mirto Picchi, Fedora Barbieri e Nicola Rossi-Lemeni, Cesare Valetti, , Giulio Neri, Antonietta Stella, Giuseppe Taddei e Gianni Poggi, gente assim dessa classe internacional . E hoje ? o que temos aí ??? Fora já desse nosso histórico Theatro Municipal de São Paulo !!!

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  5. mistura de incompetencia, corrupção e vaidade.
    um completo lixo a programação do municipal ultimamente.

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  6. Fora já Maestro Roberto Mincczuk, do Teatro Municipal de São Paulo.

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  7. Não há uma programação digna do Theatro Municipal ! Elencos horrendos, cantores inadequados aos papéis, invertidos em sua vocalidade, repertório surrado e nada atraente ("Le Ville", de Puccini ...? desde quando atraente ao grande público; bem como a desastrosa produção de Il Guarany de 2023 e as ainda piores montagens de "Nabucco" (Verdi) em novembro de 2024, e de "Don Giovanni", do magistral Mozart, transformada em palhaçaria e tragédia desconhecida pelos séculos e séculos após a sua estreia triunfal no Teatro Nacional de Praga, a 29 de outubro de 1787, no original italiano ? E o que falar dos concertos sinfônicos ou corais-sinfônicos ?
    Esse assunto, então é uma barbaridade: Sinfonias de Brahms, Berlioz, Dvorak, Glazunov, Gliére, Bruckner, Borodin, Cesar Franck,Elgar, Mendelssohn, Miaskovsky, Tchaikovsky e finalmente do grande Villa-Lobos....nenhuma delas é abordada e muito menos seus grandes compositores. Caótica a programação dessa administração publica-privada da Sustenidos Organização Social de Cultura, endossada pelo maestro Roberto Minczuk. Igualmente concertos, ballets, caprichos sinfônicos, poemas sinfônicos, nada é pinçado para os concertos. Somente peças de Leonard Bernstein e. por acaso algo assim chamado de Ópera fora da caixa : O afinador de Facas, de Piero Schlochauer, em 27/06/2025. ; Les Indes Galantes (26/11/2025...).

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  8. FORA Roberto Mincczuk FORA

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  9. Digo de gente incapacitada à frente do Theatro Municipal de São Paulo desde 2017 até agora, em 2025.

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  10. Marco Antônio Seta disse:16 de maio de 2025 às 18:15

    Digno de gente incompetente: Roberto Minczuck, Sustenidos Organização Social de Cultura e de toda a sua equipe de incompetentes e que alí caíram de para-quedas. Uma lástima profunda e consequentemente irreversível.

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