NÃO É BOM PARA NÓS APARECER NA TV UMA VILÃ COMO ODETE ROITMAN FALANDO EM IR AO TEATRO DE ÓPERA! ARTIGO DE ISAAC CARNEIRO VICTAL NO BLOG DE ÓPERA & BALLET.

Nas poucas vezes em que aparece alguma menção sobre ópera, balé ou concertos nos meios de comunicação de massa, quando aparece temos que ouvir da boca da antológica vilã em questão, interpretada por Débora Bloch, algo como estar louca para sair do Brasil para poder, entre outras coisas, assistir a um espetáculo de ópera, disse isso em conversa com seu gigolô.

Não é esse o único exemplo, existe uma briga antológica, posterior a um grande escândalo dentro do teatro de ópera, vejam só a protagonista da telenovela mexicana Maria do Bairro protesta ao ver os escravos negros sendo açoitados na grande cena de conjunto da ópera Aída, vira alvo de chacota do público e ainda se lança em luta corporal com a grande vilã da trama, depois de ser retirada do espetáculo.

O elitismo, esnobismo e classismo no meio da música clássica é real, mas também num mundo ideal onde as necessidades materiais de todas as pessoas estariam resolvidas, qualquer pessoa musical poderia se tornar um melômano aficionado por ópera e concertos. A prática de esportes em outras épocas era atividade quase sempre masculina e hoje não é mais assim. Os diversos gêneros, estilos, períodos e toda a variedade de compositores podem satisfazer os gostos de uma enorme variedade de pessoas, esse admirador de música clássica "tipo", uma pessoa de certa condição material, com uma certa idade, um tanto arrogante, tudo isso é mera convenção social. Bobo quem pensa que isso é uma realidade imutável!

Isaac Carneiro Victal