SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA ESTREIA OBRAS INÉDITAS NA ESTAÇÃO MOTIVA CULTURAL

 

Yoshi Suzuki - Crédito: Iari Davies | Christine Ceconello - Crédito: Gregory Batardon | Willer Rocha - Crédito: Iari Davies


São Paulo Companhia de Dança (SPCD) — corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela Associação Pró-Dança — apresenta, no dia 12 de setembro, às 20h30, na Estação Motiva Cultural, um programa inédito com três criações brasileiras: Alvorada, de Yoshi Suzuki; Rostos à Deriva, de Christine Ceconello; e LÖYLY, de Willer Rocha. No dia 11, às 20h30, acontece um ensaio aberto e gratuito para o público. Os ingressos estão à venda, a partir de R$ 20,00 (meia-entrada) e podem ser adquiridos em: https://salasaopaulo.byinti.com/#/event/atelie-de-criacao-spcd 


As obras fazem parte do Ateliê de Criação, iniciativa da SPCD que promove a experimentação coreográfica e a valorização de diferentes vozes da criação contemporânea. Neste ano, duas delas foram selecionadas por edital público, enquanto a terceira é assinada por um dos bailarinos da Companhia, integrante do Programa de Desenvolvimento das Habilidades Futuras do Artista da Dança (PDHFAD) - Ações para Bailarinos - Transição de Carreira, que incentiva os intérpretes a expandirem sua atuação profissional.


“O Ateliê de Criação reforça o compromisso da Companhia no fomento da dança e novos olhares, abrindo caminhos entre artistas, instituições e públicos. Cada uma dessas obras traduz a potência da dança como espaço de invenção, diálogo e transformação. É um encontro entre diferentes gerações e olhares, que se complementam na busca por novas possibilidades para o corpo e para o movimento”, afirma Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.


AS OBRAS

Em sua estreia como coreógrafo, o bailarino Yoshi Suzuki — que integra a SPCD desde sua fundação — cria uma ode ao recomeço. Alvorada traduz em dança a sensação de renovação que acompanha os primeiros raios do dia. A obra transita entre solos, duos e movimentos coletivos, explorando a delicadeza e a potência do diálogo entre música e corpo. Dividida em três partes, a coreografia mergulha em paisagens sonoras de Carlos Gomes, trazendo à cena uma escrita que mescla tradição clássica e liberdade contemporânea.


Já Rostos à Deriva, de Christine Ceconello, é inspirada na teoria da modernidade líquida de Zygmunt Bauman e reflete sobre identidade e autonomia em tempos de hiperconectividade. Em cena, corpos que se movem como um organismo coletivo, por vezes mecânico, tensionam a relação entre escolha e controle, liberdade e padronização. Uma narrativa coreográfica que questiona os limites da individualidade em um mundo regido por algoritmos invisíveis.


Por fim, com poesia e humor, Willer Rocha cria uma experiência sensorial que celebra calor, vulnerabilidade e conexão humana. Inspirada no universo simbólico da sauna, LÖYLY percorre rituais de purificação, contrastes térmicos e estados de presença que evocam intensidade, intimidade e renascimento. O título vem do finlandês e designa o vapor que sobe das pedras incandescentes — metáfora para a transformação e o sopro vital que atravessam a obra.


SERVIÇO

SPCD na Estação Motiva Cultural

Data: 12 de setembro, às 20h30

Endereço: Estação Motiva Cultural – Praça Júlio Prestes, 16 - Campos Elíseos, São Paulo - SP, 01218-020

Ingressos: a partir de R$ 20,00 (meia-entrada) | https://salasaopaulo.byinti.com/#/event/atelie-de-criacao-spcd

Classificação: Livre


FICHAS TÉCNICAS

Alvorada (2025)

São Paulo Companhia de Dança

Direção Artística: Inês Bogéa

Codireção: Milton Coatti

Coreografia: Yoshi Suzuki

Músicas: 10 Lo schiavo, Activ Preludio. Sonata para Cordas – III – Largo – Adagio Lento e Calmo, composição de Antônio Carlos Gomes, versão com a Orquestra Ouro Preto, com regência de Silvio Viegas. Salvator Rosa - Sinfonia (Overture), composição de Carlos Gomes, versão com a Minas Gerais Philharmonic Orchestra & Fabio Mechetti.

Figurinos: Tatiana Dal Paschoale / Laviendanse


Rostos à Deriva (2025)

São Paulo Companhia de Dança

Direção Artística: Inês Bogéa

Codireção: Milton Coatti

Coreografia: Christine Ceconello

Assistente de coreografia: Irupé Sarmiento

Músicas: Nieve Pertinentes 1, Thomas Köner; Umgewissheit im Sinus, Alva Noto; O Matador, Sepultura, trilha de Lisbela e o Prisioneiro, Compositores: João Falcão & André Moraes

Figurino: Cássio Brasil 

Iluminação: Mirella Brandi


LÖYLY (2025)

São Paulo Companhia de Dança

Direção Artística: Inês Bogéa

Codireção: Milton Coatti

Coreografia: Willer Rocha

Assistente de coreografia: Mirko Ingrao

Dramaturgia: Mirko Ingrao

Músicas: Sigur Rós, Jon Hopkins, Abbas Kamandi, Tigran Hamasyan

Figurino: Cássio Brasil 

Iluminação: Mirella Brandi


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SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA

A São Paulo Companhia de Dança se destaca pela sua versatilidade e inovação, desde sua criação em 2008, pelo Governo do Estado de São Paulo. Gerida pela Associação Pró-Dança, é dirigida por Inês Bogéa e codirigida por Milton Coatti. Reconhecida pela crítica como uma das mais prestigiadas companhias da América Latina, seu repertório abrange tanto criações exclusivas, quanto remontagens de grandes obras da dança mundial. Com apresentações que atravessam fronteiras, a Companhia leva sua arte a diversos públicos, tanto no Brasil, quanto no exterior. Já foi assistida por um público superior a 2 milhões de pessoas em 22 diferentes países, passando por cerca de 180 cidades em mais de 1.300 apresentações, acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Além disso, ações educativas e projetos voltados à preservação e difusão da memória da dança são parte essencial de sua missão, perpetuando esse legado cultural para as futuras gerações. São Paulo Companhia de Dança: excelência que inspira, movimento que transforma.


DIREÇÃO ARTÍSTICA | Inês Bogéa, doutora em artes, atua na interseção entre dança, educação e gestão cultural. É bailarina, documentarista, escritora e professora. Desde 2008, é diretora artística da São Paulo Companhia de Dança, criada pelo Governo do Estado de São Paulo, onde já conduziu mais de 1.300 espetáculos em 22 países e recebeu 38 prêmios e indicações internacionais. Desde 2021, também é diretora artística e educacional da São Paulo Escola de Dança, com destaque para sua atuação voltada à inclusão social e à formação de mais de 1.300 estudantes, sendo 50% oriundos de contextos de vulnerabilidade. É diretora artística da Mostra Internacional de Dança de São Paulo (MID-SP), realizada pela Associação Pró-Dança em parceria com o Itaú Cultural. Colaboradora regularmente com a Revista CONCERTO e é co-criadora da coluna Dança em Diálogo. Leciona na USP (Universidade de São Paulo) e na FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau) e foi idealizadora de iniciativas como o curso Dança para Educadores, do Sesc-SP. Reconhecida com a Medalha Tarsila do Amaral, foi nomeada pela Critic’s Choice of Dance Europe e condecorada com o título de Chavalière de L’Ordre des Arts et des Lettres pelo Ministério da Cultura Francês.


ESTAÇÃO MOTIVA CULTURAL

A Estação Motiva Cultural — equipamento que faz parte do Complexo Cultural Júlio Prestes — é gerida pela Fundação Osesp, organização social de cultura que mantém contrato de gestão com o Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Este novo espaço cultural, inaugurado em 25 de janeiro de 2025, foi pensado para receber diferentes expressões artísticas, entre músicas clássica e popular, dança, teatro, literatura e cinema, além de atividades educacionais e socioculturais. A Estação Motiva Cultural tem o objetivo de reforçar o compromisso da Fundação Osesp em atuar como um reflexo da sociedade plural e dinâmica em que vivemos, e fortalecer toda a cadeia de pessoas que experienciam ou vivenciam as atividades que oferecemos. A transformação deste patrimônio histórico em sala de espetáculos foi feita graças à parceria da Fundação Osesp com o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e com o Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A manutenção pelos próximos três anos acontece graças ao patrocínio institucional da Motiva, através de seu Instituto, também pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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