Crítica: Ballet de Leipzig no Theatro Municipal de São Paulo.
A rica e variada programação do ano de reabertura do Theatro Municipal de São Paulo trouxe no último dia 21/09 a trupe do Ballet de Leipzeg. No repertório uma obra incompleta de Wolfgang Amadeus Mozart, A Grande Missa. Uwe Scholtz (1958-2004) colocou a mão na massa e fez de tudo nesse trabalho: Encenação, coreografia, cenários e figurinos.
A obra de Mozart é fragmentada, para uni-la em uma única peça Uwe Scholtz acrescentou variados trabalhos de Mozart e obras de outros compositores. Ficou uma salada russa sem azeite e maionese. A intenção é discutir as grandes questões da fé, tema de grande relevância para a humanidade. Sabemos que tudo pode ser representado através da arte, a dança pode abarcar essa idéia. A estética moderna pode levar a caminhos tortuosos, mas é fácil se perder nos seus diversos ardis.
Primeiro pecado do balé é não apresentar a música orquestrada ao vivo. Temos diversas orquestras que podem e devem fazer esse trabalho. A coreografia intercala músicas de Mozart e outros compositores, na missa geralmente os bailarinos estão de branco , nas outras composições estão de preto. Nas cenas brancas temos movimentos simples e repetidos a exaustão. Os dançarinos utilizam todo o palco em diversas cenas, solos de pequena duração em movimentos curtos e saltos baixos. Nas cenas negras a característica são movimentos estranhos, ora engraçados e muitas vezes caóticos.
Mistura de dança moderna e peça sagrada não é um casamento perfeito nesse trabalho. Sem lógica nos movimentos e nas cenas e sem a menor ideia central. Trabalho extremamente longo e penoso de assistir, sem grande inspiração. Os bailarinos exibem excelente técnica. Uma conclusão sem o menor nexo, todos vestem suas roupas do dia a dia e se sentam no palco olhando para o infinito. Se você alterar a música e mantiver a coreografia, por exemplo, sai a Grande Missa e entra uma música pop do século XXI, ou um Cazuza ou as músicas da Legião Urbana o resultado é o mesmo. Não existe inspiração, nada que lembre o sagrado ou que nos leve a uma reflexão sobre a espiritualidade ou religiosidade do homem moderno.
Aqueles que foram ao teatro e tiraram diversas fotos, se esbaldaram de aplaudir. Os entendidos fizeram caras de poucos amigos e aplaudiram com moderação. Vir da longínqua Alemanha para apresentar uma coreografia desse nível, é melhor ficar por lá comendo salsichas.
Ali Hassan Ayache
A rica e variada programação do ano de reabertura do Theatro Municipal de São Paulo trouxe no último dia 21/09 a trupe do Ballet de Leipzeg. No repertório uma obra incompleta de Wolfgang Amadeus Mozart, A Grande Missa. Uwe Scholtz (1958-2004) colocou a mão na massa e fez de tudo nesse trabalho: Encenação, coreografia, cenários e figurinos.
A obra de Mozart é fragmentada, para uni-la em uma única peça Uwe Scholtz acrescentou variados trabalhos de Mozart e obras de outros compositores. Ficou uma salada russa sem azeite e maionese. A intenção é discutir as grandes questões da fé, tema de grande relevância para a humanidade. Sabemos que tudo pode ser representado através da arte, a dança pode abarcar essa idéia. A estética moderna pode levar a caminhos tortuosos, mas é fácil se perder nos seus diversos ardis.
Primeiro pecado do balé é não apresentar a música orquestrada ao vivo. Temos diversas orquestras que podem e devem fazer esse trabalho. A coreografia intercala músicas de Mozart e outros compositores, na missa geralmente os bailarinos estão de branco , nas outras composições estão de preto. Nas cenas brancas temos movimentos simples e repetidos a exaustão. Os dançarinos utilizam todo o palco em diversas cenas, solos de pequena duração em movimentos curtos e saltos baixos. Nas cenas negras a característica são movimentos estranhos, ora engraçados e muitas vezes caóticos.
Mistura de dança moderna e peça sagrada não é um casamento perfeito nesse trabalho. Sem lógica nos movimentos e nas cenas e sem a menor ideia central. Trabalho extremamente longo e penoso de assistir, sem grande inspiração. Os bailarinos exibem excelente técnica. Uma conclusão sem o menor nexo, todos vestem suas roupas do dia a dia e se sentam no palco olhando para o infinito. Se você alterar a música e mantiver a coreografia, por exemplo, sai a Grande Missa e entra uma música pop do século XXI, ou um Cazuza ou as músicas da Legião Urbana o resultado é o mesmo. Não existe inspiração, nada que lembre o sagrado ou que nos leve a uma reflexão sobre a espiritualidade ou religiosidade do homem moderno.
Aqueles que foram ao teatro e tiraram diversas fotos, se esbaldaram de aplaudir. Os entendidos fizeram caras de poucos amigos e aplaudiram com moderação. Vir da longínqua Alemanha para apresentar uma coreografia desse nível, é melhor ficar por lá comendo salsichas.
Ali Hassan Ayache
Fico realmente estranhado com muitas coisas desta critica. A primeira é que um senhor que se diz diplomado em geografia quera fazer uma critica de um bale, uma opera ou um concerto. O unico direito que tem e expresar a sua opiniao que eu respeito a pesar que a frase final do seu comentario est muito longe de ter o respeito que esses artistas merecem. Na verdad, acho que nao entendeu NADA da proposta do Scholtz e seria melhor buscar dentro de sim mesmo a sensibilidade que segurmante perdeu em algum cato da sua geografia
ResponderExcluirInazio Rodriguez ignace22@hotmail.es
Paula Calil paulacalil1960@yahoo.com.br
ResponderExcluirRidiculo seu comentario!!!!!! A peça é linda, perfeita! E se nao teve orquestra ao vivo, pergunte à organizaçao do teatro municipal o porque!! Quase nao vieram ao Brasil por isso!!! Passar bem! Paula