DIVULGAÇÃO- "REQUIEM" DE VERDI NO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO.
Orquestra Sinfônica Municipal, Coral Lírico e Coral Paulistano, com regência de Abel Rocha.
Solistas
- Carmen Giannattasio (soprano)
- Tiziana Carraro (meiossoprano)
- Cristiano Cremonini (tenor)
- Riccardo Ferrari (baixo)
MESSA DA REQUIEM
Sérgio Casoy
Num domingo de janeiro de 1873, saindo da Igreja de San Fedele em Milão após a missa, Alessandro Manzoni tropeçou nas escadarias e machucou gravemente a cabeça. Embora lutasse bravamente, seu corpo de 88 anos, cansado, não resistiu aos ferimentos e ele faleceu a 22 de maio de 1873. A notícia da morte de Manzoni causou grande comoção entre os italianos, que o consideravam um patriarca. Libertário e patriota de atitudes moderadas, tão católico quanto anticlerical, foi o maior dos ícones do movimento de unificação italiana, o Risorgimento, a cujo serviço colocou sua pena de grande literato. Seu romance I Promessi Sposi – o livro mais lido da literatura italiana –, publicado em 1827, foi compreendido pelos milaneses como uma metáfora política contra a opressão e a tirania.
Verdi, que o idolatrava, ficou abalado com a notícia de sua morte. Isolou-se, não foi aos funerais. Dez dias depois, discretamente, veio a Milão prestar sua homenagem ao grande desaparecido. Acompanhado pela Condessa Clarina Maffei e pelo editor Giulio Ricordi, amigos de longa data, Verdi permaneceu meditando por muito tempo ao lado da sepultura. Ao sair do cemitério, tinha decidido homenagear Manzoni compondo uma Messa da Réquiem.
De seu apartamento no Grand Hotel de Milão, Verdi escreveu a Ricordi sobre o projeto. Desejava estrear a Messa no primeiro aniversário da morte de Manzoni. Tendo idealizado uma obra de grandes proporções, com quatro solistas e uma massa orquestral e coral de tamanho considerável, Verdi pedia a seu editor que consultasse o prefeito de Milão acerca da possibilidade do município cobrir os cachês dos músicos, enquanto ele próprio pagaria as cópias das partituras e conduziria a orquestra e o coro na estreia. O prefeito concordou, e a data foi fixada para 22 de maio de 1874, exatamente um ano depois da morte de Manzoni, na Igreja de San Marco de Milão.
Verdi completara sessenta anos. Às glórias passadas, somava-se o eco dos aplausos da recente Aída, e, após a composição do Réquiem, o futuro lhe reservava ainda os encontros com Otello e Falstaff. Embora agora compusesse menos e com menor velocidade, Verdi continuava muito ativo, viajando com frequência para supervisionar produções de suas óperas.
Em junho de 1873, o casal Verdi foi passar o verão em Paris, onde o compositor iniciou a partitura da Messa, nela trabalhando diariamente durante os três meses em que lá permaneceu. Em setembro, de volta à tranquilidade de seus campos em Santa Ágata, Verdi dedicou-se à obra durante todo o outono e inverno. Completou a composição no início de março de 1874, mas mesmo antes de terminá-la, como de costume, já estava cuidando minuciosamente de todos os detalhes da estreia, com a mesma concentração que, há mais de trinta anos, dedicava às produções de suas óperas.
Verdi conhecia muito bem os meandros de sua profissão. Embora se tratasse de obra de caráter religioso, ele sabia muito bem como o sucesso inicial de uma nova composição poderia assegurar a durabilidade de sua trajetória. Utilizando-se das forças do Teatro Alla Scala, reuniu uma orquestra de 100 instrumentos, dez a mais do que tinha utilizado na estreia milanesa de Aída. O coro era igual: 120 cantores. Imaginem o efeito sonoro obtido por esse conjunto na Igreja de San Marco.
Os solistas estavam entre os melhores da cena lírica italiana de então. Ao lado do importante baixo Ormondo Maini, o tenor contratado foi Giuseppe Capponi, intérprete de Radames na recente e bem-sucedida produção da Aída em Parma dirigida pelo próprio autor. As vozes femininas foram exatamente as mesmas da estreia de Aída no Teatro Alla Scala: o soprano Teresa Stoltz e o meiossoprano Maria Waldmann.
Mais precavido ainda do que de costume, Verdi só entregou as partes musicais dos solistas no momento em que eles chegaram para os primeiros ensaios de piano. Assim, pode explicar com detalhes suas intenções e evitar que os cantores introduzissem distorções. Verdi ensaiou pessoalmente cada um dos solistas à exaustão.
A estreia, com toda a carga de emoção causada pela junção dos nomes de Manzoni e Verdi ao sabor daquela música magnífica, foi presenciada por altos dignitários italianos e estrangeiros que vieram especialmente para a ocasião. Três dias depois, Verdi retomou a batuta e conduziu a Messa de Réquiem no Teatro Alla Scala.
Muito se discutiu – coisa que hoje, realmente, não tem a mínima importância – se a música criada por Verdi para a Missa tinha caráter religioso ou operístico. Enquanto alguns se apaixonavam imediatamente pelo Réquiem, outros consideravam sua música exageradamente teatral. E realmente, enquanto missas de outros compositores podem ter seus trechos utilizados para a celebração da cerimônia da missa na igreja, a obra de Verdi, una e indivisível, funciona sempre melhor como um oratório executado num palco.
O maestro alemão Hans Von Bülow, que estava em Milão naquela temporada, chegou a chamá-la de “a última ópera de Verdi, em vestes eclesiásticas”. Como era antiverdiano convicto, não precisou assistir à Messa para não gostar dela. Perdendo uma ótima oportunidade de ficar calado, fez publicar, na véspera da estreia, um aviso dizendo que não estaria presente, porque Verdi, “corruptor onipotente do gosto artístico italiano iria tentar, com sua ambição, varrer o remanescente da imortalidade de Rossini”, o que levou Brahms a comentar que “desta vez, Von Bülow fez de bobo a si mesmo”.
Em defesa de Verdi, Filippo Filippi, crítico do jornal Perseveranza, escreveu um artigo no qual interpretava com clareza a religiosidade implícita na Messa: “O fator distintivo que colocará o Réquiem de Verdi em um lugar à parte na história da arte é seu caráter totalmente individual, sobretudo por ter feito uma produção não mais mística, mas humana, dramática, que vai direto ao coração, que se acomoda tão bem às volutas escuras e misteriosas do templo como ao ambiente fulgurante do teatro. Se no Réquiem de Mozart domina o patético, no de Cherubini a religiosidade severa, no de Berlioz a terribilidade, existe, no de Verdi, a dor e a emoção”.
Dezoito anos depois da estréia, Von Bülow ouviu a Messa e chorou de emoção. Talvez tivesse sido de vergonha por ter dito bobagem. Quando parou de chorar, escreveu uma carta contrita ao compositor italiano implorando seu perdão. A resposta de Verdi não poderia ter sido mais característica: “Se suas opiniões de antes são diferentes das de hoje, você fez muito bem em manifestá-las. E de resto, quem sabe… talvez você tivesse razão!” E nunca mais voltou ao assunto.
Abel Rocha – regente
Diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal, Abel Rocha é um especialista em ópera cuja dedicação a este gênero não o afastou de outras formas do fazer musical. Pelo contrário: sua posição de destaque no cenário brasileiro se deve justamente a uma atuação versátil e diversificada, assinando a direção musical de diferentes espetáculos cênicos, tais como balés e peças de teatro, além de uma marcante passagem pela música popular, em diversos shows e musicais.
Foi o responsável pela regência e direção musical de diversos títulos dos mais importantes compositores de ópera, do barroco de Monteverdi à modernidade de Schönberg e Debussy , passando por Händel, Mozart , Rossini, Donizetti, Verdi, Bizet e Puccini, entre outros, tendo realizado ainda a estreia mundial de títulos brasileiros como Anjo Negro, de João Guilherme Ripper, e A tempestade ,de Ronaldo Miranda.
Entre 2004 e 2009, teve atuação marcante como diretor artístico e regente titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, onde empreendeu um profundo trabalho de reestruturação artística e administrativa.
Em sua atividade como regente orquestral, Abel Rocha vem conduzindo programas sinfônicos, à frente das mais importantes orquestras brasileiras, tais como a Sinfônica Brasileira (OSB), Sinfônica de Porto Alegre, Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (Brasília), Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), entre outras. Paralelamente a seus compromissos, desde 1983 dirige o coral Collegium Musicum de São Paulo.
Além da carreira artística, Abel Rocha é também prestigiado por sua atuação pedagógica, sendo um dos mais requisitados professores de regência do país. Foi professor e regente em diversos festivais de música, e atualmente é professor de regência do Instituto de Artes da Unesp.
Formado pela Unesp, realizou especialização em regência de ópera na Robert-Schumann Musikhochschule de Düsseldorf, Alemanha, tendo posteriormente obtido seu doutorado pela Unicamp. Durante os anos de formação, foi orientado por Hans Kast, Roberto Schnorrenberg e Eleazar de Carvalho.
Orquestra Sinfônica Municipal
A trajetória da Orquestra Sinfônica Municipal confunde-se com a história da cidade de São Paulo. O início como Sociedade de Concertos Sinfônicos ocorreu em 1921, apenas 10 anos após a inauguração do Theatro Municipal de São Paulo, mas o conjunto somente foi oficializado em 1939. A partir daquele ano, a OSM passou a desenvolver um programa regular de atividades, incluindo concertos sinfônicos, espetáculos de balé e célebres temporadas líricas.
Nos mais de 80 anos de atividade, a Orquestra Sinfônica Municipal já se apresentou sob a regência de maestros internacionais como Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett, Kurt Masur, e de maestros nacionais como Armando Belardi, Camargo Guarnieri, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Magnani. Vários compositores regeram suas obras ao lado da Orquestra, como por exemplo Francisco Mignone, Villa-Lobos e Penderecki. Solistas de renome como Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette, Salvatore Accardo e Rugiero Ricci participaram repetidas vezes dos concertos da OSM.
SERVIÇO
Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/n°
Bilheteria: 11.3397-0327
http://www.teatromunicipal.sp.gov.br/
Dias 29 de outubro, sábado, às 21h., e 30 de outubro, domingo, às 17h.
Ingressos: R$ 50,00, R$ 30,00 e R$ 15,00
Funcionamento da Bilheteria: 2ª a 6ª, das 10h às 19h, ou até o início do espetáculo. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, ou até o início do espetáculo.
Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br/prefeitura e 11.4003.2050
Classificação etária: livre, recomenda-se a partir dos sete anos
Ar Condicionado – Acesso para portadores de necessidades especiais – Café
Fonte: http://www.movimento.com/
Solistas
- Carmen Giannattasio (soprano)
- Tiziana Carraro (meiossoprano)
- Cristiano Cremonini (tenor)
- Riccardo Ferrari (baixo)
MESSA DA REQUIEM
Sérgio Casoy
Num domingo de janeiro de 1873, saindo da Igreja de San Fedele em Milão após a missa, Alessandro Manzoni tropeçou nas escadarias e machucou gravemente a cabeça. Embora lutasse bravamente, seu corpo de 88 anos, cansado, não resistiu aos ferimentos e ele faleceu a 22 de maio de 1873. A notícia da morte de Manzoni causou grande comoção entre os italianos, que o consideravam um patriarca. Libertário e patriota de atitudes moderadas, tão católico quanto anticlerical, foi o maior dos ícones do movimento de unificação italiana, o Risorgimento, a cujo serviço colocou sua pena de grande literato. Seu romance I Promessi Sposi – o livro mais lido da literatura italiana –, publicado em 1827, foi compreendido pelos milaneses como uma metáfora política contra a opressão e a tirania.
Verdi, que o idolatrava, ficou abalado com a notícia de sua morte. Isolou-se, não foi aos funerais. Dez dias depois, discretamente, veio a Milão prestar sua homenagem ao grande desaparecido. Acompanhado pela Condessa Clarina Maffei e pelo editor Giulio Ricordi, amigos de longa data, Verdi permaneceu meditando por muito tempo ao lado da sepultura. Ao sair do cemitério, tinha decidido homenagear Manzoni compondo uma Messa da Réquiem.
De seu apartamento no Grand Hotel de Milão, Verdi escreveu a Ricordi sobre o projeto. Desejava estrear a Messa no primeiro aniversário da morte de Manzoni. Tendo idealizado uma obra de grandes proporções, com quatro solistas e uma massa orquestral e coral de tamanho considerável, Verdi pedia a seu editor que consultasse o prefeito de Milão acerca da possibilidade do município cobrir os cachês dos músicos, enquanto ele próprio pagaria as cópias das partituras e conduziria a orquestra e o coro na estreia. O prefeito concordou, e a data foi fixada para 22 de maio de 1874, exatamente um ano depois da morte de Manzoni, na Igreja de San Marco de Milão.
Verdi completara sessenta anos. Às glórias passadas, somava-se o eco dos aplausos da recente Aída, e, após a composição do Réquiem, o futuro lhe reservava ainda os encontros com Otello e Falstaff. Embora agora compusesse menos e com menor velocidade, Verdi continuava muito ativo, viajando com frequência para supervisionar produções de suas óperas.
Em junho de 1873, o casal Verdi foi passar o verão em Paris, onde o compositor iniciou a partitura da Messa, nela trabalhando diariamente durante os três meses em que lá permaneceu. Em setembro, de volta à tranquilidade de seus campos em Santa Ágata, Verdi dedicou-se à obra durante todo o outono e inverno. Completou a composição no início de março de 1874, mas mesmo antes de terminá-la, como de costume, já estava cuidando minuciosamente de todos os detalhes da estreia, com a mesma concentração que, há mais de trinta anos, dedicava às produções de suas óperas.
Verdi conhecia muito bem os meandros de sua profissão. Embora se tratasse de obra de caráter religioso, ele sabia muito bem como o sucesso inicial de uma nova composição poderia assegurar a durabilidade de sua trajetória. Utilizando-se das forças do Teatro Alla Scala, reuniu uma orquestra de 100 instrumentos, dez a mais do que tinha utilizado na estreia milanesa de Aída. O coro era igual: 120 cantores. Imaginem o efeito sonoro obtido por esse conjunto na Igreja de San Marco.
Os solistas estavam entre os melhores da cena lírica italiana de então. Ao lado do importante baixo Ormondo Maini, o tenor contratado foi Giuseppe Capponi, intérprete de Radames na recente e bem-sucedida produção da Aída em Parma dirigida pelo próprio autor. As vozes femininas foram exatamente as mesmas da estreia de Aída no Teatro Alla Scala: o soprano Teresa Stoltz e o meiossoprano Maria Waldmann.
Mais precavido ainda do que de costume, Verdi só entregou as partes musicais dos solistas no momento em que eles chegaram para os primeiros ensaios de piano. Assim, pode explicar com detalhes suas intenções e evitar que os cantores introduzissem distorções. Verdi ensaiou pessoalmente cada um dos solistas à exaustão.
A estreia, com toda a carga de emoção causada pela junção dos nomes de Manzoni e Verdi ao sabor daquela música magnífica, foi presenciada por altos dignitários italianos e estrangeiros que vieram especialmente para a ocasião. Três dias depois, Verdi retomou a batuta e conduziu a Messa de Réquiem no Teatro Alla Scala.
Muito se discutiu – coisa que hoje, realmente, não tem a mínima importância – se a música criada por Verdi para a Missa tinha caráter religioso ou operístico. Enquanto alguns se apaixonavam imediatamente pelo Réquiem, outros consideravam sua música exageradamente teatral. E realmente, enquanto missas de outros compositores podem ter seus trechos utilizados para a celebração da cerimônia da missa na igreja, a obra de Verdi, una e indivisível, funciona sempre melhor como um oratório executado num palco.
O maestro alemão Hans Von Bülow, que estava em Milão naquela temporada, chegou a chamá-la de “a última ópera de Verdi, em vestes eclesiásticas”. Como era antiverdiano convicto, não precisou assistir à Messa para não gostar dela. Perdendo uma ótima oportunidade de ficar calado, fez publicar, na véspera da estreia, um aviso dizendo que não estaria presente, porque Verdi, “corruptor onipotente do gosto artístico italiano iria tentar, com sua ambição, varrer o remanescente da imortalidade de Rossini”, o que levou Brahms a comentar que “desta vez, Von Bülow fez de bobo a si mesmo”.
Em defesa de Verdi, Filippo Filippi, crítico do jornal Perseveranza, escreveu um artigo no qual interpretava com clareza a religiosidade implícita na Messa: “O fator distintivo que colocará o Réquiem de Verdi em um lugar à parte na história da arte é seu caráter totalmente individual, sobretudo por ter feito uma produção não mais mística, mas humana, dramática, que vai direto ao coração, que se acomoda tão bem às volutas escuras e misteriosas do templo como ao ambiente fulgurante do teatro. Se no Réquiem de Mozart domina o patético, no de Cherubini a religiosidade severa, no de Berlioz a terribilidade, existe, no de Verdi, a dor e a emoção”.
Dezoito anos depois da estréia, Von Bülow ouviu a Messa e chorou de emoção. Talvez tivesse sido de vergonha por ter dito bobagem. Quando parou de chorar, escreveu uma carta contrita ao compositor italiano implorando seu perdão. A resposta de Verdi não poderia ter sido mais característica: “Se suas opiniões de antes são diferentes das de hoje, você fez muito bem em manifestá-las. E de resto, quem sabe… talvez você tivesse razão!” E nunca mais voltou ao assunto.
Abel Rocha – regente
Diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal, Abel Rocha é um especialista em ópera cuja dedicação a este gênero não o afastou de outras formas do fazer musical. Pelo contrário: sua posição de destaque no cenário brasileiro se deve justamente a uma atuação versátil e diversificada, assinando a direção musical de diferentes espetáculos cênicos, tais como balés e peças de teatro, além de uma marcante passagem pela música popular, em diversos shows e musicais.
Foi o responsável pela regência e direção musical de diversos títulos dos mais importantes compositores de ópera, do barroco de Monteverdi à modernidade de Schönberg e Debussy , passando por Händel, Mozart , Rossini, Donizetti, Verdi, Bizet e Puccini, entre outros, tendo realizado ainda a estreia mundial de títulos brasileiros como Anjo Negro, de João Guilherme Ripper, e A tempestade ,de Ronaldo Miranda.
Entre 2004 e 2009, teve atuação marcante como diretor artístico e regente titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, onde empreendeu um profundo trabalho de reestruturação artística e administrativa.
Em sua atividade como regente orquestral, Abel Rocha vem conduzindo programas sinfônicos, à frente das mais importantes orquestras brasileiras, tais como a Sinfônica Brasileira (OSB), Sinfônica de Porto Alegre, Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro (Brasília), Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), entre outras. Paralelamente a seus compromissos, desde 1983 dirige o coral Collegium Musicum de São Paulo.
Além da carreira artística, Abel Rocha é também prestigiado por sua atuação pedagógica, sendo um dos mais requisitados professores de regência do país. Foi professor e regente em diversos festivais de música, e atualmente é professor de regência do Instituto de Artes da Unesp.
Formado pela Unesp, realizou especialização em regência de ópera na Robert-Schumann Musikhochschule de Düsseldorf, Alemanha, tendo posteriormente obtido seu doutorado pela Unicamp. Durante os anos de formação, foi orientado por Hans Kast, Roberto Schnorrenberg e Eleazar de Carvalho.
Orquestra Sinfônica Municipal
A trajetória da Orquestra Sinfônica Municipal confunde-se com a história da cidade de São Paulo. O início como Sociedade de Concertos Sinfônicos ocorreu em 1921, apenas 10 anos após a inauguração do Theatro Municipal de São Paulo, mas o conjunto somente foi oficializado em 1939. A partir daquele ano, a OSM passou a desenvolver um programa regular de atividades, incluindo concertos sinfônicos, espetáculos de balé e célebres temporadas líricas.
Nos mais de 80 anos de atividade, a Orquestra Sinfônica Municipal já se apresentou sob a regência de maestros internacionais como Rostropovich, Ernest Bour, Maurice Leroux, Dietfried Bernett, Kurt Masur, e de maestros nacionais como Armando Belardi, Camargo Guarnieri, Edoardo de Guarnieri, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Sergio Magnani. Vários compositores regeram suas obras ao lado da Orquestra, como por exemplo Francisco Mignone, Villa-Lobos e Penderecki. Solistas de renome como Tagliaferro, Guiomar Novaes, Yara Bernette, Salvatore Accardo e Rugiero Ricci participaram repetidas vezes dos concertos da OSM.
SERVIÇO
Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/n°
Bilheteria: 11.3397-0327
http://www.teatromunicipal.sp.gov.br/
Dias 29 de outubro, sábado, às 21h., e 30 de outubro, domingo, às 17h.
Ingressos: R$ 50,00, R$ 30,00 e R$ 15,00
Funcionamento da Bilheteria: 2ª a 6ª, das 10h às 19h, ou até o início do espetáculo. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, ou até o início do espetáculo.
Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br/prefeitura e 11.4003.2050
Classificação etária: livre, recomenda-se a partir dos sete anos
Ar Condicionado – Acesso para portadores de necessidades especiais – Café
Fonte: http://www.movimento.com/
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