DIVULGAÇÃO
X FESTIVAL DE ÓPERA DO THATRO DA PAZ/BELÉM -PARÁ.
Chega à décima edição com convicção de que o primeiro norte será devidamente retomado: exigência da qualidade acima de tudo.
10 anos depois…
Quando, em 2002, o Secretário de Cultura Paulo Chaves tomou a decisão, depois de passados mais de um século da história do Theatro da Paz, de promover um grande e inesquecível revival, retomando as temporadas líricas em nossa cidade, tive de pronto uma certeza: ninguém ousaria interromper um evento cultural de tamanha envergadura, mesmo que o leme da política alterasse seu curso.
Tal qual em 2002 – ocasião em que os ensaios se misturavam às últimas marteladas, ao odor nocivo das tintas e zumbidos de perfuradoras, no final do grande restauro ocorrido naquela época –, agora, caprichosamente, como que voltamos no tempo. De novo, toda a imensa troupe necessária para construir um espetáculo operístico, além de precisar deslocar os ensaios preliminares para os mais diversos cantos desta cidade, também teve de vencer as dificuldades, não as do esplêndido restauro de 2002, mas as impostas pelas obras atuais, que salvaram da ação destrutiva dos cupins o nosso maior patrimônio, o Theatro da Paz, vítima da incúria dos que dele cuidaram em passado recente.
A eleita para abertura do Festival 2011, a Tosca de Giacomo Puccini, teve sua estreia em 1900. A escolha não foi minha e sim do próprio Secretário ao visualizar o tema sempre atual dessa obra que, independentemente da trama romântica, possui um fundo político – com tortura para obter confissões delatoras e ideológicas, um julgamento sumário e sem direito de defesa –, culminando com fuzilamento covarde e pusilânime. Com esses e outros elementos dramáticos impactantes, Puccini, o maior gênio teatral italiano junto com Verdi, imprime à sua partitura uma tensão de tirar o fôlego.
A obra de encerramento, Carmina Burana de Carl Orff, estreada em 1937, é um desafio a que nos lançamos neste nosso encontro lírico de 2011. Escrita como cantata cênica, tornou-se célebre na sua versão de concerto e, ao executá-la na forma teatral, entramos no delicado terreno da aventura e da ousadia de dar vida a textos compostos por trovadores, monges lúbricos desgarrados, bêbados e vagabundos de toda espécie que cantam, poética e livremente, as mutações que envolvem a natureza e a interação que esta provoca nos homens. Outros espetáculos, entre eles “A Dança na Ópera”, inédito em nossa capital, aprofundam o nosso desejo de vencer desafios.
O mais importante de tudo para nós, entretanto, está no incentivo e no investimento que fazemos nos artistas paraenses que, neste festival, representam mais de 90% das forças atuantes no trabalho geral, entre eles, músicos, coristas, bailarinos, coreógrafos, cenógrafos, iluminadores, visagistas, figurinistas, atores e tantos outros que nos fazem acreditar no talento e na fé daqueles que, por meio da cultura, constroem um Pará melhor.
Gilberto Chaves - Coordenador Geral
PROGRAMAÇÃO
- Tosca, de Giacomo Puccini
Theatro da Paz – dias 08,10 e 12 de novembro, às 20h.
- Palestra: Sérgio Casoy fala sobre PucciniMinistrada pelo especialista em ópera Sérgio Casoy
Theatro da Paz – dia 09 de novembro, às 19h.
- A dança na ópera
Theatro da Paz - dias 16 e 17 de novembro, às 20h.
- Master Class de Técnica VocalMinistrada pela soprano Laura de Souza
Theatro da Paz – dia 21 de novembro, às 16h.
- Recital lírico
Teatro Maria Sylvia Nunes – dia 22 de novembro, às 20h.
- Oficina de figurinoMinistrada pela figurinista Elena Toscano
Theatro da Paz – dia 23 de novembro, às 16h.
- Recital operístico
Igreja de Santo Alexandre – dia 23 de novembro, às 20h.
- Árias e canções
Igreja de Santo Alexandre – dia 24 de novembro, às 18h.
- Oficina de iluminação cênicaMinistrada pelo iluminador Lucas Gonçalves
Theatro da Paz – dia 25 de novembro, às 16h.
- Carmina Burana, de Carl Orff
Theatro da Paz – dias 26, 27 e 29 de novembro, às 20h.
- Concerto de encerramento
Theatro da Paz – dia 03 de dezembro, às 20h.
Fonte: http://www.movimento.com/
Chega à décima edição com convicção de que o primeiro norte será devidamente retomado: exigência da qualidade acima de tudo.
10 anos depois…
Quando, em 2002, o Secretário de Cultura Paulo Chaves tomou a decisão, depois de passados mais de um século da história do Theatro da Paz, de promover um grande e inesquecível revival, retomando as temporadas líricas em nossa cidade, tive de pronto uma certeza: ninguém ousaria interromper um evento cultural de tamanha envergadura, mesmo que o leme da política alterasse seu curso.
Tal qual em 2002 – ocasião em que os ensaios se misturavam às últimas marteladas, ao odor nocivo das tintas e zumbidos de perfuradoras, no final do grande restauro ocorrido naquela época –, agora, caprichosamente, como que voltamos no tempo. De novo, toda a imensa troupe necessária para construir um espetáculo operístico, além de precisar deslocar os ensaios preliminares para os mais diversos cantos desta cidade, também teve de vencer as dificuldades, não as do esplêndido restauro de 2002, mas as impostas pelas obras atuais, que salvaram da ação destrutiva dos cupins o nosso maior patrimônio, o Theatro da Paz, vítima da incúria dos que dele cuidaram em passado recente.
A eleita para abertura do Festival 2011, a Tosca de Giacomo Puccini, teve sua estreia em 1900. A escolha não foi minha e sim do próprio Secretário ao visualizar o tema sempre atual dessa obra que, independentemente da trama romântica, possui um fundo político – com tortura para obter confissões delatoras e ideológicas, um julgamento sumário e sem direito de defesa –, culminando com fuzilamento covarde e pusilânime. Com esses e outros elementos dramáticos impactantes, Puccini, o maior gênio teatral italiano junto com Verdi, imprime à sua partitura uma tensão de tirar o fôlego.
A obra de encerramento, Carmina Burana de Carl Orff, estreada em 1937, é um desafio a que nos lançamos neste nosso encontro lírico de 2011. Escrita como cantata cênica, tornou-se célebre na sua versão de concerto e, ao executá-la na forma teatral, entramos no delicado terreno da aventura e da ousadia de dar vida a textos compostos por trovadores, monges lúbricos desgarrados, bêbados e vagabundos de toda espécie que cantam, poética e livremente, as mutações que envolvem a natureza e a interação que esta provoca nos homens. Outros espetáculos, entre eles “A Dança na Ópera”, inédito em nossa capital, aprofundam o nosso desejo de vencer desafios.
O mais importante de tudo para nós, entretanto, está no incentivo e no investimento que fazemos nos artistas paraenses que, neste festival, representam mais de 90% das forças atuantes no trabalho geral, entre eles, músicos, coristas, bailarinos, coreógrafos, cenógrafos, iluminadores, visagistas, figurinistas, atores e tantos outros que nos fazem acreditar no talento e na fé daqueles que, por meio da cultura, constroem um Pará melhor.
Gilberto Chaves - Coordenador Geral
PROGRAMAÇÃO
- Tosca, de Giacomo Puccini
Theatro da Paz – dias 08,10 e 12 de novembro, às 20h.
- Palestra: Sérgio Casoy fala sobre PucciniMinistrada pelo especialista em ópera Sérgio Casoy
Theatro da Paz – dia 09 de novembro, às 19h.
- A dança na ópera
Theatro da Paz - dias 16 e 17 de novembro, às 20h.
- Master Class de Técnica VocalMinistrada pela soprano Laura de Souza
Theatro da Paz – dia 21 de novembro, às 16h.
- Recital lírico
Teatro Maria Sylvia Nunes – dia 22 de novembro, às 20h.
- Oficina de figurinoMinistrada pela figurinista Elena Toscano
Theatro da Paz – dia 23 de novembro, às 16h.
- Recital operístico
Igreja de Santo Alexandre – dia 23 de novembro, às 20h.
- Árias e canções
Igreja de Santo Alexandre – dia 24 de novembro, às 18h.
- Oficina de iluminação cênicaMinistrada pelo iluminador Lucas Gonçalves
Theatro da Paz – dia 25 de novembro, às 16h.
- Carmina Burana, de Carl Orff
Theatro da Paz – dias 26, 27 e 29 de novembro, às 20h.
- Concerto de encerramento
Theatro da Paz – dia 03 de dezembro, às 20h.
Fonte: http://www.movimento.com/
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