Ópera, música clássica e balé se faz ao vivo.
As novas tecnologias possibilitam o infinito. Temos um arsenal de maneiras para apreciar óperas, balés e música clássica. Podemos baixar pela internet, temos o DVD e mais recentemente o BLU-RAY . Existe no mercado uma infinidade de títulos , muitos deles raros à nossa disposição. Os selos internacionais já começam a lançar ópera em três dimensões, o primeiro título é a Carmen de Bizet .
O mundo é feito de modismos, a última moda é assistir a espetáculos de óperas e balés no cinema. Começou com gravações e agora temos transmissões diretas e em tempo real das récitas. O percussor foi o Metropolitan Opera House de Nova Iorque, em crise financeira, achou uma saída para se capitalizar. O Bolshoi segue o mesmo passo e vai transmitir para o Brasil o balé O Quebra Nozes .
Nessas apresentações temos imagem e som digital, chega tudo perfeito. Nos vídeos existe a possibilidade de manipular o som , um cantor com voz pequena vira um grande tenor, soltando dós de peito intermináveis. Um soprano convencional solta agudos estratosféricos. Muitas produções atuais são encenadas pensando na gravação do vídeo. Antigamente tínhamos cantores de ópera, hoje temos artistas, exige-se deles o tipo físico do personagem. Todos estão entrando em forma.
Concordo que as infinitas possibilidades das novas tecnologias agregam público e possibilitam conhecer obras que sequer imaginávamos que existiam. A realidade é uma só, nada substitui a emoção e a sensação máxima do espetáculo ao vivo. Ópera, música clássica e balé se aprendem e se apreciam ao vivo, em teatro fechado e sem microfones.
Podem inventar soluções mirabolantes, mas nada supera a récita em um teatro. As infinitas possibilidades que existem e a qualidade única da música nos leva a essa singela conclusão.
Ali Hassan Ayache
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