BALLET JOVEM PALÁCIO DAS ARTES APRESENTA "GOLDBERG"

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O Ballet Jovem Palácio das Artes, um dos grupos jovens da Fundação Clóvis Salgado, estreia sua nova montagem, Goldberg. Além da nova coreografia, os vinte e dois bailarinos reapresentam Iungo, que ficou em cartaz pela primeira vez em 2008; e Sostenuto, de 2010.
Com concepção e coreografia de Tíndaro Silvano, esta nova criação leva ao palco as “Variações de “Goldberg”, composição de Johann Sebastian Bach, de 1741, em versão em ritmo de jazz executada por Jacques Loussier Trio.
Considerado um dos mais importantes exemplos da forma variação, a composição foi criada para que o Conde Hermann Karl Von Keyserling tivesse algumas obras para piano de caráter suave, mas ao mesmo tempo vigoroso, e pudesse ser consolado por elas em suas noites de insônia. O jovem e talentoso Johann Gottlieb Goldberg (que recebeu a partitura da obra aos 14 anos de idade) era o músico que, diariamente, executava as canções para o Conde e teve as variações dedicadas a ele posteriormente.
No palco, uma coreografia “que demonstra um ambiente nervoso, inquieto, no qual a sensação de incômodo provocada pela insônia serve de inspiração para a criação da ambiência cênica e para a movimentação apresentada”, afirma o coreógrafo Tíndaro Silvano.
A ideia da inquietude e do piano, que é tocado incessantemente durante a noite, fica exposta durante todo o espetáculo. Há uma tensão, percebida claramente nos movimentos, durante todo o tempo. A angústia de não conseguir dormir caminha ao lado da música, que se inicia suave, passa por um agitamento e acalma-se novamente.
O cenário de “Goldberg” traz de volta ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes partes da arquitetura criada por André Cortez, em 2008, para a ópera Pelléas e Mélisande. A diretora do Grupo, Andréa Maia, conta que a cenografia foi escolhida durante uma visita ao Centro Técnico de Produção da Fundação Clóvis Salgado. “Quando vimos o cenário, achamos que casaria bem com a proposta da coreografia e criaria o ambiente perfeito para compor a montagem”, afirma.
O figurino, criado por Patrícia Caldeira, vai do azul e do roxo, em referência ao céu escuro da noite, chegando ao branco, que representa o amanhecer. “Optamos por utilizar cores que nos remetem imediatamente à noite sem a obviedade do preto, no entanto. O azul turquesa cumpriu esse papel perfeitamente”, afirma a figurinista. “Os bailarinos ainda utilizarão, em boa parte do espetáculo, luvas com dedos prolongados, que dão a ideia do sonambulismo e também dos dedos do músico que toca o piano incansavelmente”, completa. Já na iluminação de Ricardo Cavalcanti, prevalece uma luz fria, com tons suaves.
Os bailarinos da companhia contaram, ainda, durante um mês, com aulas preparatórias de técnica clássica da maitre de dança do Grupo Corpo e do 1º Ato, Bettina Bellomo. Diretora de Ensino e Extensão da Fundação Clóvis Salgado, Patrícia Avellar Zol afirma que “o trabalho de Bettina causa importante impacto no desenvolvimento da dança contemporânea. O mesmo critério estabelecido em sua carreira de bailarina é exigido em suas classes: o domínio da técnica em sua forma mais pura”.

SERVIÇO

Grande Teatro do Palácio das Artes
Dias 12.11, às 21h. e 13.11, às 19h.
Ingressos: R$ 10,oo (inteira) / R$ 5,00 (meia)
Informações: (31) 3236-7400 / fcs.mg.gov.br

FONTE: http://www.movimento.com/

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