CONTRATENORES NO CORO DO TMRJ .ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

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Recentemente o Coro do TMRJ realizou uma audição para escolha de três vozes graves femininas para completar o naipe e as vagas foram preenchidas por três excelentes cantoras.


Ocorreu, no entanto, nesse evento um fato raro, não sei se novo, em audições do gênero: apresentaram-se para também serem ouvidos alguns contratenores, os quais cantaram muito bem, segundo declarações de quem os julgou, e não foram efetivados de pronto como membros fixos do coro, mas foram aprovados para futuras apresentações e eventuais contratações definitivas, a exemplo do que ocorre no coro do Palácio das Artes de Belo Horizonte, no qual um contratenor é um importantíssimo elemento de sustentação.

Todos os coros fixos dos grandes teatros, igrejas e associações musicais  de todo o mundo possuem, entre seus naipes, contratenores que, quando necessário,cabível e conveniente, trazem para a sonoridade do coro aspectos apropriados e inseridos no estilo de obras que requerem aquela sonoridade.

Há uma magnífica legião de grandes artistas da música entre contratenores, falsetistas e sopranistas, os quais cultivam uma rara espécie de arte, contribuindo decisivamente  para a conservação e manutenção de gêneros e obras quase perdidos e esquecidos e que são parte importante da trajetória da música.

Em nosso país, onde os preconceitos e as radicalizações são marca registrada, é necessária muita firmeza, coragem e determinação artística na escolha e manutenção de contratenores no lugar de vozes femininas e mesmo masculinas no coro de nosso maior teatro. Mas firmeza, coragem e determinação artística não faltam nem ao diretor artístico Silvio Viegas nem ao “chorus master” Maurílio Costa.

MARCUS GÓES – NOVEMBRO 2011

FONTE: http://www.movimento.com/

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