IGOR STRAVINSKY, A HISTÓRIA DO SOLDADO".

A história do soldado que vendeu sua alma ao diabo, através do único bem que possuía: seu violino.

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Esta obra, composta por Igor Stravinsky sobre texto de G. F. Ramuz, foi estreada em Lausanne em 1918, com um ensemble de apenas sete instrumentistas, tendo o famoso regente Ernest Ansermet na direção musical, além de quatro atores: o Narrador, o Soldado, o Diabo e a Princesa. Esta formação refletia a absoluta economia de meios do pós-guerra, quando os recursos eram extremamente escassos.
A História do Soldado nos fala fundamentalmente da condição humana, apresentando um tema que atravessa gerações e culturas e está sempre presente de uma forma ou de outra, em verdades proverbiais como “o dinheiro não traz felicidade”, “ao tempo ninguém foge” ou “quem tudo quer tudo perde”.
A obra trata da história do Soldado que vende a própria alma, na forma de seu violino, ao Diabo. Ao descobrir a armadilha em que havia caído, ele passa a lutar de todas as formas para reaver seu instrumento.
Resgatando o conteúdo medieval do Dr. Fausto, A História do Soldado nos passa a mensagem de que na vida é possível fazer concessões, desde que sejam periféricas. Se forem vitais, ainda que sigamos vivendo, já teremos perdido a nossa alma, viramos “mortos-vivos”. Ou seja, a dificuldade está em discernir entre o que é dispensável e o que é vital.
Esta remontagem, patrocinada pela CAIXA Cultural e realizada pela Cia. Bachiana Brasileira, foi estreada em 2010 no Centro Cultural Correios. Seu ineditismo no Brasil deve-se não apenas à sua concepção arrojada apresentada em português, mas principalmente ao fato de ser teatralizada com quatro atores, ao invés de apenas um narrador. Serão somente 8 récitas, de quinta a domingo, entre 17 e 27 de maio.

ARTISTAS ENVOLVIDOS

Atores
- Oscar Calixto, Soldado
- Luciana Serpa, Diabo
- Luca Machado, Narrador
- Adriana Bandeira, Princesa
Cenários e Figurinos
- Luiz Duarte

Iluminação

- Luiz Duarte
Camerata Bachiana Brasileira
- Ana Maria Oliveira, violino
- Ricardo Cândido, contrabaixo
- Fernando Silveira, clarineta
- Ariane Petri, fagote
- Wellington Moura, trompete
- Jacques Ghestem, trombone
- Tiago Calderano, percussão
Direção de Produção Cênica
- Luiz Duarte e Luciana Serpa
Dramaturgia e Direção / Encenação
- Luiz Duarte
Direção Geral e Regência- Ricardo Rocha

Luiz Duarte, dramaturgia e direção de encenação
Luiz Duarte é um dos mais premiados criadores brasileiros. Artista multimídia, atua regularmente na produção teatral, cinematográfica, musical e literária. No teatro já realizou 25 montagens de grande expressão, recebendo três prêmios Mambembe por sua dedicação aos palcos. Em 1989, recebeu o prêmio máximo da literatura brasileira – o Prêmio Jabuti. No audiovisual (cinema e TV), possui em seu currículo 391 documentários institucionais, educativos, científicos e ambientais. Tem um roteiro inédito em parceria com Ruy Guerra e Gabriel Garcia Marques.
O seu filme “O Menino e o Poeta” foi indicado a premiação no próximo Los Angeles Brazilian Film Festval (2010). Na música, Luiz foi o idealizador do Movimento do Disco Independente, e produziu, no Rio de Janeiro e em São Paulo, os espetáculos que fundamentaram para a mídia o início da produção independente de música no Brasil. Atualmente está em turnê nacional e internacional com o espetáculo musical “Caetaneando”.
Para a montagem de “A História do Soldado” de Stravinsky, Luiz Duarte retrabalhou todo o texto original de Ramuz e buscou fazer, em sua adaptação dramatúrgica, com que a narrativa pudesse fluir da maneira mais natural e coerente possível para o espectador – sempre com a preocupação de que a “cena teatral” fosse o foco maior da proposta.

Ricardo Rocha, direção musical e regência
Rocha tem marcado a vida musical do Rio de Janeiro com grandes montagens à frente da Cia. Bachiana Brasileira e enorme sucesso de público e crítica. Além dos DVDs “Quadros de uma Alma Brasileira”, com os Choros de Câmera, o Nonetto e o Sexteto Místico de Villa-Lobos, e “Motetos de Bach”, suas gravações contam com mais de 15 concertos para a televisão e diversos para rádio, além de 8 CDs. Fundou e dirige artisticamente a Sociedade Musical Bachiana Brasileira, ganhadora do Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro 2009.
Na Alemanha, criou e dirigiu por 11 anos (1989 a 2000) o ciclo “Brasilianische Musik im Konzert” para a difusão da música sinfônica brasileira. Destaques para a Sinfônica de Bamberg, que dirigiu em turnê com salas lotadas em Munique, Bamberg e Erlangen, gravando para a Rádio da Baviera em 2000, e as Orquestras Filarmônicas da Turíngia, Baden-Baden e Südwestfalen (com esta gravou um CD, lançado no Brasil). Em 2002, foi convidado pela Filarmônica da Turíngia para concertos públicos como um dos seis finalistas de concurso internacional com 256 candidatos.
Na Argentina, foi regente residente na Orquesta Sinfónica Nacional de Cuyo, em Mendoza; no Brasil, regeu como convidado as Orquestras Sinfônica Brasileira, Teatro Municipal de São Paulo, Sinfônica de Minas Gerais, Petrobras Sinfônica e Sinfônica Nacional, tendo sido regente titular das Orquestras Sinfônica da UFMT (Cuiabá) e Escola de Música da UFMG (Belo Horizonte), onde foi Professor de Regência.
Em outubro de 2009, Rocha dirigiu a Orquestra Bachiana Brasileira em duas apresentações, em Hanói e Cingapura, a convite do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil em comemoração ao 50º aniversário do falecimento de Heitor Villa-Lobos.
Rocha é também professor de regência, conferencista e autor do livro “Regência, uma arte complexa” (2004), hoje adotado nas principais escolas de música do país. Possui os títulos de Kapellmeister – o mais alto em Regência na Alemanha -, o de Mestre em Regência pela UFRJ e o de Piano, na E.M. Villa-Lobos. É professor em cursos livres de extensão, como os do Baukurs Cultural e da Pós-Graduação da Faculdade de São Bento.

Cia. Bachiana Brasileira
Corpo artístico da SMBB, a Cia. Bachiana Brasileira configura a expressão de uma atitude cujas consequências estéticas constituem a sua meta e o seu principal diferencial. Desde então, desenvolve projetos com repertório, elenco e tempo de realização definidos para cada produção, buscando, de forma disciplinada e perseverante, uma sonoridade própria na execução da música de concerto, nacional e estrangeira.
O alto padrão de qualidade com que executa do colonial brasileiro e barroco europeu à música contemporânea explica a posição ímpar que a Cia. Bachiana Brasileira ocupa hoje no cenário musical brasileiro, como atestam o jornal O Globo, que em 2007, 2008 e 2011 apontou concertos da Cia. Bachiana Brasileira entre os 10 melhores de cada ano, e o recebimento do 1º Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro 2009.
Em maio de 2011, levou mais de mil pessoas à Igreja da Candelária para a apresentação da Missa em si menor, de J. S. Bach, que também realizou com casa lotada no Teatro Municipal de Niterói. Em outubro, encerrou a XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea estreando no Rio de Janeiro a Missa de São Nicolau, de Almeida Prado, em concerto que foi apontado como um dos 10 melhores do ano pelo jornal O Globo.
Gravações (CDs e DVDs)
Além dos CDs Brasil a Quatro Vozes (1999) e Tributo a Bach (2001), lançou ainda Dois Séculos de MBC – Música Brasileira de Concerto (2004), o CD duplo Painel da Brasilidade na Música de Concerto (2005) e Obras Raras na Música Brasileira de Concerto (2006), com registros escolhidos da série anual Selo Musical do Centro Cultural Correios, voltada para a difusão da música brasileira de todos os tempos.
Em 2007, lançou o DVD Quadros de uma Alma Brasileira, com os Choros de câmara de Villa-Lobos, gravado em apresentação ao vivo na Sala Cecília Meireles.
Em 2008, gravou em CD o Réquiem de Marcos Portugal, em comemoração aos 200 anos da chegada da família real ao Brasil, e o DVD Motetos de Bach, lançados no início de 2009.
Em 2010, gravou, ao vivo, DVD com o Ofício 1816 e a Missa Pastoril para Noite de Natal, de José Maurício Nunes Garcia, lançado em abril de 2011.
Turnê na Ásia
Em outubro de 2009, a orquestra da Cia. Bachiana Brasileira realizou apresentações em Hanói e Cingapura a convite do Ministério das Relações Exteriores, em comemoração 50º aniversário do falecimento de Heitor Villa-Lobos.
Presidente: Thalía Angélica Calcavecchia dos Santos Vianna
Diretor Musical: Ricardo Rocha
Secretaria: Ana Paula Brites / Cleise Silva
Assistente: Marisa Heins
Produção Executiva: Antônio Cerdeira
www.bachiana.com.brbachiana@bachiana.com.br

SERVIÇO

Teatro Nélson Rodrigues
Av. República do Chile, 230 – Centro – Rio
Dias 17, 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de maio de 2012
Horários: de quinta a sábado: 19h.; domingo: 17h.
Ingressos: R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia-entrada)
Fonte:  http://www.movimento.com/

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