"KABBALAH ,DE MARLOS NOBRE , ABRE FESTIVAL EM CARACAS.

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A composição de nosso compositor abre XVIII Festival Latinoamericano de Música de CARACAS.

O XVII Festival Latinoamericano de Música de Caracas, Venezuela, realizará seu concerto inaugural no próximo dia 18 de Maio, às 17 horas, na Sala Simón Bolívar do recém inaugurado Grande Teatro do Centro de Ação Social pela Música (El Sistema) de Caracas, com a Orquestra Sinfônica Juvenil Teresa Carreño, sob a direção do maestro Alfredo Rugeles, em cujo programa de compositores do continente se destaca a apresentação da obra “KABBALAH para Orquestra”, de Marlos Nobre.
Ainda na programação oficial do mesmo Festival, no dia 25 de maio, às 16 horas, no Teatro Teresa Carreño de Caracas, o Ensamble de Música Contemporánea de Caracas apresentará outra obra de Marlos Nobre “MUSICAMERA para Orquestra de Câmera”, sob a direção do regente mexicano Manuel de Elias.
O compositor Marlos Nobre viaja a Caracas como convidado especial do Festival e aproveitará sua estada naquela cidade para ministrar aulas de composição a jovens compositores venezuelanos.
Marlos Nobre enviada 240 Kabbalah, de Marlos Nobre, abre festival em Caracas
Marlos Nobre
A ligação de Marlos Nobre com o mundo musical da Venezuela é intensa desde o início do hoje famoso projeto de Orquestras Infantis e Juvenis criado na década de 70 pelo maestro José Antonio Abreu. Coincidentemente, na mesma época, Marlos Nobre ocupou o cargo de Diretor do Instituto de Música da FUNARTE, criando então o famoso “Projeto Espiral”, que visava, justamente e nos mesmos moldes do projeto venezuelano, ao ensino dos Instrumentos de cordas a jovens carentes em todo o Brasil.
À época, Marlos Nobre fez com o INM/FUNARTE um convênio com o SESI em Fortaleza, Ceará, com a implantação junto a mais de 500 jovens da periferia, filhos de operários, do sistema de ensino da arte de tocar o violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo. Para isso, contou na época com a inestimável colaboração do violinista Alberto Jaffé, que tinha criado um método baseado no sistema Suzuki de ensino de instrumentos de cordas a crianças. O Projeto Espiral logo foi ampliado atingindo Pernambuco, Paraíba, Brasília, Rio Grande do Sul com centros idênticos atingindo então mais de 5.000 crianças e adolescebtes estudando música e instrumentos de cordas em todo o país.
O contato nesta época com José Antonio Abreu, criador do Sistema na Venezuela, foi intenso, resultando inclusive na primeira grande tournée da Orquestra Simón Bolívar pelo Brasil, em 1982.
No Brasil, infelizmente, os futuros diretores do INM/FUNARTE que sucederam Marlos Nobre, optaram por simplesmente destruírem o projeto Espiral em sua base. O Brasil assim perdeu não somente para a Venezuela mas para seu próprio desenvolvimento como nação artisticamente adulta e autônoma, um tempo precioso. Caso o Projeto Espiral tivesse prosseguido nos moldes em que foi criado, hoje o Brasil seria evidentemente uma grande potência de Orquestras Juvenis e Infantis e não mais teríamos de importar músicos de fora, como até hoje acontece como prática em nosso país. Na Venezuela, por exemplo, nenhuma das mais de 3.000 orquestras tem sequer um único músico estrangeiro. Todos são orgulhosamente venezuelanos.
Atualmente vemos assim, a Venezuela alçar-se a uma posição de total liderança na América Latina sendo motivo de espanto e de merecidos louvores em todo o mundo pela qualidade de suas orquestras infantis e juvenis. A maior e melhor delas, a Simon Bolivar Symphony Orchestra é hoje a única orquestra da América Latina a ter um contrato exclusivo com a Deutsche Grammophon na Alemanha. Disto ainda continuamos muito longe. Longe, muito longe de atingirmos tal grau de competência e reconhecimento, apesar de tantos e louváveis iniciativas que começam a despontar em todo o Brasil no âmbito justamente das Orquestras Juvenis e Infantis. Que elas frutifiquem e atinjam o grau de nível profissional almejado por todos nós.
Fonte: http://www.movimento.com/

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