THEATRO SÃO PEDRO COMEMORA OS 80 ANOS DO PIANISTA GILBERTO TINETTI

Concerto no dia 23 de maio celebra o aniversário e a carreira

do grande pianista, professor e divulgador do piano brasileiro





O pianista Gilberto Tinetti é o convidado especial do próximo concerto da Orquestra do Theatro São Pedro, corpo artístico do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura em São Paulo, que acontece na quarta-feira (23), às 20h30, no Theatro São Pedro. A apresentação marca também a estreia do novo diretor artístico do teatro e da orquestra, o maestro Júlio Medaglia, colega de décadas de Tinetti na Rádio Cultura.


Dono de um das mais brilhantes e respeitadas biografias da música clássica brasileira  Tinetti é reconhecido e celebrado pela atuação como concertista, camerista e recitalista; como professor de uma geração de pianistas brasileiros e também como difusor da música para piano com seu programa “Pianíssimo”, há 25 anos no ar na Rádio Cultura FM de São Paulo.



Tinetti nasceu em São Paulo em 6 de abril de 1932 e foi aluno da célebre Magdalena Tagliaferro em Paris. Frequentou os cursos de interpretação de Alfred Cortot. Após vencer o Concurso da Academia Internacional de Verão do Mozarteum de Salzburgo, Áustria, em 1959, alçou carreira internacional e realizou a primeira audição em Paris do Concerto nº 4 para piano e orquestra de Villa-Lobos.


No repertorio do concerto, três obras emblemáticas do repertório clássico: a Abertura-Fantasia "Romeu e Julieta" de Tchaikovsky, a Sinfonia nº 40 de Mozart e o Concerto para piano e orquestra nº 5 "Imperador" de Beethoven.

O espetáculo é o primeiro sob a direção artística do maestro Julio Medaglia, recentemente indicado para a direção artística da casa, à frente da Orquestra do Theatro São Pedro.



SERVIÇO

Concerto comemorativo dos 80 anos do pianista Gilberto Tinetti

23 de maio de 2012, 20h30

Orquestra do Teatro São Pedro

Julio Medaglia, regente

Gilberto Tinetti, piano


Theatro São Pedro

Rua Barra Funda, 171 (esquina com Rua Albuquerque Lins) Barra Funda, São Paulo

T 11 3667.0499 - Metrô Marechal Deodoro (636 lugares)

Ingressos:

R$ 20,00 (desconto de 50% para professores, estudantes e pessoas com mais de 60 anos)




Programa


P. I. TCHAIKOVSKY

Abertura-Fantasia "Romeu e Julieta"


W. A. MOZART

Sinfonia nº 40

allegro molto

andante

menuetto

allegro assai



intervalo


LUDWIG VAN BEETHOVEN

Concerto para piano e orquestra nº 5 "Imperador"

allegro

adagio

rondo-allegro




Gilberto Tinetti, piano

O nome de Gilberto Tinetti ocupa lugar de especial destaque no panorama musical brasileiro: pianista de grande personalidade e reconhecidos méritos, sua carreira multifacetada vem se desenvolvendo por mais de quatro décadas de trabalho intenso e continuado.

Nasceu em 1932, em São Paulo, onde iniciou os estudos com a professora Josephina De Felice, passando a seguir a ser aluno do Prof.Hans Bruch. Mais tarde, já em Paris, estudou com Magdalena Tagliaferro e na Alemanha, com Friedrich Wührer. Frequentou os cursos de interpretação de Alfred Cortot.

Em 1959, venceu o Concurso da Academia Internacional de Verão do Mozarteum de Salzburgo, Áustria. Desde então, tem se apresentado em vários países da Europa, América Latina e Estados Unidos. Realizou a primeira audição em Paris, do Concerto nº 4 para piano e orquestra de Villa-Lobos (1970) e foi convidado para júri do Concurso de Música do Canadá (1977 e 1987).

No Brasil, apresenta-se regularmente como solista das principais orquestras, como recitalista e em concertos de música de câmara, tendo sido considerado pela crítica como um dos melhores cameristas brasileiros.

Com o Trio Brasileiro, formado em 1975 por Tinetti, Lehninger e Clis, gravou 5 LPs e 1 CD para os selos Philips e Eldorado. O CD que gravou com o cellista brasileiro Antonio Meneses foi considerado o melhor lançamento clássico de 1985. Em 2004, foi lançado mais um CD do Trio Brasileiro, desta vez para o selo Lami, dedicado ao repertório brasileiro contemporâneo.

Desde 1961 vem exercendo importante papel na formação de jovens pianistas brasileiros. Foi professor e diretor artístico dos Seminários de Música Pró Arte de São Paulo. De 1980 a 2002, foi professor do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP. Desde 1986, vem apresentando programas dedicados ao repertório pianístico, através da Rádio Cultura FM de São Paulo.

Em 1998, foi-lhe conferido pelo Rotary Clube de São Paulo, o título de "personalidade do ano" em Música. Em 1999 voltou a receber o Prêmio Carlos Gomes, desta vez como pianista do Trio Brasileiro, considerado o "melhor grupo de câmara". Em 2000, atuou na França com o Trio Brasileiro. Em 2002 e 2004, apresentou-se com êxito na Bolívia e na Colômbia, respectivamente.



Júlio Medaglia,  regente
O primeiro contato de Júlio Medaglia com um instrumento foi em casa. Posteriormente participou de uma orquestra de amadores, e conheceu o então oboísta Isaac Karabtchevsky, que o leva para a Escola Livre de Música de São Paulo, criada em 1952 por um dos grandes mentores musicais da época, Hans-Joachim Koellreutter.

No final dos anos 1950, Koellreutter transfere-se para Salvador para montar os Seminários de Música da Universidade da Bahia. Júlio Medaglia o acompanha e lá, se aperfeiçoa em regência, inicialmente coral e depois sinfônica. Em Salvador, é convidado pelo Diretor da Escola Superior de Música da Universidade de Freiburg, Artur Hartmann, para estudar regência na Alemanha. Júlio Medaglia também teve aulas de regência sinfônica em Taormina, com Sir John Barbirolli, um dos mais respeitados maestros do século XX.

Também participa de cursos ministrados por Stockhausen e Boulez durante os festivais de música contemporânea de Darmstadt. Em 1965, forma-se, com distinção, pela Academia de Freiburg, em regência sinfônica.

No final dos anos 1960, retorna ao Brasil e participa da organização dos Festivais da Record. Nessa época, participa de movimentos artísticos de vanguarda. No final de 1967, escreve arranjo para a canção Tropicália, de Caetano Veloso, que marca o início do Tropicalismo.

Nos anos 1980, dirige, por quatro anos, o Teatro Municipal de São Paulo. No início dos anos 1990, assume a direção artística do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e, em seguida, a regência titular da orquestra do Teatro Nacional de Brasília. Na mesma época, dirige o Festival de Inverno de Campos do Jordão e participa em grandes espetáculos cênico-musicais, como: Carmina Burana, de Carl Orff; a ópera Aida, de Verdi; a História do Brasil; e a ópera afro-brasileira Lídia de Oxum, de Lindembergue Cardoso e Ildázio Tavares.

No final da década de 1990, monta uma orquestra filarmônica de nível internacional, em plena floresta amazônica, a Amazonas Filarmônica.

Diretor artístico do Theatro São Pedro e da Filarmônica Vera Cruz, Júlio Medaglia é também ensaísta e colaborador de vários periódicos brasileiros, tem livros publicados como tradutor e autor. Foi também responsável pelo programa "Prelúdio", na TV Cultura.

É membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Paulista de Letras.

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