"GRISELDA" EM FORMA DE CONCERTO NO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. CRÍTICA DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

Mais um triunfo de OSB – Ópera & Repertório.
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A versão em forma de concerto, em primeira audição no Brasil, da ópera GRISELDA, de Vivaldi, foi mais um triunfo de inigualável valor artístico da OSB Ópera & Repertório . O TMRJ engalanou-se com tal evento.
Sob a regência de Marco Pace, a orquestra rendeu de modo magnífico, o que quer dizer rigorosamente dentro das tradições e regras do Barroco italiano, bem diferentes do Barroco alemão e do Barroco francês. A sonoridade geral obtida foi contida e delicada, a marcação rítmica foi leve e não muito assinalada em cima dos tempos fortes, as poucas intervenções de metais foi discreta, tudo isso concorrendo para a existência de uma graciosidade ímpar.
Os solistas vocais estiveram todos dentro de uma uniformidade estilística admirável e todos cantaram muito bem, não sendo oportuno dar maior destaque a um ou outro.
Assim, o meio-soprano Luísa Francesconi no papel título, o soprano Juliana Franco no papel de Costanza, o soprano Lys Nardotto no papel de Ottone, o contratenor, mais propriamente sopranista, Razek-François Bitar no papel de Roberto, o tenor Johan Christensson no papel de Gualtiero e o meiossoprano Carolina Faria no papel de Corrado, contribuíram todos para uma edição de alto valor artístico sob o ponto de vista musical e estilístico.
À frente de tudo, os diretores artísticos da OSB Fernando Bicudo e Pablo Castellar juntaram mais um ponto valioso a seus cartéis, desta vez com o “plus” da raridade do título e com a especialização estilística verificadas. Mais um triunfo. Mais chuva de aplausos.

POVERI VERSI MIEI, GETTATI AL VENTO… (LORENZO STECHETTI)

MARCUS GÓES-JUNHO 2012

Fonte: http://www.movimento.com/

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