MEIA "ARIADNE " JÁ FOI MUITO ... CRÍTICA DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
A obra, mais uma obra-prima do mestre, com libreto de Hugo von Hofmannsthal, foi criada com um prólogo e um ato em 1916 em Viena.
A OSB – ÓPERA e REPERTÓRIO, prosseguindo em sua brilhante trajetória, apresentou no dia 10/09 no TMRJ, em forma de concerto, uma parte, que na versão completa original é chamada comumente “a ópera”, de ARIADNE AUF NAXOS, de Richard Strauss (1864/1949). Antes,a segunda parte havia sido encenada em 1912 em Stuttgart, e Strauss efetuou modificações nessa segunda parte para a criação da ópera completa em Viena. Não sabemos qual a versão da segunda parte ora apresentada. Alguns programas anunciam a “versão de 1916”, o que nos leva a crer que seja a versão da segunda parte estreada em Viena. Outros, como o programinha distribuído no teatro, alegam a execução da “versão original de 1912”. Aceito informações.
Isto posto, e sem perda de tempo, digamos que o corpo e alma desta apresentação é o regente norte-americano Eugene Kohn, velho conhecido do TMRJ, no qual regeu edições memoráveis. Eugene conhece o métier como poucos, tem altíssima sensibilidade e conhecimento musicais, ama o que faz e sabe comandar uma orquestra, cantores e instrumentistas. Faz ele MÚSICA com “m” maiúsculo, e não se limita a marcar o tempo. Foi enorme prazer para o público poder ver e ouvir a obra nas mãos musicalíssimas de Eugene Kohn.
A protagonista, soprano Eliane Coelho, livre das agruras de Abigaille e Bruenhilde, rendeu mais, apesar de alguns agudos gritados e discrepantes. Sua voz está cansada. Já a advertiram de que voz não dura sempre e, por não durar sempre, a voz de Eliane se apresenta por vezes áspera. Os italianos dizem que um cantor de ópera deve “finire in bellezza”, ou seja, sair de cena enquanto bem de voz e quando se apresentam os primeiros sinais de cansaço vocal. Não é isso que faz Eliane Coelho. Não são importantes aplausos do público. Este, segundo Nélson Rodrigues, aplaude até minuto de silêncio…
A Zerbinetta de Juliana Franco foi razoável, de voz pequena para o papel, além do mais prejudicada pela péssima acústica do teatro. No entanto, essa artista se vem confirmando um dos sucessos da nova geração. O Baco de Juremir Vieira foi cantado com dignidade e boa projeção da voz. O papel fica aquém das possibilidades de Juremir, a ser aproveitado em maiores papeis.
O resto do elenco esteve todo ele bem. Nas mãos de Eugene Kohn, que foi também “maestro cocertatore”,e da miraculosa pianista e musicista Priscila Bomfim, que os ensaiaram, todos renderam a pleno contento, naturalmente uns mais e outros menos: Carolina Faria, voz redonda e bonita de meio-soprano, Nathalia Trigo, bom soprano, soprano Loren Vandal, Eco impecável, outro valor notável que surge na novíssima geração, Inácio de Nonno, barítono muito à vontade no papel que conhece bem, Ivan Jorgenssen, tenor de voz sadia, audível, expressiva, Murilo Neves, baixo que aqui se mostrou eficiente e agradável de se ouvir, e, por fim, o tenor Ricardo Tuttmann, de antiga tradição em atuações no TM, o qual sempre que sobe àquele palco é admirável artista e musicista.
Em suma,foi só meia ARIADNE AUF NAXOS, mas bastou. Melhor pouco e bom do que tudo e ruim.
HERR GOTT,DICH LOBEN WIR – BWV 16
MARCUS GÓES-SET/2012
Fonte: http://www.movimento.com/
A OSB – ÓPERA e REPERTÓRIO, prosseguindo em sua brilhante trajetória, apresentou no dia 10/09 no TMRJ, em forma de concerto, uma parte, que na versão completa original é chamada comumente “a ópera”, de ARIADNE AUF NAXOS, de Richard Strauss (1864/1949). Antes,a segunda parte havia sido encenada em 1912 em Stuttgart, e Strauss efetuou modificações nessa segunda parte para a criação da ópera completa em Viena. Não sabemos qual a versão da segunda parte ora apresentada. Alguns programas anunciam a “versão de 1916”, o que nos leva a crer que seja a versão da segunda parte estreada em Viena. Outros, como o programinha distribuído no teatro, alegam a execução da “versão original de 1912”. Aceito informações.
Isto posto, e sem perda de tempo, digamos que o corpo e alma desta apresentação é o regente norte-americano Eugene Kohn, velho conhecido do TMRJ, no qual regeu edições memoráveis. Eugene conhece o métier como poucos, tem altíssima sensibilidade e conhecimento musicais, ama o que faz e sabe comandar uma orquestra, cantores e instrumentistas. Faz ele MÚSICA com “m” maiúsculo, e não se limita a marcar o tempo. Foi enorme prazer para o público poder ver e ouvir a obra nas mãos musicalíssimas de Eugene Kohn.
A protagonista, soprano Eliane Coelho, livre das agruras de Abigaille e Bruenhilde, rendeu mais, apesar de alguns agudos gritados e discrepantes. Sua voz está cansada. Já a advertiram de que voz não dura sempre e, por não durar sempre, a voz de Eliane se apresenta por vezes áspera. Os italianos dizem que um cantor de ópera deve “finire in bellezza”, ou seja, sair de cena enquanto bem de voz e quando se apresentam os primeiros sinais de cansaço vocal. Não é isso que faz Eliane Coelho. Não são importantes aplausos do público. Este, segundo Nélson Rodrigues, aplaude até minuto de silêncio…
A Zerbinetta de Juliana Franco foi razoável, de voz pequena para o papel, além do mais prejudicada pela péssima acústica do teatro. No entanto, essa artista se vem confirmando um dos sucessos da nova geração. O Baco de Juremir Vieira foi cantado com dignidade e boa projeção da voz. O papel fica aquém das possibilidades de Juremir, a ser aproveitado em maiores papeis.
O resto do elenco esteve todo ele bem. Nas mãos de Eugene Kohn, que foi também “maestro cocertatore”,e da miraculosa pianista e musicista Priscila Bomfim, que os ensaiaram, todos renderam a pleno contento, naturalmente uns mais e outros menos: Carolina Faria, voz redonda e bonita de meio-soprano, Nathalia Trigo, bom soprano, soprano Loren Vandal, Eco impecável, outro valor notável que surge na novíssima geração, Inácio de Nonno, barítono muito à vontade no papel que conhece bem, Ivan Jorgenssen, tenor de voz sadia, audível, expressiva, Murilo Neves, baixo que aqui se mostrou eficiente e agradável de se ouvir, e, por fim, o tenor Ricardo Tuttmann, de antiga tradição em atuações no TM, o qual sempre que sobe àquele palco é admirável artista e musicista.
Em suma,foi só meia ARIADNE AUF NAXOS, mas bastou. Melhor pouco e bom do que tudo e ruim.
HERR GOTT,DICH LOBEN WIR – BWV 16
MARCUS GÓES-SET/2012
Fonte: http://www.movimento.com/
Juremir Vieira no facebook; Liberdade de expressao nao implica em , gratuitamente, beirar as raias do absurdo e da falta de respeito. Eliane Coelho é uma cantora fantástica e sou testemunha da performance maravilhosa em Ariadne, neste dia 10 de setembro! É uma honra estar ao seu lado no palco. Uma aula de canto lírico. O crítico , com certeza, tem implicancia com ela por outras razoes, as quais, no meio lirico do Brasil é fácil constatar. Todos tem direito a opiniao , mas neste caso, ele esta indo longe demais. A imparcialidade da crítica se desvanece quando razões de foro pessoal interferem no juízo declarado. É uma pena! Eliane esta muito acima disso! É um exemplo a ser seguido pelas novas gerações!
ResponderExcluirCaro Sr. Marcos Goés.
ResponderExcluirAcredito que deverias ter mais respeito em suas criticas ao se referir a Soprano Eliane Coelho. Uma cantora dessa envergadura, de uma história belíssima como todos sabemos, de importância fundamental ao canto lirico, não pode jamais ser alvo de criticas tão descabidas e beirando o ridículo como foi exposto em seu comentário.
Com todo o respeito que mereces, mas é preciso saber a hora de calar-se caro senhor.
Francisco Amaral
Eu assisti esta Ariadne e soube que este Sr. Juremir que também cantou já foi casado,ou é... com o soprano Eliane Coelho.Achei a voz dele muito apertada! Este papel fica melhor num tenor de agudos mais fáceis,na minha opinião,ele dava impressão de estar sofrendo muito com a tessitura ,particularmente nâo estava adequado.Aquela linda musica também pede vozes lindas,com amplitudes sonoras,grandes vôos nas alturas(principalmente para o soprano principal) Acho que ficou tudo muito pesado por parte da Coelho,parecia um mezzo. O quarteto solista dos homens tinha vozes muito feias que não se casavam bem por isso,as ninfas foram melhores ,mas a primeira delas (a mais aguda) tinha voz descolocada,a Zerbinetta era fraca ,mas falando da protagonista,não que eu concorde com tudo o que este Sr.critico Marcus Goes escreveu,mas achei a voz dela muito escura,engraçado... a voz dela era bem lirica antigamente.Não gostei nada.Agora antes de ficarmos defendendo os cantores que atuaram do seu lado,este Sr.Juremir é quem está botando azeitona na sardinha da esposa! Antes de ficar falando assim,tem que melhorar o próprio canto .Alem do mais temos lido outras criticas até mais pesadas que esta,como por exemplo a critica do Sr. Pianovsky que foi bem mais contundente sobre este soprano ultimamente.
ResponderExcluirJuremir Vieira no facebook:
ResponderExcluirBom dia ,"Nathalia Cristina" e Ali Hassan Ayache, que publicou o seu comentario. Gostaria de esclarecer que nunca fui casado com Eliane Coelho. Fomos namorados. Eu disse "fomos". Nao esta escrito em lugar nenhum que nao posso comentar algo sobre meus colegas que contracenam comigo no palco. Agradeco sua crítica no que se refere a minha voz mas vou desconsiderar os seus conselhos escritos no final do seu texto, ao meu ver, relativamente ofensivos. Prefiro ficar com a opiniao positiva do próprio Maestro. Opinoes divergentes sao sempre bem vindas, pois é assim que conseguimos nos desenvolver. Ja que foi comentada minha vida pessoal, me sinto no direito de me defender, citando um detalhe interessante: Marcus Goes é marido de Leila Guimarães. É justo que ele pense que sua esposa é a maior Diva Brasileira na atualidade, mas nao é justo atacar gratuitamente outra artista para que o caminho se abra para sua esposa. Existe e sempre existiu espaço para todos artistas, ainda mais cantoras do quilate como as duas citadas. Cantei com Leila Cavaleria Rusticana, em 2009, e pra mim foi uma honra. Alem de tudo, existe uma certa injustiça inserida no contexto: o crítico "formador de opiniao" sempre tem espaço maior nos meios de comunicaçao, mesmo eu tendo direito de resposta. Resta-me apenas colocar minha indignacao em blogs como este. Agradeço a oportunidade. E com certeza continuarei a trilhar meu caminho de forma honesta e abnegada, como o faço ja há 25 anos! Tenho dito!
SR. JUREMIR,POR FAVOR MANDE-ME SEU NOME COMPLETO E ENDEREÇO PARA QUE EU POSSA PROCESSÁ-LO POR CALÚNIA,INJÚRIA E DIFAMAÇÃO,COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ASS.MARCUS DE ARAUJO GÓES -OAB-RJ 69904-E-MAIL brunogag@oi.com.br
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