ROSANAS E ELIANES CANTANDO DEMAIS NO BRASIL? ARTIGO DE MARCUS GÓES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
“Há Rosanas e Elianes cantando demais no Brasil” – Ali Hassan Ayache.
Charge internet
O crítico e animador cultural ALI HASSAN AYACHE, não suportando a desrespeitosa mesmice de nossos principais teatros e instituições musicais, escreveu em seu conhecido blog, editado em São Paulo: “O cenário lírico nacional anda na mesmice. Sempre os mesmos cantores se apresentam. A hora é de renovar. Temos juitos talentos pelo Brasil afora, esperando oportunidades. (…) Estamos cansados de Rosanas e Elianes”.
O desrespeito ao público encontra perfeita referência nas palavras de Ali. Desrespeito ao público e à arte de modo geral, já que a escalação desmedida das cantoras em pauta atravanca o progresso da música em nosso país, o que já foi denunciado por quem escreve.
Em poucos dias, regida pelo Maestro Silvio Viegas, estreará no Palácio das Artes de Belo Horizonte “A VIÚVA ALEGRE”, de Franz Lehar. Adivinhem quem será a protagonista das seis previstas récitas? Nada mais nada menos que a sempiterna ROSANA LAMOSA. Não importa se no Brasil temos várias outras cantoras jovens e bonitas capazes de interpretar a famosa viúva. A Fundação Clóvis Salgado, não se sabe por quais motivos, insiste na mesmice.
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro também vai encenar a mesma obra a partir de 28 de novembro e, sem a menor cerimônia, nos ameaça a todos com ROSANA LAMOSA no papel título. O desrespeito é inaceitável.
Certamente essas cantoras não são más cantoras. Já tive oportunidade de elogiá-las algumas vezes ao escrever sobre espetáculos dos quais tomaram parte. O problema é a insistência em escalá-las.
Leiam outra vez o que diz ALI HASSAN AYACHE em seu blog. “Estamos cansados“,são essas suas tristes mas candentes palavras. A nova geração de cantores tem sido pródiga em talentos no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outras cidades. No Rio de Janeiro e em São Paulo, a que sou mais ligado, só de sopranos de primeira qualidade há muitos, quase todos musicistas jovens e de ótimo aspecto físico. Por que não renovar? Terão sido eles chamados para serem audicionados para A VIÚVA ALEGRE ??
Aqui do Rio de Janeiro torno pública minha solidariedade a ALI HASSAN AYACHE.
MARCUS GÓES-OUT 2012
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O crítico e animador cultural ALI HASSAN AYACHE, não suportando a desrespeitosa mesmice de nossos principais teatros e instituições musicais, escreveu em seu conhecido blog, editado em São Paulo: “O cenário lírico nacional anda na mesmice. Sempre os mesmos cantores se apresentam. A hora é de renovar. Temos juitos talentos pelo Brasil afora, esperando oportunidades. (…) Estamos cansados de Rosanas e Elianes”.
O desrespeito ao público encontra perfeita referência nas palavras de Ali. Desrespeito ao público e à arte de modo geral, já que a escalação desmedida das cantoras em pauta atravanca o progresso da música em nosso país, o que já foi denunciado por quem escreve.
Em poucos dias, regida pelo Maestro Silvio Viegas, estreará no Palácio das Artes de Belo Horizonte “A VIÚVA ALEGRE”, de Franz Lehar. Adivinhem quem será a protagonista das seis previstas récitas? Nada mais nada menos que a sempiterna ROSANA LAMOSA. Não importa se no Brasil temos várias outras cantoras jovens e bonitas capazes de interpretar a famosa viúva. A Fundação Clóvis Salgado, não se sabe por quais motivos, insiste na mesmice.
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro também vai encenar a mesma obra a partir de 28 de novembro e, sem a menor cerimônia, nos ameaça a todos com ROSANA LAMOSA no papel título. O desrespeito é inaceitável.
Certamente essas cantoras não são más cantoras. Já tive oportunidade de elogiá-las algumas vezes ao escrever sobre espetáculos dos quais tomaram parte. O problema é a insistência em escalá-las.
Leiam outra vez o que diz ALI HASSAN AYACHE em seu blog. “Estamos cansados“,são essas suas tristes mas candentes palavras. A nova geração de cantores tem sido pródiga em talentos no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outras cidades. No Rio de Janeiro e em São Paulo, a que sou mais ligado, só de sopranos de primeira qualidade há muitos, quase todos musicistas jovens e de ótimo aspecto físico. Por que não renovar? Terão sido eles chamados para serem audicionados para A VIÚVA ALEGRE ??
Aqui do Rio de Janeiro torno pública minha solidariedade a ALI HASSAN AYACHE.
MARCUS GÓES-OUT 2012
A explicação para esse "fenômeno" tem nome: chama-se "agenciamento". A grande verdade é que, pelo menos em São Paulo, a escolha de solistas tornou-se um balcão de negócios altamente rentável. Não existe mais audição. É uma verdadeira "máfia" de cartas marcadas, como acontece nas licitações públicas. Diz-se que ópera é um espetáculo caro, mas essa afirmação é incompatível com a pobreza de cenários e figurinos que temos visto nas últimas óperas. E por que? Porque a maior parte do alto orçamento das produções vai para os bolsos de maestros e agentes. É tão antiético que há um famoso caso de um conhecido maestro agenciado pela mesma empresa que representa um monte de cantores que vivem fazendo solos em todas as óperas...coincidência? Se fizerem uma auditoria, vai ser um deus nos acuda!
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