SÃO PAULO CIA DE DANÇA INOVANDO.
Dois a Dois na Plataforma
Internacional Estado da Dança
Dois Grand Pas de Deux
clássicos de Marius Petipa colocados lado a lado. Esse é o mote de Dois a Dois, a mais nova obra da São
Paulo Companhia de Dança, mantida pelo Governo do Estado de São Paulo, e
dirigida por Inês Bogéa, que poderá ser vista pela primeira vez em São Paulo,
nos dias 10 de 11 de outubro, respectivamente às 21h e 20h30, na abertura da
Plataforma Internacional Estado da Dança, no Teatro Sérgio Cardoso. No
repertório também figuram duas outras peças da Companhia: Gnawa, de Nacho Duato, e Supernova,
de Marco Goecke. O valor do ingresso é R$10 (inteira) e R$5 (meia), e podem ser
comprados no www.ingressorapido.com.br.
Dois a
Dois traz para a cena as nuances do trabalho de Petipa no Grand Pas de Deux de O Quebra-Nozes, criado em parceria com Lev Ivanov e remontado para
a SPCD, por Tatiana Leskova, e o Grand
Pas de Deux de Dom Quixote,
coreografado somente por Petipa e remontado por Manoel Francisco,
professor/ensaiador da Companhia.
“É um grande prazer para a SPCD estrear esse peça em São
Paulo, na Plataforma Estado da Dança, que reúne diversas companhias
brasileiras”, fala Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança. “Esse
repertório apresenta a diversidade de estilos da São Paulo Companhia de Dança,
que vai do clássico ao contemporâne0”, completa.
No dia 11 de outubro, parte dos lugares do Teatro Sérgio
Cardos é destinada aos inscritos no Espetáculo Aberto para Estudantes, voltado
para escolas, professores e ONGs.
Plataforma
Internacional Estado da Dança – Em sua primeira edição
internacional, o programa que faz parte do projeto criado pela Secretaria de
Estado da Cultura, Plataformas da Dança, tem como foco levar ao público as
diferentes tendências estéticas da arte. Neste ano, o evento agrega também atividades
educativas, abordando o sentido da dança na sociedade contemporânea.
SOBRE AS OBRAS
DOIS A DOIS
Essa montagem mostra o contraste de
nuances e gêneros entre dois grand pas de
deux de Marius Petipa (1818-1910): O
Quebra-Nozes [1892, em parceria com Lev Ivanov (1834-1901)] e Dom Quixote (1869). O Quebra-Nozes é um
duo delicado, sobrenatural e misterioso, que narra o encontro da Fada Açucarada
com o Quebra-Nozes para homenagear a menina Clara, que veio visitar o Reino dos
Doces. Enquanto Dom Quixote aborda as
aventuras do barbeiro Basílio e seu amor por Kitri, a filha do taberneiro, duas
pessoas do povo, que se enamoram e encantam a todos com o virtuosismo técnico e
expressivo.
GRAND PAS DE DEUX DE O QUEBRA-NOZES
(1892)
Coreografia: Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901)
Música: Piotr Ilitch Tchaikovsky
Remontagem: Tatiana Leskova
Figurinos: Marilda Fontes
Duração: 10
minutos
O Grand Pas de Deux de
O Quebra-Nozes é o ponto alto deste balé inspirado no conto O
Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos (1816), de E.T.A. Hoffmann. Nele a Fada
Açucarada dança com o Quebra- Nozes para homenagear a menina Clara, que veio
visitar o Reino dos Doces. O balé conta a história de Clara, que ganha de
presente de Natal do seu padrinho um boneco Quebra-Nozes. Ao final da festa ela
adormece junto ao boneco e sonha estar em mundos encantados, participar de
batalhas e aventuras. Depois de salvar seu príncipe na luta contra o Rei dos
Ratos, ele a leva para conhecer o Reino das Neves e em seguida o Reino dos
Doces.
GRAND PAS DE DEUX DE DOM QUIXOTE (1869)
Coreografia: Marius Petipa (1818-1910)
Música: Leon Minkus
Remontagem: Manoel Francisco
Figurinos: Tânia Agra
Duração: 10
minutos
O Grand Pas de Deux de Dom
Quixote é o momento do casamento de Kitri e Basílio, personagens principais
dessa obra. Dançado pelo mundo todo, esse duo representa um grande desafio para
os intérpretes não só pela qualidade técnica, mas também pela interpretação.
Coreografado por Marius Petipa, o balé Dom Quixote é baseado num
capítulo da famosa obra de Miguel de Cervantes, que narra as aventuras do
barbeiro Basílio e seu amor por Kitri, a filha do taberneiro. O cavaleiro
Quixote, se apaixona por Kitri, confundindo-a com Dulcinéia, seu amor. Após
aventurar-se pelo mundo em batalhas imaginárias contra ventos e moinhos, no
último ato o protagonista celebra ao lado de seu fiel escudeiro Sancho Pança o
casamento entre os dois apaixonados.
Gnawa (2005)
Coreografia: Nacho
Duato
Músicas: Hassan
Hakmoun, Adam Rudolph, Juan Alberto Arteche, Javier Paxariño, Rabih
Abou-Khalil, Velez, Kusur e Sarkissian
Remontagem: Hilde
Koch e Tony Fabre
Iluminação: Nicolás
Fischtel
Figurinos: Luis
Devota e Modesto Lomba
Organização e produção original: Carlos Iturrioz Mediart Producciones SL (Spain)
Gnawa é uma peça que utiliza os quatro elementos fundamentais:
água, terra, fogo e ar para tratar da relação do ser humano com o universo.
Está presente na obra o reiterado interesse de Nacho Duato pela gravidade e
pelo uso do solo na constituição de sua dança. Esse interesse se renova no tom
ritualístico que envolve o transe musical que conduz (e é conduzido pela) a
movimentação dos corpos na cena. Duato se inspirou na natureza valenciana,
cercada de mar e sol, e em aromas, cores e sabores mediterrâneos para criar a
coreografia. Os gnawas constituem uma confraria mística adepta do islamismo,
descendentes de ex-escravos e comerciantes do sul e do centro da África, que se
instalaram ao longo dos séculos no norte daquele continente.
Supernova (2009)
Coreografia e figurinos: Marco Goecke
Músicas: Pierre Louis Garcia-Leccia, álbum Ohimé, faixa Aka, Antony & The Johnsons, álbum Another Word, faixa Shake That Devil
Remontagem: Giovanni di Palma
Iluminação original: Udo Haberland
Dramaturgia: Nadja Kadel
Músicas: Pierre Louis Garcia-Leccia, álbum Ohimé, faixa Aka, Antony & The Johnsons, álbum Another Word, faixa Shake That Devil
Remontagem: Giovanni di Palma
Iluminação original: Udo Haberland
Dramaturgia: Nadja Kadel
Inspirado pela música de Antony & The
Johnsons e pelo fenômeno astronômico das supernovas – estrelas que explodem e
brilham no espaço por algum tempo – Marco Goecke criou esta obra em 2009 para a
Scapino Ballet Rotterdam. Supernova é uma coreografia de contrastes, na
qual morte e vida, escuro e claro, estão ligadas pela energia de cada corpo. Os
bailarinos aparecem e desaparecem do palco misteriosamente e a movimentação é
marcada por sequências muito rápidas, precisas e controladas que fazem os
corpos vibrarem. Para Goecke, cada movimento pode acontecer somente uma vez.
"Você pode fazê-lo cada vez mais rápido, então dificilmente ele vai
existir no final". A São Paulo Companhia de Dança é a primeira companhia
no Brasil a dançar uma obra de Goecke.
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