ABRAÇO SIMBÓLICO NO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. ARTIGO DE UESLEI BANUS NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
O texto do Henrique foi extremamente claro e importante para acender um refletor sobre esta questão lamentável em que se encontram, não só os corpos estáveis do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (orquestra, coro e balé) - todos desfalcados e necessitando de renovação urgente, o que se dá, num Estado democrático, a partir de concursos públ
icos. Mas, também, e principalmente, que por conta desta situação, há muito tempo a programação artística vem sofrendo sucessivos cortes. Pouquíssimas montagens de óperas por ano (e as poucas que foram realizadas, algumas foram em forma de concerto), poucos balés e concertos sinfônicos, praticamente nenhum, até onde me recordo. Em contrapartida, o TMRJ vem sendo palco de muitos eventos, diferentes tipos de premiações... vêm ocupando precioso palco de uma das mais nobres casas de ópera e concertos do Brasil e da América do Sul.
Neste momento em que o Brasil está no foco das atenções mundiais devido à estabilidade econômica conquistada nos últimos anos e, principalmente, pelos grandes eventos esportivos que estarão acontecendo por aqui proximamente, convém refletir que tudo isso é muito importante, mas não podemos esquecer daqueles que são os servos da Cultura e da Arte, daqueles que vivem do fazer cultural em prol da sociedade carioca/brasileira. Na verdade, o que todos nós, cariocas/brasileiros, queremos é que haja crescimento econômico e social, com franco DESENVOLVIMENTO CULTURAL. Pois a cultura é um instrumento poderosíssimo para a integração, a transformação e a justiça social. Pensando por este prisma, a cultura passa a ser gênero de primeira necessidade, e verdadeiramente o é. A Cultura de um Estado, de um país é, sem dúvida alguma, o seu maior patrimônio, a sua maior riqueza. É a sua identidade, pois nela habita a essência do ser humano. É ela quem nos distingue como BRASILEIROS. Como deixar a produção artística deste Theatro morrer desta forma? Como não estar sensível às reais necessidades dos artistas-servidores desta casa? Como não cumprir, não promover o que está previsto no estatuto do servidor público “... onde se fala do incentivo, aprimoramento e promoção do servidor por seus diretores.”
É impossível assistir tudo isto, ler o texto do Henrique e o da Jesuína Passaroto e não me solidarizar a esta causa, deixando registrado aqui o meu apoio aos artistas que integram os corpos estáveis do TMRJ. É incrível ver que os funcionários públicos desta casa têm mais lucidez e consciência de seu papel na sociedade do que aqueles que a administram e que deveriam, em primeiro lugar, estar zelando pelo maior bem que ela possui: os seus ARTISTAS! Aqueles que são os veículos da transformação social e estética que só a ARTE pode produzir numa sociedade. De que adianta um prédio luxuoso, pintado com tinta dourada reluzente, com lustres e pinturas maravilhosas, sem os ARTISTAS? Sem aqueles que, com sua arte, “tocam” as nossas almas?
Por fim, proponho que seja organizada uma grande mobilização pública para esta causa, a partir de um abraço simbólico de todos os artistas, estudantes das faculdades de música do Rio, do grande público que frequenta o TMRJ, com ampla divulgação na mídia para ver, se desta forma, o governador autoriza o concurso público tão necessário a continuidade deste grande centro de produção cultural e, também, que os projetos sociais voltados à arte tornem a fazer parte da programação sócio-educativa-cultural que uma casa como essa deve ter como responsabilidade social à sociedade carioca.
Ueslei Banus
Maestro da Orquestra Jovem
Conservatório Brasileiro de Música/RJ
Neste momento em que o Brasil está no foco das atenções mundiais devido à estabilidade econômica conquistada nos últimos anos e, principalmente, pelos grandes eventos esportivos que estarão acontecendo por aqui proximamente, convém refletir que tudo isso é muito importante, mas não podemos esquecer daqueles que são os servos da Cultura e da Arte, daqueles que vivem do fazer cultural em prol da sociedade carioca/brasileira. Na verdade, o que todos nós, cariocas/brasileiros, queremos é que haja crescimento econômico e social, com franco DESENVOLVIMENTO CULTURAL. Pois a cultura é um instrumento poderosíssimo para a integração, a transformação e a justiça social. Pensando por este prisma, a cultura passa a ser gênero de primeira necessidade, e verdadeiramente o é. A Cultura de um Estado, de um país é, sem dúvida alguma, o seu maior patrimônio, a sua maior riqueza. É a sua identidade, pois nela habita a essência do ser humano. É ela quem nos distingue como BRASILEIROS. Como deixar a produção artística deste Theatro morrer desta forma? Como não estar sensível às reais necessidades dos artistas-servidores desta casa? Como não cumprir, não promover o que está previsto no estatuto do servidor público “... onde se fala do incentivo, aprimoramento e promoção do servidor por seus diretores.”
É impossível assistir tudo isto, ler o texto do Henrique e o da Jesuína Passaroto e não me solidarizar a esta causa, deixando registrado aqui o meu apoio aos artistas que integram os corpos estáveis do TMRJ. É incrível ver que os funcionários públicos desta casa têm mais lucidez e consciência de seu papel na sociedade do que aqueles que a administram e que deveriam, em primeiro lugar, estar zelando pelo maior bem que ela possui: os seus ARTISTAS! Aqueles que são os veículos da transformação social e estética que só a ARTE pode produzir numa sociedade. De que adianta um prédio luxuoso, pintado com tinta dourada reluzente, com lustres e pinturas maravilhosas, sem os ARTISTAS? Sem aqueles que, com sua arte, “tocam” as nossas almas?
Por fim, proponho que seja organizada uma grande mobilização pública para esta causa, a partir de um abraço simbólico de todos os artistas, estudantes das faculdades de música do Rio, do grande público que frequenta o TMRJ, com ampla divulgação na mídia para ver, se desta forma, o governador autoriza o concurso público tão necessário a continuidade deste grande centro de produção cultural e, também, que os projetos sociais voltados à arte tornem a fazer parte da programação sócio-educativa-cultural que uma casa como essa deve ter como responsabilidade social à sociedade carioca.
Ueslei Banus
Maestro da Orquestra Jovem
Conservatório Brasileiro de Música/RJ
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