"JOÃO E MARIA " , NO FESTIVAL DE ÓPERA DE BELÉM. CRÍTICA DE ANTÔNIO RODRIGUES NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.
Montagem cult arrebata público do Festival do Theatro da Paz.
Diz o maestro Jamil Maluf: “A ópera João e Maria, de Humperdinck, precisava de uma boa tradução, para ser cantada em português, e de uma equipe que tanto na criação como na execução conseguisse transpor a magia e o encantamento desta obra para um palco de ópera”.
Sorte nossa que não ficou só na vontade. Realmente, a montagem é extraordinariamente linda, com cores deslumbrantes e tem tudo para deixar as pessoas satisfeitas, como acabou ocorrendo na récita de estreia e, creio eu, vai acontecer nas demais apresentações dentro do Festival. Foi uma bela ideia trazer esta montagem para o público do Pará.
Os solistas cumpriram muito bem o seu papel. Luciana Bueno e Laryssa Alvarazi como João e Maria, respectivamente, Leonardo Neiva como o pai das crianças, Adriana Clis como madrasta e Regina Elena como a bruxa. Na verdade, a meu ver, o trabalho destes cantores difere um pouco de outras óperas. Não existem árias que tiram o foco da ação e o dirigem ao solista. É um pouco diferente do normal de uma ópera.
Muito mais efeito fazem os efeitos especiais da Imago, as danças e as movimentações de vários bichinhos que passeiam sem parar pelo palco durante toda a realização do espetáculo. Isso cativa mais do que a parte musical propriamente dita dos cantores.
As soluções para preenchimento das partes somente musicais do início do 1º. e do 3º. atos, com belas melodias, são magistrais. A do primeiro, contou a história da ópera resumidamente. Mas a do 3º. ato foi um grande achado, dizendo que enquanto Joâo e Maria dormem, outras criações dos irmãos Grimm permanecem em atividade – apresentando uma série de personagens de outras histórias, atravessando o palco e tirando risadas da plateia. Foi muito interessante.
As crianças presentes – e não eram poucas – entraram na história de cabeça, haja vista a reação delas, quando a bruxa foi empurrada para dentro do forno.
A Orquestra Jovem Vale Música saiu-se muito bem, com uma bela direção do maestro Jamil Maluf. Trata-se de uma orquestra jovem, tocando muito bem uma partitura que não é das mais fáceis.
As bailarinas, os anjos, os bichinhos, etc… tudo contribuiu muito bem para o deslumbramento que crianças e adultos demonstraram, através de aplausos. Grande ideia a distribuição de guloseimas pelos cantores ao final do espetáculo no saguão do teatro.
Foi um espetáculo encantador e todos que lotaram o teatro saíram alegres e mais leves.
Quero aproveitar e lembrar a todos que nos dias 24, 26 e 28.11 será apresentada a ópera “Salomé”, de Richard Strauss. Se você puder vir, não deixe de fazê-lo, pois esta ópera não é montada a toda hora. Vale a pena qualquer esforço…
Antônio Rodrigues
Fonte: http://www.movimento.com/
Diz o maestro Jamil Maluf: “A ópera João e Maria, de Humperdinck, precisava de uma boa tradução, para ser cantada em português, e de uma equipe que tanto na criação como na execução conseguisse transpor a magia e o encantamento desta obra para um palco de ópera”.
Sorte nossa que não ficou só na vontade. Realmente, a montagem é extraordinariamente linda, com cores deslumbrantes e tem tudo para deixar as pessoas satisfeitas, como acabou ocorrendo na récita de estreia e, creio eu, vai acontecer nas demais apresentações dentro do Festival. Foi uma bela ideia trazer esta montagem para o público do Pará.
Os solistas cumpriram muito bem o seu papel. Luciana Bueno e Laryssa Alvarazi como João e Maria, respectivamente, Leonardo Neiva como o pai das crianças, Adriana Clis como madrasta e Regina Elena como a bruxa. Na verdade, a meu ver, o trabalho destes cantores difere um pouco de outras óperas. Não existem árias que tiram o foco da ação e o dirigem ao solista. É um pouco diferente do normal de uma ópera.
Muito mais efeito fazem os efeitos especiais da Imago, as danças e as movimentações de vários bichinhos que passeiam sem parar pelo palco durante toda a realização do espetáculo. Isso cativa mais do que a parte musical propriamente dita dos cantores.
As soluções para preenchimento das partes somente musicais do início do 1º. e do 3º. atos, com belas melodias, são magistrais. A do primeiro, contou a história da ópera resumidamente. Mas a do 3º. ato foi um grande achado, dizendo que enquanto Joâo e Maria dormem, outras criações dos irmãos Grimm permanecem em atividade – apresentando uma série de personagens de outras histórias, atravessando o palco e tirando risadas da plateia. Foi muito interessante.
As crianças presentes – e não eram poucas – entraram na história de cabeça, haja vista a reação delas, quando a bruxa foi empurrada para dentro do forno.
A Orquestra Jovem Vale Música saiu-se muito bem, com uma bela direção do maestro Jamil Maluf. Trata-se de uma orquestra jovem, tocando muito bem uma partitura que não é das mais fáceis.
As bailarinas, os anjos, os bichinhos, etc… tudo contribuiu muito bem para o deslumbramento que crianças e adultos demonstraram, através de aplausos. Grande ideia a distribuição de guloseimas pelos cantores ao final do espetáculo no saguão do teatro.
Foi um espetáculo encantador e todos que lotaram o teatro saíram alegres e mais leves.
Quero aproveitar e lembrar a todos que nos dias 24, 26 e 28.11 será apresentada a ópera “Salomé”, de Richard Strauss. Se você puder vir, não deixe de fazê-lo, pois esta ópera não é montada a toda hora. Vale a pena qualquer esforço…
Antônio Rodrigues
Fonte: http://www.movimento.com/
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