JOHN NESCHLING NO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO? ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET

Theatro Municipal de São Paulo, foto Internet

A semana de Natal e Ano Novo é tediosa e chata para o blog, geralmente não acontece nada, dessa vez as notícias estão quentes. O Theatro Municipal de São Paulo está colocando lenha na fogueira nas festas de fim de ano. Primeiro, a Prefeitura de São Paulo , em fim de mandato nomeia como  nova diretora geral da Fundação do Theatro Municipal Beatriz do Franco Amaral. Nomeação feita no fechar das cortinas do mandato de Gilberto Kassab. Lembro que a diretora não fala com a imprensa, nunca vi uma entrevista sua em nenhum veículo de comunicação. A Fundação do Theatro Municipal terá a função de gerir o teatro , mas ainda não se sabe como funcionará na prática e até o presente momento não foi implantada.
John Neschling , foto Internet
  Quando essa parecia ser a novidade da semana aparece mais uma notícia quente, um passarinho me contou que surgem fortes rumores que o maestro John Neschling pode assumir a direção artística do Theatro Municipal de São Paulo. Caso isso aconteça o maestro, provavelmente, deverá implantar no Municipal de São Paulo um trabalho nos moldes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, pode ser que venha coisa boa por aí. O nome de Neschling ganha força devido a nomeação , pelo prefeito eleito de São Paulo do secretário de cultura Juca Ferreira. Ambos já trabalharam na esfera federal , a criação da Cia Brasileira de Ópera e a apresentação do título O  Barbeiro de Sevilha   de Rossini por todo o Brasil se deu quando Juca era Ministro da Cultura.  
   O problema maior são os corpos estáveis do Theatro Municipal de São Paulo, estes entrarão em 2013 sem a menor garantia de trabalho, sem contratos e sem nada. Faltou planejamento na transição e tudo é feito sem comunicação e no apagar das luzes.
  Se olharmos  o passado do maestro Neschling na OSESP vemos que ele reformulou completamente a orquestra com audições dos músicos e a contratação de novos membros. O maestro poderá querer fazer audições para avaliar os membros da orquestra e a encrenca já deve começar por aí. Músicos odeiam serem reavaliados.  
Ali Hassan Ayache 
   

Comentários

  1. Comentário de Rafaela Martinelli no facebook:

    Rafaela Martinelli "O maestro poderá querer fazer audições para avaliar os membros da orquestra e a encrenca já deve começar por aí. Músicos odeiam serem reavaliados." = comentário tipico de quem não eh musico. So faltou chamar de vagabundo. Pega um violino e vem ver como a vida eh facil. ¬¬'

    E que todos os santos me livrem de John Neschling na direção artística do Municipal! Primeiro pq a Fundação TMSP eh COMPLETAMENTE diferente da OSESP, então ele não tem experiencia nenhuma a acrescentar, conforme vc afirmou no blog sem o minimo conhecimento do que eh o novo modelo de gestão do Theatro.

    E segundo porque fazer orquestra brasileira empanturrada de músicos do leste europeu eh muito fácil neh??? Não, obrigada. Não quero isso pra OSM, nem pros Coros. O Neschling foi um carrasco. Da pra chegar num bom resultado sem ser um maestro/diretor tirânico.

    ResponderExcluir
  2. Comentário de Rosana Martins no Facebook:

    John Neschling é a pessoa mais competente para o cargo de Diretor Artístico do Municipal de São Paulo! Duvido muito que a demissão de membros dos corpos estáveis esteja em seus planos. Aliás, segundo informações, não existe contrato permanente entre os corpos estáveis e o TMSP.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E ai Ayache, você ainda pensa isso?? Demisão do Zaccaro, Maluf, tentativas de acabar com o Paulistano..............diversos funcionários saindo ou sendo afastados....sim sim ele é MUITO COMPETENTE! Talvez seja sim, pra tirar de seu caminho quem tem talento!!!!

      Excluir
  3. "Pega um violino e vem ver como a vida eh facil" = comentário típico de musico medíocre e sem talento que fica anquilosado durante anos em uma orquestra. Músico que é músico e com talento não teme avaliação nenhuma. Músico não é funcionário, músico é artista e como tal deve se auto-avaliar ele mesmo.
    "... orquestra empanturrada de músico do leste europeu..." = comentário típico de quem só se olha o umbigo. Uma orquestra não tem nacionalidade, uma orquestra é um conjunto de músicos com talento, independentemente de sua origem.
    Com mentalidade assim, tá na hora que venha um Neschling lavar tanta sujeira e dar um upgrade básico na orquestra.
    R.Duran Gonçalves (músico)

    ResponderExcluir
  4. Ali Hassan, a sra. Beatriz Amaral não concede entrevistas à imprensa pela simples razão de não saber o que falar. É uma completa despreparada, incompetente, que só foi colocada ali por ser amiga do secretário Calil, e para cumprir a função de assinar o que lhe mandam assinar e fazer o que lhe mandam fazer. Vá lá, com muito boa vontade até se admite que o diretor administrativo do TMSP não entenda patavina de música, mas essa aí nem mesmo de administração entende. Só posso crer que nessa nomeação de última hora não houve interferência da equipe de transição do novo governo, porque, se houve, já é sinal de um péssimo começo, e isso é muito preocupante.

    ResponderExcluir
  5. Realmente eu torço muito para que o Neschling
    assuma esse papel no Mvnicipal, ouvi de músicos da OSESP que conversei, que a parte emprendedora de Neschling é muito competente e como estruturador e organizador ele é imbatível. Acredito que o Neschling deva ficar lá até a casa ser arrumada. Porém para evitar que ocorram maiores desgastes a regência deveria der dividida com outros maestros assim como acontece na OSESP. Espero que a instituição do Theatro Mvnicipal se fortaleça e seja menos suscetível aos desmandos do poder público.
    A orquestra do Mvnicipal é boa, precisa muito de planejamento, boas temporadas e muita música. Macbeth foi a prova, a melhor ópera que assisti no Mvnicipal desde que me lembro por gente, assiti a primeira ópera aos 14 anos em 1992. Apesar de não ter gostado do cenário e dos figurinos, porém para mim, na Ópera orquestra e músicos vem em primeiríssimo lugar. As óperas de Wagner dificílimas, apesar dos escorregões da orquestra, eles até que deram conta, e depois do
    Crepúsculo em Macbeth a orquestra parecia outra, melhorou !

    ResponderExcluir
  6. Sra. Rosana Martins, é justamente por não existir uma relação contratual "permanente" entre os membros dos corpos estáveis e o TMSP (uma situação absurda que já perdura há muitos anos) que é muito mais fácil demitir músicos. Basta, a qualquer maestro, "não ir com a cor dos olhos" de um músico (ou arranjar outro pretexto) para solicitar, num piscar de olhos e com a maior facilidade, que seu contrato não seja renovado, a despeito dos anos de dedicação que esse músico possa ter oferecido ao seu corpo estável. E sabedores que somos da "sangria" que o sr. Neschling promoveu na passagem da Osesp para a Sala São Paulo, esse tipo de situação trabalhista existente no TMSP seria um prato cheio para ele. O caminho está aberto...

    ResponderExcluir
  7. Quem disse que a Osesp precisa servir de referência para todas as orquestras brasileiras? Será que não existem cabeças pensantes capazes de encontrar seus próprios caminhos e geri-los conforme as peculiaridades e características de cada orquestra, sem que seja preciso copiar modelos pré-estabelecidos?

    ResponderExcluir
  8. Esses comentários não são de músico medíocre, Sr. Gonçalves. São sim de profissionais que dão conta da estante todo dia em condições que pelo visto o Sr. não tem a menor noção de quais são. E ainda são de profissionais que têm família para sustentar, e que temem passar por avaliações injustas, injustas na origem, que derrubam gente muito boa por causa de política e/ou gosto esdrúxulo da banca examinadora (coisas que andam lado-a-lado), que podem perder seus empregos pelo simples e natural nervosismo de ter que se submeter ao risco de não estarem sendo tratados com a dignidade que todo humano deve ser tratado, não podendo assim apresentar em teste o que é seu desempenho real de ensaio e apresentação da lida diária. É fala de profissional que é diariamente testado, sem direito trabalhista algum, refém do crivo da parafernalha administrativa que os contrata ou não a cada 3 meses. Você não sabe da história, uma vaga parte.
    Uma casa de música cresce, e isto o TM não tem há muito tempo, pela mão de bons administradores que dão condições de amadurecimento a essa casa, através de respeito e de cooperação, e não pela mão de gente que rifa a cultura por desfastio.
    Não culpe o músico que não quer ser mal tratado por tiranos vaidosos.
    Por causa de gente da sua mentalidade, Sr., a cultura do país vem sendo depredada e tornada em banner de festa, pão e circo, dois dias de virada cultura contra formação de músicos, destruição de orquestras, como a da nossa rádio, entre outras destruições notáveis.
    Uma pena sua proto-fala higienista e leviana.
    Será que você sabe se pelo menos no banheiro da sua casa tem papel higiênico?

    ResponderExcluir
  9. Fato, 28 de dezembro de 2012 17:28.
    Desde que a nova sala de espelhos encheu os olhos da elite dos Jardins e do Morumbi, independente de seus custos e de seu real valor de realização musical, lê-se essa parte da história como um paradigma único de eficiência e direção. É como se não pudesse haver outra forma de existir música, de se administrar e dirigir música.
    Vale lembrar que a qualidade de vida dos músicos é da ordem subumana, como raras exceções (entenda-se exceções como bajuladores da direção, em sua maioria) - a se falar apenas desse aspecto, sem entrar nos méritos de qualidade musical, capacidade interpretativa musical, repertório, etc, coisas que fazem dessa instituição não unanimidade para quem entende profissionalmente desse assunto.
    Por trás das portas que se abrem para o deleite da claque elitizada da já decadente casa de concerto arquitetonicamente deslumbrante, há tal terror de assédio moral que Stalin ficaria de olhos arregalados.
    O show não pode parar, mas a que custo?
    Para quem assiste ao concerto garboso do 1o camarote esquerdo, não é possível perceber o cheiro de medicação psiquiátrica que sustenta as laringes e as mãos dos músicos no lugar.
    Batam palmas, como batemos aos animais de circo. O que vale é o show, é o que pagamos pela a catarse impensada, naturalmente, de aplaudir de pé no final do concerto. Mas não se esqueçam que há muito mais além disso.
    E há os músicos que para sobreviver se encontram no agressor, e abrem suas bocas para vomitar o horror da reprodução do modelo indignificante. Lamentável.
    E ai, Seo Juca, vai ficar desse jeito mesmo? Teremos a pasteurização da arte por mão de arame farpado, pelo grito/assédio na orelha de gente descente?
    A casa de ópera vai poder voltar a ser casa de ópera?

    ResponderExcluir
  10. Com Neschling à frente do TM, a oligarquia de solistas que tomou conta das óperas, agenciada pelas mesmas pessoas de sempre, perderá seus títulos de posse. Em compensação, assistiremos a uma enxurrada de solistas estrangeiros, num movimento oposto à xenofobia: a "xenofilia" ou "nacionalfobia". Cantor brasileiro que quiser fazer solo lá, em vez de procurar o agente certo (como vinha acontecendo até agora), terá que se naturalizar em outro país para ter alguma chance.

    ResponderExcluir
  11. No trecho "pode ser que venha coisa boa por aí..." referindo- se a Neschling... dois anos depois ñão é essa a realidade...esse sujeito está pulverizando o NOSSO Municipal, tirando pessoas fundamentais. Nojo!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas