Recitais Eubiose apresenta o cellista francês Romain Garioud.

Liliane Kans tocará em uma réplica do Fortepiano Stein de 1784 que será trazido especialmente para o recital
Romain Garioud

Dia 15 de dezembro, sábado, às 20h, será a apresentação de encerramento dos Recitais Eubiose 2012 com o cellista francês Romain Garioud e a pianista paulistana Liliane Kans. No repertório Bach e Beethoven. Presenteado pelo Conde de Waldstein com um fortepiano Stein em 1787, Beethoven mostrou sua preferência- assim como Mozart - por estes instrumentos. Liliane Kans tocará em uma réplica do Fortepiano Stein de 1784, construído em 2010 pelo brasileiro Cesar Guidini..
Os ingressos dos Recitais Eubiose custam R$ 20,00 e meia-entrada para terceira idade, estudantes, e associados.
Programa
Romain Garioud (França) – Cello
Liliane Kans (Brasil) - Piano
Programa:
CPE Bach - Sonata para Viola da Gamba e Contínuo em DoM
Andante
Allegretto
Arioso
Beethoven - Sonata para Piano e Cello op.05 no.1 -
Adagio sostenuto - Allegro
Rondo- Allegro vivace
Impulsionados pelo feliz encontro musical dado em 2011 em recitais em São Paulo e Rio de Janeiro, o cellista francês Romain Garioud e a pianista paulistana Liliane Kans fazem seus projetos para 2012.
Escolheram um repertório tradicional para violoncelo e piano, com o diferencial das Sonatas de Beethoven que podem ser tocadas tanto em instrumentos convencionais modernos, quanto em instrumentos de época.
Em destaque, um Fortepiano réplica de Stein 1784, construído em 2010 pelo brasileiro Cesar Guidini. Vale ressaltar que este é o único fortepiano da cidade de São Paulo e um dos únicos no Brasil. O fortepiano possibilita uma sonoridade única que nos remete ao século XVIII além de uma interpretação de época, que muito se diferencia do que é comumente feito em instrumentos modernos.
No final do século XVIII, o violoncelo se libertava de seu papel como instrumento de baixo contínuo para reivindicar seus direitos como instrumento solista. Beethoven foi praticamente o primeiro compositor de sonatas para violoncelo e piano. Das cinco sonatas escritas por ele para essa nova formação, as duas primeiras (op.05) datam de 1796. Era uma época em que o compositor estava ainda em início de carreira, buscando um lugar como pianista virtuose, como era comum naquele tempo onde todos os compositores eram também excelentes instrumentistas. Talvez por isso sejam sonatas notadamente para fortepiano e violoncelo, e não o contrário. A estréia dessas sonatas deu-se no próprio ano de sua composição, com o violoncelista francês Duport e Beethoven ao fortepiano, na corte do rei Frederico II da Prussia, aluno de Duport, a quem as sonatas foram dedicadas.
Ambas sonatas têm dois movimentos com uma introdução em Adagio seguidas por Alegro nos primeiros movimentos (única parte lenta das sonatas). Seguem-se nos alegros um espírito de diálogo sinfônico com uma escrita instrumental virtuosística.
Executar as sonatas - especialmente as do op.5 - com um piano moderno levanta todos os tipos de problemas de equilíbrio que não teriam existido no tempo de Beethoven. Principalmente os registros graves no violoncelo, muito explorado por Beethoven nessas sonatas, são frequentemente encobertos pelo piano moderno. Além de cores e timbres que não são encontrados nos nossos instrumentos de hoje, tocá-las com um fortepiano nos traz muito mais próximo do som que ele conhecia e, portanto muito mais próximos da sua música.
Presenteado pelo Conde de Waldstein com um fortepiano Stein em 1787, Beethoven mostrou sua preferência- assim como Mozart - por estes instrumentos.

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