OS CRÍTICOS E A EROICA DE BEETHOVEN, CONCERTO DE ABERTURA DA TEMPORADA 2013 DO THEATRO SÃO PEDRO. CRÍTICA DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET.

  
A abertura da temporada de 2013 do Theatro São Pedro/SP aconteceu no último dia 16. O programa mostra peças interessantes e conhecidas do repertório sinfônico. De Mozart ,Abertura da ópera Le Nozze di Figaro, KV. 492 . De Schumann tivemos o belo Concerto em Lá menor, op.54 e Beethoven se viu representado com a Sinfonia n. 3 em Mi bemol maior, op. 55 – Eroica. Para a empreitada a direção do teatro convidou  a competente Ligia Amadio para a regência e a pianista Sonia Rubinsky.
   A orquestra do teatro São Pedro mostrou competência nas mãos da maestrina Ligia Amadio, já na abertura da ópera Le Nozze di Figaro de Mozart tivemos uma bela leitura da partitura. 
   O Concerto para Piano e Orquestra de Schumann foi composto originalmente como uma Fantasia para Piano e Orquestra e dedicado a esposa do compositor.  Schumann mostra belas linhas melódicas nesse concerto, o tema central é usado de diversas formas nos três movimentos . A obra é cíclica, onde o mesmo tema  é reaproveitado diversas vezes com mudanças de velocidade, de ritmo e de linhas melódicas .
Sonia Rubinsky, foto Internet
   A Orquestra do Theatro São Pedro mostrou boa musicalidade no concerto, Ligia Amadio faz uma leitura precisa com destaque para o tema central, onde os instrumentos ganham força nos solos. Sonia Rubinsky vence com facilidade as diversas passagens da partitura, essas exigem virtuose e a pianista tira de letra. Dialoga com a orquestra com musicalidade ímpar. Bela apresentação.
   A  Sinfonia n. 3 em Mi bemol maior, op. 55 – Eroica seria dedicada a Napoleão Bonaparte, após o mesmo se proclamar imperador , Beethoven não gostou da ambição do francês e rasgou a dedicatória. Revolucionária , essa é a palavra que define bem a sinfonia, Beethoven cansou de inovar nas formas musicais. A maestrina explicou para o respeitável público toda a história dessa sinfonia e a executou de maneira brilhante, naipes em bela harmonia e uma sonoridade adequada ao pequeno teatro.
Ligia Amadio, foto internet
   Ligia Amadio não perdeu a chance e deu uma cutucada nos críticos, quando ouviram a Eroica pela primeira vez  eles reclamaram, soltaram cobras e lagartos. Se naquela época eram chatos imagina nos dias de hoje. O público adorou, ovacionou a maestrina com palmas pra todos os lados. Querida maestrina, o que escreve um crítico é como revista de fofoca, ninguém admite que gosta, finge passar longe, mas todo mundo lê.
Ali Hassan Ayache 

Comentários

  1. Ali, dessa vez nós não nos encontramos pois só pude ir na récita do domingo, e realemnte valeria muito à pena ir nas duas.

    A Lígia sempre dá um "up" na Orquestra, ela tirou o máximo da orquestra e mostrou que a ORTHESP em breve será uma orquestra de imenso prestígio. Simplesmente adorei.

    No final ela não foi apena sovacionada pelo público, os pés dos músicos agitaram o tablado do São Pedro e isso masi uma vez mostra a competência da artista, da orquestra que sempre se levanta e responde à altura quando estão defronte uma solista do nível da Sônia Rubinsky.

    O diretor Paulo Ésper está realizando um excelente trabalho na direção da orquestra.

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