"FEDRA E HIPÓLITO" - ESTREIA MUNDIAL.

O Grande Teatro do Palácio das Artes recebe a ópera Fedra e Hipólito, de autoria do compositor norte-americano Christopher Park.

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O EVENTO
Afrodite, como vingança por Hipólito não ter por ela a mesma devoção que tem por Ártemis e por ciúmes e inveja desta, provoca em Fedra uma paixão impossível por seu enteado. É neste cenário de paixão, sedução, traição e conflitos que se passa a história de Fedra e Hipólito, do americano Christopher Park, que faz estreia mundial em Belo Horizonte. A produção, idealização e direção geral do projeto são de Lúcia Tristão. A concepção, direção geral artística e cênica do espetáculo são de Fernando Bicudo. A direção musical e regência são do próprio autor.
A ópera Fedra e Hipólito é baseada na tragédia Hippolytus, do dramaturgo e poeta do iluminismo grego Eurípedes (480 a.C). Christopher Park – que também é responsável pela autoria do libreto – fez a leitura musical da obra em outubro de 2009, no Mannes College of Music em Nova York. Na plateia estavam Lúcia Tristão e o maestro mineiro Luiz Aguiar, que se encantaram com a apresentação. “Fiquei emocionada com a música. O encantamento foi tamanho, que convidei o Christopher Park para fazer a primeira audição mundial no Brasil, sob a minha produção. Logo pensei no Palácio das Artes. Eu dancei na estreia do Grande Teatro, tenho história nesse palco e não poderia escolher outro. Então, procurei a Associação Amigas da Cultura por seu tradicional trabalho e reconhecimento no campo das artes e da cultura mineira, que prontamente viabilizou o projeto. São cinco anos de trabalho nesse projeto e é muito gratificante ver a sua realização”, diz Lúcia Tristão.
Reconhecido como um dos mais renomados e inovadores diretores brasileiros, Fernando Bicudo foi convidado pela produtora Lúcia Tristão para a concepção e direção artística e cênica do espetáculo. “Desde o primeiro instante em que entrei em contato com a partitura de Fedra e Hipólito me apaixonei pela belíssima música e o instigante libreto com seus trágicos triângulos amorosos e suas amplas possibilidades dramáticas. O processo da concepção cênica tem sido extremamente gratificante por ter conseguido, mais uma vez, reunir os profissionais que eu mais admiro e mais tenho compartilhado criações”, diz.
Para a equipe de criação de Fedra e Hipólito, Bicudo convidou grandes nomes. A cenografia é de Hélio Eichbauer, a iluminação de Maneco Quinderé e os efeitos especiais de Fábio passos e Fred Tolipan. A montagem se completa com o figurino de Karema Deodato e a coreografia de Alexander Filipov. No elenco estão 12 artistas da cena lírica brasileira, dentre eles as sopranos Leila Guimarães e Rita Medeiros no papel de Fedra e os tenores Max Wilson e Aníbal Mancini como Hipólito. O espetáculo traz ainda os artistas Leonardo Páscoa, Fabrizio Claussen, Malena Dayen, Luísa Francesconi, Juliana Franco, Nívea Raf, André Fernando, Cristiano Rocha e Lilian Assunção.
Fernando Bicudo concebeu Fedra e Hipólito de forma a aliar a tradição grega à modernidade. O espetáculo se diferencia das óperas tradicionais em diversos aspectos a partir da utilização de tecnologia de última geração para compor a cenografia e toda a ambientação cênica, unindo todas as artes. “A concepção de encenação não irá se valer apenas das artes líricas que podemos chamar de tradicionais, como a música, o canto, o teatro e as artes plásticas. Vamos também utilizar o cinema e a computação gráfica em 3-D nos efeitos especiais, além da iluminação pontuada apenas com refletores varylights, do competentíssimo Maneco Quinderé. Acredito que esta será a primeira vez que uma ópera receberá uma iluminação produzida apenas por refletores especiais de última geração, varylights, com amplas possibilidades de efeitos”, adianta Bicudo.
O espetáculo conta com as participações da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, do Coral Lírico de Minas Gerais, corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado e da Sesc Cia. de Dança.

SINOPSE
Hipólito, filho do rei Teseu, enfureceu Afrodite, a deusa do amor, ajudando Ártemis, a deusa da castidade. Como punição Afrodite fez com que a rainha Fedra, a madastra de Hipólito, o desejasse. Fedra, envergonhada por seus sentimentos, desabafou com sua aia, que logo em seguida a traiu contando seu segredo para Hipólito. Para proteger sua reputação, Fedra decidiu tirar sua própria vida, mas antes deixou uma carta acusando Hipólito de violentá-la. Teseu, ao seu retorno de Delfi, soube que sua esposa tinha morrido. Ávido para saber a causa de sua morte, exigiu que membros da sua família revelassem a verdade da falsa carta que Fedra deixou.
Teseu confrontou Hipólito com o que ele acreditava ser a evidência de seu crime. Apesar da certeza da sua inocência, o filho da virgem aceita o exílio de punição de seu pai. Inflexível aos apelos de perdão de seu povo, o rei chama seu próprio pai, Poseidon, para matar seu filho. O rei dos mares, surgindo de ondas do formato de um touro, ameaçou os cavalos de Hipólito que corriam selvagens conduzindo seu dono pela praia. Agonizando, Hipólito conversa com um espírito de outro mundo o qual pensava ser Ártemis. Na verdade, esse espírito era de Fedra, que vinha como uma leve e doce brisa, para guiá-lo ao mundo subterrâneo e desejar- lhe um último adeus. Enfim, a voz de Ártemis revelou a Teseu o plano vingativo de Afrodite e confirmou a inocência de Fedra e a pureza de Hipólito.

SERVIÇO

Grande Teatro do Palácio das Artes
Fone: (31) 3236-7400
Dias 15, 18, 20 e 21 de junho, às 20:30h.
Dia 16 de junho, às 19h.

Classificação etária: 10 anos

Fonte:http://www.movimento.com/2013/05/fedra-e-hipolito-%e2%80%93-estreia-mundial/#.UaLHXcd2CMo.facebook

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